Em Busca da Intimidade Perdida - Trailer

Meu DVD de mensagem!

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terça-feira, 30 de junho de 2009

O Tijolo de Nabucodonosor



Recomendo que você leia o post ouvindo o "Coro dos Escravos Hebreus", da ópera Nabucco, de Verdi. Acesse a música no Youtube, clicando aqui.

Achado está no Museu Arqueológico do Unasp

por Rodrigo P. Silva

História do achado - A forma como esse tijolo chegou até aqui é simplesmente fantástica e revela-nos a maravilha da providência divina. Tudo começou há mais ou menos vinte anos quando um projetista brasileiro foi enviado ao Iraque para dar assessoria temporária a uma firma de construção civil. Era seu costume caminhar nas tardes de sábado pelas ruínas de Babilônia que ficam a céu aberto, não muito longe da capital, Bagdá. Entre os milhares de cacos de barro e pedras antigas que ainda jazem no lugar, um pedaço de tijolo lhe chamou a atenção. Ele continha estranhas letras que certamente representariam uma antiga inscrição. Um soldado iraquiano, que se tornara seu amigo, permitiu lhe trazer o tijolo como uma espécie de suvenir das terras iraquianas.

De volta ao Brasil, o projetista acabou desistindo de ficar com o objeto e, em 1988, o doou ao Pastor Paulo Barbosa de Oliveira, que o usaria para fins didáticos em aulas de Bíblia, nos seminários de Vitória, ES. Sempre que ia falar das profecias de Daniel, ele levava o tijolo e comentava sua procedência. Mas, nem de longe, poderia imaginar que aquela estranha inscrição revelaria um fantástico testemunho acerca das Escrituras.

Jubilado, o Pastor Paulo Barbosa de Oliveira resolveu mudar-se para as redondezas do UNASP - campus Engenheiro Coelho - SP, onde nos tornamos conhecidos. Nessa escola está o único museu de arqueologia bíblica do Brasil - o Museu Paulo Bork, que recebe visitas de vários lugares e já foi tema de reportagens em rádio, TV, jornais e revistas de circulação nacional. Foi conversando acerca do museu, que o Pastor Paulo revelou a posse do tijolo que me despertou muita curiosidade.

Ao vê-lo, percebi que a inscrição composta de três linhas era, na verdade, um cuneiforme neo-babilônico usado pelos caldeus, nos dias do profeta Daniel. Pedi ao pastor para levar o tijolo para casa, onde poderia estudá-lo melhor e tentar traduzir as antigas sentenças. Algum tempo depois, o que descobri parecia bom demais para ser verdade. O tijolo falava de Nabucodonosor!

Traduzindo a inscrição - Usando léxicos e gramáticas acadianos, entendi que a inscrição dizia: