Em Busca da Intimidade Perdida - Trailer

Meu DVD de mensagem!

Meu DVD de mensagem!

sexta-feira, 5 de junho de 2009




COMENTÁRIO BÍBLICO DE HABACUQUE


Capítulo 1


SERÁ que Deus algum dia destruirá os iníquos? Neste caso, quanto tempo temos de esperar ainda? Perguntas como essas são feitas por pessoas em toda a Terra. Onde podemos encontrar as respostas? Podemos encontrá-las nas divinamente inspiradas palavras proféticas sobre o tempo designado de Deus. Estas nos asseguram que Deus executará em breve o julgamento contra todos os iníquos. Só então a Terra “se encherá [completamente] do conhecimento da glória de Yehowah assim como as próprias águas cobrem o mar”. Esta é a promessa profética encontrada na Palavra Sagrada de Deus, em Habacuque 2:14.

O livro de Habacuque, escrito por volta de 628 AEC, consiste em uma série de três sentenças condenatórias proferidas por Yehowah. Duas destas sentenças já foram executadas. A primeira foi a que Deus executou contra a nação desobediente do antigo Judá. Que dizer da segunda? Foi a que Ele executou contra a opressiva Babilônia. Por isso, temos certamente todos os motivos para confiar que a terceira destas sentenças divinas também será executada. Na realidade, podemos esperar que o cumprimento disso se dê muito em breve. Nestes últimos dias, pela causa dos justos, Deus causará a destruição de todos os humanos iníquos. O último deles deixará de respirar na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, que se aproxima rapidamente. — Apocalipse 16:14, 16.

A guerra do grande dia de Deus está cada vez mais perto. E a execução do julgamento divino nos iníquos em nosso tempo é tão certa como foi o cumprimento dos julgamentos de Yehowah contra Judá e Babilônia. Que tal, porém, imaginarmos agora mesmo estar em Judá nos dias de Habacuque? O que está acontecendo naquela terra?

Uma terra em tumulto: Imagine Habacuque, o profeta de Yehowah, sentado no terraço, usufruindo a fresca brisa da noitinha. Tem ao seu lado um instrumento musical. (Habacuque 1:1; 3:19) Mas Habacuque ouve uma notícia chocante. O Rei Jeoiaquim acaba de matar Urijá e mandar que o cadáver seja lançado no cemitério do povo comum. (Jeremias 26:23) É verdade que Urijá não continuara confiando em Deus, tendo ficado com medo e fugido para o Egito. No entanto, Habacuque sabe que a violência de Jeoiaquim não foi motivada pelo desejo de defender a honra de Yehowah. O que torna isto evidente é a total desconsideração que o rei demonstra pela lei divina e o seu ódio ao profeta Jeremias e a outros que servem a Deus.

Habacuque vê a fumaça de incenso subindo dos terraços de casas vizinhas. As pessoas não queimam este incenso como adoradores de Yehowah. Empenham-se em atos da religião falsa patrocinados pelo iníquo Rei Jeoiaquim, de Judá. Que situação vergonhosa! Os olhos de Habacuque enchem-se de lágrimas, e ele roga: “Até quando, ó Yehowah, terei de clamar por ajuda e tu não ouvirás? Até quando clamarei a ti por ajuda contra a violência e tu não salvarás? Por que me fazes ver o que é prejudicial e continuas a olhar para a mera desgraça? E por que há assolação e violência diante de mim, e por que vem a haver altercação, e por que se sustenta contenda? Portanto, a lei fica entorpecida e a justiça nunca sai. Visto que o iníquo está em torno do justo, por isso a justiça sai pervertida.” — Habacuque 1:2-4.

Deveras, prevalecem saques e violência. Para onde quer que Habacuque olhe, ele vê dificuldades, brigas e lutas. ‘A lei ficou entorpecida’, paralisada. E a justiça? Ora, ela “nunca sai” vitoriosa! Nunca prevalece. Em vez disso, “o iníquo está em torno do justo”, forjando as medidas legais feitas para proteger os inocentes. Deveras, “a justiça sai pervertida”. Ela é desvirtuada. Que situação lamentável se encontrava esse povo que dizia amar a Deus!

Habacuque pára e pensa na situação. Vai desistir? De forma alguma! Depois de refletir em toda a perseguição movida aos servos fiéis de Deus, este homem leal renova sua determinação de continuar firme e resoluto como profeta de Yehowah. Habacuque continuará a proclamar a mensagem de Deus — mesmo que isso lhe custe a vida.

Deus realiza uma “atividade” impressionante: Habacuque vê em visão os religiosos falsos que desonram a Deus. Escute o que Deus lhes diz: “Vede entre as nações e olhai, e olhai pasmados um para o outro.” É provável que Habacuque se pergunte por que Deus se dirige a esses iníquos desta forma. Depois ouve Yehowah dizer-lhes: “Ficai pasmados; pois nos vossos dias se realiza uma atividade que não acreditareis, embora seja relatada.” (Habacuque 1:5) Na realidade, o próprio Deus está realizando esta atividade que eles acham impressionante. Mas, de que se trata?

Habacuque escuta atentamente as próximas palavras de Deus, registradas em Habacuque 1:6-11. Esta é a mensagem de Deus — e nenhum deus falso ou ídolo sem vida pode impedir seu cumprimento: “Eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que vai aos lugares espaçosos da terra para tomar posse de residências que não lhe pertencem. Aterradora e atemorizante é ela. Sua própria justiça e sua própria dignidade procedem dela mesma. E seus cavalos mostraram-se mais velozes do que os leopardos e mostraram-se mais ferozes do que os lobos da noitinha. E seus corcéis escarvaram o chão e seus próprios corcéis vêm de longe. Voam como a águia que se apressa a comer algo. Vem na sua totalidade para a mera violência. A reunião das suas faces é como o vento oriental, e ajunta cativos como areia. E ela, da sua parte, faz troça dos próprios reis, e os dignitários são algo risível para ela. Da sua parte, ri-se até mesmo de cada praça forte, e amontoa pó e a captura. Naquele tempo certamente avançará como o vento e passará, e tornar-se-á realmente culpada. Este seu poder se deve ao seu deus.”

Que aviso profético da parte do Altíssimo! Yehowah suscita os caldeus, a nação selvagem de Babilônia. Na sua marcha através dos “lugares espaçosos da terra”, ela conquistará muitíssimas residências. Como isso é aterrorizante! A hoste caldéia é “aterradora e atemorizante”, terrível e medonha. Faz as suas próprias leis inflexíveis. ‘Sua própria justiça procede dela mesma.’

Os cavalos de Babilônia são mais velozes do que os rápidos leopardos. Sua cavalaria é mais feroz do que os lobos famintos que caçam à noite. Ansiosos de avançar, ‘seus corcéis escarvam o chão’ com impaciência. Desde a distante Babilônia, vão para Judá. Voando como a águia que se apressa para comer algo apetitoso, os caldeus logo se lançarão sobre a sua presa. Mas, será isso apenas uma investida, somente um ataque de surpresa de poucos soldados? De forma alguma! “Vem na sua totalidade para a mera violência”, como uma hoste enorme que avança para causar devastação. Com as faces coradas pela animação, cavalgam para o oeste em direção a Judá e Jerusalém, avançando tão rapidamente como o vento oriental. As forças babilônicas apanham tantos prisioneiros, que estão ‘ajuntando cativos como areia’.

O exército caldeu faz troça de reis e ridiculariza dignitários, os quais não têm nenhum poder para impedir seu inexorável avanço. ‘Ri-se de cada praça forte’, porque a fortaleza cai quando os babilônios ‘amontoam pó’, construindo um aterro para atacá-la. No tempo designado de Deus, o terrível inimigo “certamente avançará como o vento”. Por atacar Judá e Jerusalém, ‘tornar-se-á realmente culpado’ de causar dano ao povo de Deus. Depois da vitória relâmpago, o comandante caldeu se gabará: ‘Este poder se deve ao nosso deus.’ Como ele está mal-informado!

Uma base sólida para esperança: Com crescente compreensão do propósito de Deus, aumenta a esperança no coração de Habacuque. Com plena confiança, ele fala sobre a adoração a Deus. Conforme se nota em Habacuque 1:12, o profeta diz: “Não és tu desde outrora, ó Yehowah? Ó meu Deus, meu Santo, tu não morres.” Deveras, Yehowah é Deus “de tempo indefinido a tempo indefinido” — para sempre. — Salmo 90:1, 2.

Refletindo na sua visão dada por Deus e regozijando-se com o entendimento que lhe deu, o profeta continua: “Ó Yehowah, fixaste-a para o julgamento; e tu, ó Rocha, fundaste-a para a repreensão.” Deus julgou adversamente os apóstatas de Judá, e eles estão destinados a receber de Deus repreensão e severo castigo. Deviam tê-lo encarado como sua Rocha, a única verdadeira fortaleza, refúgio e Fonte de salvação. (Salmo 62:7; 94:22; 95:1) No entanto, os líderes apóstatas de Judá não se achegam a Deus, e continuam a oprimir os inofensivos adoradores de Yehowah.

Esta situação aflige muito o profeta de Deus. De modo que ele diz: “És de olhos puros demais para ver o que é mau; e não podes olhar para a desgraça.” (Habacuque 1:13) Sim, Yehowah é “de olhos puros demais para ver o que é mau”, quer dizer, para tolerar a transgressão.

Por isso, Habacuque faz algumas perguntas intrigantes: “Por que olhas para os que agem traiçoeiramente, calando-te quando o iníquo engole aquele que é mais justo do que ele? E por que fazes o homem terreno igual aos peixes do mar, igual às coisas rastejantes sobre as quais ninguém domina? Todos estes ele trouxe para cima com o mero anzol; arrasta-os com a sua rede de arrasto e ajunta-os na sua rede de pesca. Por isso ele se alegra e jubila. Por isso oferece sacrifício à sua rede de arrasto e faz fumaça sacrificial para a sua rede de pesca; pois, por meio delas é bem azeitado seu quinhão e seu alimento é saudável. É por isso que esvaziará a sua rede de arrasto e terá de matar continuamente nações, não tendo nenhuma compaixão?” — Habacuque 1:13-17.

Ao atacarem Judá e sua capital, Jerusalém, os babilônios agirão segundo os seus próprios desejos. Não saberão que servem como instrumento de Deus para executar o julgamento justo dele contra um povo infiel. É fácil de ver por que Habacuque acha difícil de entender que Deus usaria os iníquos babilônios para executar Seu julgamento. Aqueles impiedosos caldeus não adoram a Yehowah. Eles encaram os humanos como meros ‘peixes e coisas rastejantes’ a serem capturados e subjugados. Mas a perplexidade de Habacuque não duraria muito. Jeová revelaria logo ao seu profeta que os babilônios não ficariam sem punição por seu ganancioso saque e pelo derramamento gratuito de sangue. — Habacuque 2:8.

Pronto para as palavras adicionais de Yehowah: No momento, porém, Habacuque espera ouvir as palavras adicionais de Deus. O profeta declara resolutamente: “Vou ficar de pé no meu posto de vigilância e vou ficar postado sobre o baluarte e estarei vigiando para ver o que ele há de falar por mim e o que hei de replicar à minha repreensão.” (Habacuque 2:1) Habacuque está muitíssimo interessado no que Deus ainda dirá por meio dele como Seu profeta. Sua fé em Yehowah, como Deus que não tolera o mal, o faz perguntar-se por que a iniquidade prevalece, mas está disposto a deixar que seu modo de pensar seja reajustado. Então, o que dizer de nós? Quando nos perguntamos por que se toleram certas coisas iníquas, nossa confiança na justiça de Deus devia ajudar-nos a manter o equilíbrio e a esperar por ele. — Salmo 42:5, 11.

Fiel à sua palavra a Habacuque, Deus executou o julgamento na desobediente nação judaica por permitir que os babilônios invadissem Judá. Em 607 AEC, eles destruíram Jerusalém e o templo, mataram tanto idosos como jovens e levaram muitos cativos. (2 Crônicas 36:17-20) Depois dum longo exílio em Babilônia, um restante de judeus fiéis voltou à sua pátria e por fim reconstruiu o templo. No entanto, depois os judeus mostraram-se novamente infiéis a Yehowah — especialmente quando rejeitaram a Jesus como o Messias.

Segundo Atos 13:38-41, o apóstolo Paulo mostrou aos judeus em Antioquia o que significaria rejeitar a Jesus e assim desprezar seu sacrifício de resgate. Citando Habacuque 1:5, conforme a versão Septuaginta grega, Paulo advertiu: “Cuidai de que aquilo que se disse nos Profetas não venha sobre vós: ‘Observai-o, desdenhadores, e admirai-vos disso, e desaparecei, porque estou fazendo uma obra nos vossos dias, uma obra que de modo algum acreditareis, mesmo que alguém a relatasse a vós em pormenores.’ ” Em harmonia com a citação de Paulo, houve um segundo cumprimento de Habacuque 1:5 quando os exércitos romanos destruíram Jerusalém e seu templo em 70 EC.

Para os judeus dos dias de Habacuque, era inimaginável a “obra” de Deus, de fazer os babilônios destruir Jerusalém, porque esta cidade era a sede da adoração de Yehowah e o lugar onde o rei ungido dele estava entronizado. (Salmo 132:11-18) Como tal, Jerusalém nunca antes fora destruída. Seu templo nunca fora queimado. A casa real de Davi nunca fora derrubada. Era inacreditável que Deus permitisse tais coisas. Mas Deus, por meio de Habacuque, avisou amplamente que esses acontecimentos chocantes iam ocorrer. E a História prova que ocorreram como preditos.

A impressionante “obra” de Deus em nossos dias: Fará Yehowah uma “obra” impressionante em nossos dias? Pode ter certeza de que sim, embora isso pareça inacreditável para os cépticos. Desta vez, a obra impressionante de Deus será a destruição da cristandade apóstata. Esta, assim como o antigo Judá, afirma adorar a Deus, mas ficou totalmente corrupta. Yehowah cuidará de que todo vestígio do sistema religioso da cristandade em breve seja eliminado, assim como se dará com toda a “Babilônia, a Grande”, o sistema mundial da toda forma de religião falsa. — Apocalipse 18:1-24.

Yehowah tinha mais trabalho para Habacuque, antes da destruição de Jerusalém em 607 AEC. O que iria Deus ainda dizer ao seu profeta? Ora, Habacuque iria ouvir coisas que o induziriam a tomar seu instrumento musical e a cantar a Jeová endechas de oração. Primeiro, porém, o espírito de Deus impeliria o profeta a proclamar ais dramáticos. Nós certamente gostaríamos de entender o sentido mais profundo dessas palavras proféticas referentes ao tempo designado de Deus. Portanto, demos ainda mais atenção à profecia de Habacuque.


Capítulo 2


“Vou ficar de pé no meu posto de vigilância.” Esta foi a determinação de Habacuque, profeta de Deus. (Habacuque 2:1) O povo de Deus, do século 21, tem mostrado a mesma determinação. Assim como Habacuque, os que tomam a liderança do povo de Deus podem declarar: “Vou ficar postado sobre o baluarte e estarei vigiando para ver o que ele há de falar por mim.” As palavras hebraicas para “vigiar” e “posto de vigilância” são repetidas em muitas profecias.

“Não tardará” Ao passo que o povo de Deus proclama hoje o Seu aviso, eles precisam estar sempre atentos ao acatar as palavras concludentes da grande profecia de Jesus: “Mantende-vos vigilantes, pois não sabeis quando vem o senhor da casa, quer tarde no dia, quer à meia-noite, quer ao canto do galo, quer cedo de manhã; a fim de que, ao chegar ele repentinamente, não vos ache dormindo. Mas, o que eu vos digo, digo a todos: Mantende-vos vigilantes.” (Marcos 13:35-37) Assim como Habacuque, e em harmonia com as palavras de Jesus, temos de manter-nos vigilantes!

Habacuque talvez completasse a escrita do livro por volta de 628 AEC, antes mesmo de Babilônia se tornar a potência mundial dominante. Os julgamentos de Yehowah contra a Jerusalém apóstata haviam sido proclamados por muitos anos. No entanto, não havia nenhum indício claro referente à quando este julgamento seria executado. Quem acreditaria que faltavam apenas uns 21 anos, e que Babilônia seria o executor da parte de Deus? Hoje, de modo similar, não sabemos ‘o dia e a hora’ do fim deste mundo, mas Jesus nos avisou de antemão: “Mostrai-vos prontos, porque o Filho do homem vem numa hora em que não pensais.” —Mateus 24:36, 44.

Yehowah, por bons motivos, deu a Habacuque esta emocionante comissão: “Escreve a visão e assenta-a de modo claro em tábuas, para que aquele que a lê alto possa fazê-lo fluentemente. Porque a visão ainda é para o tempo designado e prossegue arfando até o fim, e não mentirá. Ainda que se demore, continua na expectativa dela; pois cumprir-se-á sem falta. Não tardará.” (Habacuque 2:2, 3) Atualmente, prevalecem iniquidade e violência em toda a Terra, o que indica que estamos bem próximos do “grande e atemorizante dia de Yehowah”. (Joel 2:31) As palavras de garantia do próprio Deus são deveras animadoras: “Não tardará”!

Então, como podemos sobreviver ao vindouro dia da execução do julgamento? Yehowah responde por fazer este contraste entre os justos e os injustos: “Eis que a sua alma ficou inchada; não tem sido reta no seu íntimo. Mas, quanto ao justo, continuará a viver pela sua fidelidade.” (Habacuque 2:4) Governantes e povos orgulhosos e gananciosos mancharam as páginas da História moderna com o sangue de milhões de vítimas inocentes, notavelmente nas duas guerras mundiais e nos banhos de sangue étnicos. Em contraste, os servos de Deus, que amam a paz, têm perseverado em fidelidade. Eles são “a nação justa que mantém uma conduta fiel”. Esta nação acata a admoestação: “Confiai em Yehowah para todo o sempre, pois em Yah [Jah] Yehowah está a Rocha dos tempos indefinidos.” — Isaías 26:2-4; João 10:16.

O apóstolo Paulo, escrevendo a cristãos hebreus, citou Habacuque 2:4, dizendo ao povo de Deus: “Tendes necessidade de perseverança, a fim de que, depois de terdes feito a vontade de Deus, recebais o cumprimento da promessa. Pois, ainda ‘por um pouquinho’, e ‘aquele que vem chegará e não demorará’. ‘Mas o meu justo viverá em razão da fé’, e, ‘se ele retroceder, minha alma não terá prazer nele’.” (Hebreus 10:36-38) Agora não é a época para afrouxarmos as mãos ou para sermos enlaçados pelos modos materialistas e hedonistas do mundo de Satanás. O que temos de fazer até que se esgote o “pouquinho” de tempo? Assim como Paulo, nós, os que somos da nação santa de Yehowah, cristãos verdadeiros, escravos de nosso Senhor Jesus Cristo, temos de ‘esticar-nos para alcançar as coisas à frente, empenhando-nos para alcançar o alvo’ da vida eterna. (Filipenses 3:13, 14) E assim como Jesus, temos de perseverar ‘pela alegria que se nos apresenta’. — Hebreus 12:2.

Habacuque 2:5 descreve um “varão vigoroso” que, em contraste com os servos de Yehowah, deixa de atingir seu alvo, embora ‘ampliasse a sua alma como o Seol’. Quem é este homem que “não pode ser saciado”? Com uma voracidade igual à de Babilônia dos tempos de Habacuque, este “varão”, composto de poderes políticos — fascistas, nazistas, comunistas ou mesmo os chamados democráticos — trava guerras para expandir suas terras. Ele enche também o Seol, a sepultura, com almas inocentes. Mas, este traiçoeiro “varão” composto do mundo de Satanás, embriagado pelo convencimento da sua própria importância, não terá êxito em ‘ajuntar a si todas as nações e reunir a si todos os povos’. Somente Yehowah pode unir toda a humanidade, e ele fará isso por meio do Reino Messiânico. — Mateus 6:9, 10.

O primeiro de cinco ais dramáticos: Deus, por meio do seu profeta Habacuque, passa a anunciar uma série de cinco ais, sentenças a serem executadas em preparação da Terra como habitação dos adoradores fiéis Dele. Estes, de coração justo, ‘encetam uma expressão proverbial’ apresentada por Yehowah. Lemos em Habacuque 2:6: “Ai daquele que multiplica o que não é seu — oh! até quando! — e que se endivida pesadamente!”

Aqui se dá ênfase ao lucro injusto. No mundo ao redor de nós, os ricos ficam mais ricos e os pobres, mais pobres. Traficantes de drogas e vigaristas acumulam enormes fortunas, enquanto muitos do povo passam fome. Diz-se que um quarto da população do mundo vive abaixo da linha de pobreza. As condições de vida, em muitos países, são chocantes. Os que anseiam que haja justiça na Terra clamam: ‘Oh! Por quanto tempo essas iniquidades têm-se multiplicado!’ Todavia, o fim está próximo! Deveras, a visão “não tardará”.

O profeta diz ao iníquo: “Porque tu mesmo assolaste muitas nações, todos os remanescentes dos povos te assolarão, por causa do derramamento de sangue do gênero humano e da violência feita à terra, à vila e a todos os que moram nela.” (Habacuque 2:8) Quanta culpa de sangue notamos haver hoje na Terra! Jesus declarou explicitamente: “Todos os que tomarem a espada perecerão pela espada.” (Mateus 26:52) No entanto, somente no século 20, nações e grupos étnicos culpados de derramar sangue foram responsáveis pela matança de mais de cem milhões de humanos.

O segundo ai: O segundo ai, registrado em Habacuque 2:9-11, sobrevém àquele “que obtém lucro vil para a sua casa, a fim de colocar seu ninho no alto, para estar fora do alcance do que é calamitoso”! Lucro desonesto de nada adiantará, conforme esclarece o salmista: “Não tenhas medo porque algum homem enriquece, por aumentar a glória da sua casa, pois na sua morte não pode levar nada consigo; sua glória não descerá junto com ele.” (Salmo 49:16, 17) Portanto, digno de nota é o conselho sábio de Paulo: “Dá ordens aos que são ricos no atual sistema de coisas, que não sejam soberbos e que não baseiem a sua esperança nas riquezas incertas, mas em Deus, que nos fornece ricamente todas as coisas para o nosso usufruto.” — 1 Timóteo 6:17.

Como é hoje importante que se proclamem as mensagens de julgamento de Deus! Quando os fariseus objetaram que as multidões aclamavam Jesus como “Aquele que vem como Rei em nome de Yehowah”, ele disse: “Eu vos digo: Se estes permanecessem calados, as pedras clamariam.” (Lucas 19:38-40) Do mesmo modo, se os do povo de Deus não expusessem a iniquidade existente neste mundo, ‘de dentro da parede uma pedra clamaria em queixume’. (Habacuque 2:11) Portanto, continuemos corajosamente a proclamar o aviso de Deus!

O terceiro ai e a questão da culpa de sangue: O terceiro ai anunciado por meio de Habacuque trata do assunto da culpa de sangue. Habacuque 2:12 diz: “Ai daquele que constrói uma cidade com derramamento de sangue, e que estabeleceu firmemente uma vila por meio de injustiça!” Neste sistema de coisas, a injustiça e o derramamento de sangue muitas vezes vão de mãos dadas. É notável que as religiões do mundo tenham sido responsáveis pelos mais hediondos banhos de sangue da História. Basta mencionar as Cruzadas, que lançaram pretensos cristãos contra muçulmanos; a Inquisição católica na Espanha e na América Latina; a Guerra dos Trinta Anos na Europa, entre protestantes e católicos; e os mais sangrentos de todos, as duas guerras mundiais de nosso século, que começaram no domínio da cristandade.

Um dos aspectos mais iníquos da Segunda Guerra Mundial foi o Holocausto causado pelos nazistas, que ceifou a vida de milhões de judeus e de outros inocentes na Europa. Apenas recentemente, a hierarquia católica romana, na França, confessou que não se opôs ao envio de centenas de milhares de vítimas às câmaras de morte dos nazistas. No entanto, as nações continuam a se preparar para o derramamento de sangue, com o apoio ou o consentimento das igrejas. Referindo-se à Igreja Ortodoxa Russa, a revista Time (na edição internacional) declarou: “A revivificada Igreja exerce também influência decisiva num campo antes inimaginável: a máquina de guerra russa. . . . Bênçãos dadas a aviões de guerra e quartéis quase que se tornaram rotineiras. Em novembro, no Mosteiro Danilovsky, em Moscou, sede do Patriarcado russo, a Igreja foi ao ponto de consagrar o arsenal nuclear russo.” Poderão as Nações Unidas impedir o rearmamento deste mundo com demoníacos instrumentos de guerra? Dificilmente! Segundo o jornal The Guardian, de Londres, Inglaterra, um ganhador do Prêmio Nobel de Paz comentou: “O realmente desconcertante é que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU são os cinco maiores fornecedores de armas do mundo.”

Executará Yehowah o julgamento nas nações que fomentam guerras? Habacuque 2:13 declara: “Ora! Não é da parte de Yehowah dos exércitos que os povos labutam apenas para o fogo e que os grupos nacionais se cansam meramente em vão?” “Yehowah dos exércitos”! Sim, Deus tem exércitos angélicos, celestiais, que ele usará para acabar com povos e nações guerreiras!

O que se seguirá à execução do julgamento desses violentos grupos nacionais por Yehowah? Habacuque 2:14 fornece a resposta: “A terra se encherá do conhecimento da glória de Yehowah assim como as próprias águas cobrem o mar.” Que grandiosa perspectiva! A soberania de Deus será para sempre vindicada no Armagedom. (Apocalipse 16:16) Ele nos assegura que ‘glorificará o próprio lugar dos seus pés’, esta Terra em que vivemos. (Isaías 60:13) Toda a humanidade será educada na maneira de viver, estabelecida por Deus, de modo que o conhecimento dos gloriosos propósitos Dele encherá a Terra, assim como os oceanos enchem as bacias marítimas.

O quarto e o quinto ai: O quarto ai é descrito em Habacuque 2:15 nas seguintes palavras: “Ai daquele que dá aos seus companheiros algo para beber, agregando a isso teu furor e tua ira, a fim de embriagá-los, com o objetivo de olhar para as suas vergonhas.” Isto sugere a situação dissoluta e desobediente do mundo moderno. Sua imoralidade, apoiada até mesmo por grupos religiosos permissivos, atingiu níveis ainda mais baixos. Pragas, tais como a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, assolam toda a Terra. Em vez de refletir a “glória de Yehowah”, a atual geração, que só pensa em si mesma, mergulha ainda mais na depravação e avança para a execução do julgamento por Deus. ‘Fartada com desonra em vez de com glória’, este mundo delinqüente está prestes a beber do copo da fúria de Yehowah, o que representa a Sua vontade para com o mundo. ‘Haverá ignomínia sobre a sua glória.’ — Habacuque 2:16.

Um prelúdio do quinto ai adverte firmemente contra a adoração de imagens esculpidas. Deus faz o profeta declarar as seguintes palavras fortes: “Ai daquele que diz ao pedaço de pau: ‘Oh! acorda!’ à pedra muda: ‘Oh! desperta! Ela mesma dará instrução’! Eis que está revestida de ouro e de prata, e não há absolutamente nenhum fôlego dentro dela.” (Habacuque 2:19) Até o dia de hoje, tanto a cristandade como o chamado mundo pagão curvam-se diante de seus crucifixos, madonas, ícones e outras semelhanças de homens e de animais. Nenhum destes poderá despertar para salvar seus adoradores quando Yehowah vier para executar o julgamento. Seus revestimentos de ouro e de prata têm total insignificância em comparação com a magnificência do Deus eterno, Yehowah, e com as glórias das suas criações vivas. Louvemos para sempre o inigualável nome Dele!

Deveras, nosso Deus, Yehowah, merece todo o louvor. Com profundo sentimento de reverência por ele, acatemos o firme aviso contra a idolatria. Mas, escute! Deus ainda fala: “Yehowah está no seu santo templo. Cala-te diante dele, toda a terra!” (Habacuque 2:20) Sem dúvida, o profeta pensava no templo de Jerusalém. No entanto, nós temos hoje o privilégio de adorar num muito mais grandioso templo espiritual, em que nosso Senhor Jesus Cristo está empossado como Sumo Sacerdote e Rei Glorioso.


Capítulo 3


Mais de uma década antes da queda de Babilônia, em 539 AEC, o idoso profeta Daniel teve uma emocionante visão. Ela predisse acontecimentos mundiais que levariam diretamente à guerra culminante entre os inimigos de Yehowah e o Rei designado Dele, Jesus Cristo. Qual foi a reação de Daniel? Ele disse: “Senti-me exausto e . . . estupefato por causa da coisa vista.” — Daniel 8:27.

Que dizer de nós? Vivemos muito mais próximos do fim dos que os profetas. Como reagimos quando nos damos conta de que o conflito observado por Daniel em visão — a guerra do Armagedom, de Deus — está muito próximo? Qual é a nossa reação quando discernimos que a iniquidade exposta na profecia de Habacuque é tão prevalecente, que a destruição dos inimigos de Deus é inevitável? É provável que nossos sentimentos sejam como os do próprio Habacuque, conforme descritos no terceiro capítulo do seu livro profético.

Habacuque ora pela misericórdia de Deus: O capítulo 3 de Habacuque é uma oração. Segundo o versículo 1, é expressa em endechas, em cânticos de pesar ou de lamentação. A oração do profeta é feita como se fosse a favor dele mesmo. Na realidade, porém, Habacuque está falando a favor da nação escolhida de Deus. Hoje em dia, sua oração tem muito significado para o povo de Deus que se empenha na evangelização do Reino. Quando lemos o capítulo 3 de Habacuque com isso em mente, suas palavras nos deixam apreensivos, mas ao mesmo tempo alegres. A oração, ou endecha, de Habacuque nos dá fortes motivos para nos alegrar com Yehowah, o Deus de nossa salvação.

Conforme notamos nos dois artigos precedentes, as condições eram muito más na terra de Judá nos dias de Habacuque. Mas Yehowah não ia permitir que esta situação continuasse. Ele agiria, assim como fizera no passado. Não é de admirar que o profeta clamasse: “Ó Yehowah, ouvi as notícias a teu respeito. Fiquei com medo da tua atuação, ó Yehowah”! O que queria dizer com isso? ‘As notícias a respeito de Yehowah’ eram a história registrada dos poderosos atos Dele, tais como os junto ao mar Vermelho, no ermo e em Jericó. Esses atos eram bem conhecidos por Habacuque, e deixaram-no com medo, porque ele sabia que Yehowah usaria de novo seu grande poder contra os seus inimigos. Ao observarmos hoje a iniquidade da humanidade, nós também sabemos que Deus agirá assim como fez na antiguidade. Ficamos por isso apreensivos? Claro que sim! Não obstante, oramos assim como Habacuque: “Aviva-a no meio dos anos! Torna-a conhecida no meio dos anos. Durante a agitação, que tu te lembres de ter misericórdia.” (Habacuque 3:2) No tempo devido de Deus, “no meio dos anos”, que ele use seu poder milagroso. E naquela ocasião, que se lembre de ser misericordioso com os que o amam!

Yehowah em marcha: O que acontecerá quando Deus ouvir nossa oração pedindo misericórdia? Encontramos a resposta em Habacuque 3:3, 4. Primeiro, o profeta diz: “O próprio Deus passou a chegar de Temã, sim, um Santo desde o monte Parã.” Lá nos dias do profeta Moisés, Temã e Parã estavam no caminho de Israel através do ermo em direção a Canaã. Ao passo que a grande nação de Israel avançava no seu caminho, o próprio Yehowah parecia estar avançando, e nada podia impedi-lo. Pouco antes de Moisés morrer, ele disse: “Yehowah — de Sinai ele veio, e raiou sobre eles desde Seir. Reluziu desde a região montanhosa de Parã, e com ele havia santas miríades [de anjos].” (Deuteronômio 33:2) Quando Deus avançar contra seus inimigos no Armagedom, haverá uma demonstração similar do seu irresistível poder.

Habacuque declara também: ‘A dignidade de Yehowah cobriu os céus; e do seu louvor encheu-se a Terra. Quanto à sua claridade, chegou a ser igual à luz.’ Que espetáculo magnífico! É verdade que os humanos não podem olhar para Deus e continuar vivos. (Êxodo 33:20) No entanto, no que se refere aos servos fiéis de Deus, os olhos do seu coração ficam deslumbrados ao contemplarem a magnificência dele. (Efésios 1:18) E os cristãos com discernimento notam algo além da glória de Deus. Habacuque 3:4 conclui: “Havia dois raios saindo da sua mão e ali se escondia a sua força.” Deveras, notamos que Deus está pronto para agir, usando sua mão direita de força e de poder.

A marcha triunfal de Deus significa calamidade para os que se rebelam contra ele. Habacuque 3:5 diz: “Diante dele andava a peste e junto aos seus pés saía a febre ardente.” Quando os israelitas estavam perto da fronteira da Terra Prometida, em 1473 AEC, muitos deles rebelaram-se, envolvendo-se em imoralidade e em idolatria. Em resultado disso, bem mais de 20.000 morreram duma pestilência enviada por Deus. (Números 25:1-9) No futuro próximo, quando Deus marchar para “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, os que se rebelarem contra ele sofrerão similarmente pelos seus pecados. Alguns talvez morram até mesmo de pestilência literal. — Apocalipse 16:14, 16.

Note agora a descrição vívida de Yehowah dos exércitos em ação. Lemos em Habacuque 3:6: “Ele [Yehowah] ficou parado para sacudir a terra. Ele viu, e então fez nações pular. E as montanhas eternas foram despedaçadas; os morros de duração indefinida se encurvaram. Suas são as caminhadas de há muito tempo.” Primeiro, Yehowah ‘fica parado’, como um general que examina o campo de batalha. Seus inimigos tremem de medo. Vêem quem é seu oponente e ficam chocados, pulando de agitação. Jesus predisse o tempo em que “todas as tribos da terra se baterão então em lamento”. (Mateus 24:30) Tarde demais se darão conta de que ninguém pode resistir a Yehowah.

Organizações humanas — mesmo as que parecem ser permanentes como “montanhas eternas” e “os morros de duração indefinida” — desmoronarão. Será então assim como “as caminhadas [de Deus] de há muito tempo”, assim como agiu na antiguidade.‘Acendeu-se a ira’ de Yehowah contra os seus adversários. Mas, que armas usará ele na sua grande guerra? Veja como o profeta as descreve, dizendo: “Teu arco vem a ser descoberto na sua nudez. A coisa dita são os juramentos das tribos. Com rios passaste a fender a terra. Os montes te viram; chegaram a estar em severas dores. Passou um temporal de águas. A água de profundeza emitiu o seu som. Levantou alto a sua mão. O sol — a lua — ficou parado na sua morada excelsa. Tuas próprias flechas iam como a luz. O relâmpago da tua lança serviu de claridade.” — Habacuque 3:7-11.

Nos dias de Josué, Yehowah fez o Sol e a Lua parar numa espantosa demonstração de poder. (Josué 10:12-14) A profecia de Habacuque nos lembra que este mesmo poder será usado por Deus no Armagedom. Em 1513 AEC, Yehowah mostrou seu domínio sobre as profundezas aquosas da Terra quando usou o mar Vermelho para destruir os exércitos de Faraó. Quarenta anos depois, o rio Jordão, na cheia, não foi obstáculo à marcha triunfante de Israel para entrar na Terra Prometida. (Josué 3:15-17) Nos dias de Débora, a profetisa, chuvas torrenciais levaram embora os carros de guerra de Sísera, inimigo de Israel. (Juízes 5:21) Essas mesmas forças de inundações, chuvas torrenciais e profundezas aquosas estarão à disposição de Deus no Armagedom. Ele também tem na mão trovões e relâmpagos, como lança ou como uma aljava cheia de flechas.

Deveras, será espantoso quando Yehowah manifestar o seu grande poder. As palavras de Habacuque sugerem que a noite se tornará dia e o dia será mais claro do que o Sol poderia torná-lo. Quer esta inspirada descrição profética seja literal, quer simbólica, uma coisa é certa — Yehowah prevalecerá, não deixando nenhum inimigo escapar.

A salvação é garantida para o povo de Deus!


O profeta continua a descrever as ações de Yehowah ao destruir Seus inimigos. Lemos em Habacuque 3:12: “Marchaste com verberação através da terra. Em ira trilhaste as nações.” Ainda assim, Yehowah não destruirá indiscriminadamente. Alguns humanos serão salvos. “Saíste para a salvação do teu povo, para salvar o teu ungido”, diz Habacuque 3:13. Deveras, Yehowah salvará os seus fiéis servos ungidos. A destruição de Babilônia, a Grande, o sistema mundial de religiões falsas, será então completa.

No entanto, atualmente, as nações procuram eliminar a adoração pura. Dentro em breve, os servos de Deus serão atacados pelas forças de Gogue de Magogue. (Ezequiel 38:1–39:13; Apocalipse 17:1-5, 16-18) Será que este ataque satânico terá êxito? Não! Deus irá então esmagar com furor os seus inimigos, pisando-os como grãos numa eira. Mas ele salvará os que o adoram com espírito e verdade. — João 4:24.

O aniquilamento total dos iníquos é predito nas seguintes palavras: “[Yehowah,] despedaçaste o cabeça da casa do iníquo. Houve a exposição do alicerce até o pescoço.” (Habacuque 3:13) Esta “casa” é o sistema iníquo desenvolvido sob a influência de Satanás, o Diabo. Será despedaçada. O “cabeça”, ou os líderes em oposição a Deus, serão esmigalhados. A estrutura inteira será demolida, até o alicerce. Não existirá mais. Que maravilhoso alívio isso dará!

No Armagedom, os que procurarem destruir o “ungido” de Deus serão lançados em confusão. Segundo Habacuque 3:14, 15, o profeta fala a Deus, dizendo: “Com os seus próprios bastões furaste a cabeça dos seus guerreiros quando avançaram tempestuosamente para espalhar-me. Sua rejubilação era a dos decididos a devorar o atribulado num esconderijo. Avançaste através do mar com os teus cavalos, através da massa das vastas águas.”

Quando Habacuque diz “guerreiros . . . avançaram tempestuosamente para espalhar-me”, o profeta fala pelos servos ungidos de Deus. Assim como salteadores de estrada de tocaia, as nações saltarão sobre os servos de Deus para destruí-los. Estes inimigos de Deus e do seu povo ‘rejubilarão’ confiantes no seu êxito. Os cristãos fiéis parecerão fracos, como um “atribulado”. Mas, quando as forças em oposição a Deus lançarem seu ataque, Yehowah fará com que voltem as suas armas contra si mesmos. Usarão as suas armas, ou “bastões”, contra os seus próprios guerreiros.

No entanto, há mais no futuro. Yehowah usará forças espirituais sobre-humanas para completar a destruição dos seus adversários. Com os “cavalos” dos seus exércitos celestiais sob Jesus Cristo, ele avançará vitorioso pelo “mar” e pela “massa das vastas águas”, quer dizer, as massas empoladas da humanidade inimiga. (Apocalipse 19:11-21) Os iníquos serão então removidos da Terra. Que demonstração vigorosa de divino poder e justiça!

O dia de Yehowah está chegando: Podemos ter certeza de que as palavras de Habacuque se cumprirão em breve. Não demorarão. Como reage você a este conhecimento antecipado? Lembre-se de que Habacuque escreveu sob inspiração divina. Yehowah agirá, e, quando isso acontecer, haverá devastação na Terra. Não é de admirar que o profeta escrevesse: “Ouvi, e meu ventre começou a ficar agitado; meus lábios tremeram diante do som; a podridão começou a penetrar-me nos ossos; e eu estava agitado na minha situação, de aguardar tranquilamente o dia da aflição, a sua vinda sobre o povo, para que ele os acometesse.” (Habacuque 3:16) Habacuque estava muito agitado — o que é compreensível. Mas, ficou sua fé abalada? De forma alguma! Ele estava disposto a esperar com calma o grande dia de Deus. (2 Pedro 3:11, 12) Não é esta também a nossa atitude? Claro que é! Temos plena fé em que a profecia de Habacuque se cumprirá. No entanto, até que isso aconteça, esperaremos com paciência.

Uma guerra sempre causa dificuldades, mesmo para o lado vencedor. Pode haver escassez de alimentos. Podem-se perder propriedades. Os padrões de vida podem baixar. Como reagiremos se isso acontecer conosco? Habacuque tinha uma atitude exemplar, pois ele disse: “Ainda que a própria figueira não floresça e não haja produção nas videiras, o trabalho da oliveira realmente resulte em fracasso e os próprios socalcos realmente não produzam alimento, o rebanho seja separado do redil e não haja manada nos currais; ainda assim, no que se refere a mim, vou rejubilar com o próprio Yehowah; vou jubilar com o Deus da minha salvação.” (Habacuque 3:17, 18) Habacuque realisticamente esperava dificuldades, talvez fome. Ainda assim, nunca perdeu a sua alegria em Deus, que lhe dava a salvação.

Atualmente, mesmo antes da guerra de Yehowah contra os iníquos, muitos sofrem severa aflição. Nosso Senhor Jesus Cristo predisse que guerras, fomes, terremotos e pestilências seriam partes do ‘sinal da sua presença’ no poder régio. (Mateus 24:3-14; Lucas 21:10, 11) Muitos de nossos concrentes moram em terras severamente afligidas pelo cumprimento das palavras de Jesus e em resultado disso sofrem grandes dificuldades. Outros cristãos podem ficar similarmente afetados no futuro. Para muitos mais de nós, é bem possível que a “figueira não floresça” antes de vir o fim.

No entanto, sabemos por que isso acontece, e isso nos dá força. Além disso, temos apoio. Jesus prometeu: “Persisti, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça, e todas estas outras coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33) Isto não garante uma vida confortável, mas garante-nos que, se dermos a Deus o primeiro lugar na nossa vida, ele cuidará de nós. — Salmo 37:25.

Não importa que dificuldades temporárias tenhamos de enfrentar, não perderemos a fé no poder salvador de Deus. Muitos de nossos irmãos e irmãs na África, na Europa Oriental e em outros lugares vêem-se confrontados com extremas dificuldades, mas continuam a rejubilar com Deus. Que nós, assim como eles, nunca deixemos de fazer o mesmo. Lembre-se de que o Soberano Senhor Yehowah é nossa Fonte de “energia vital”. (Habacuque 3:19) Ele nunca nos abandonará. O Armagedom virá com certeza, e haverá um novo céu e uma nova terra. (2 Pedro 3:13) Então “a terra se encherá do conhecimento da glória de Yehowah assim como as próprias águas cobrem o mar”. (Habacuque 2:14) Até que venha este tempo maravilhoso, sigamos o bom exemplo de Habacuque. Que sempre ‘rejubilemos com o próprio Yehowah e jubilemos com o Deus de nossa salvação’.

Fonte: http://bibliotecabiblica.blogspot.com

Paze bênçãos...

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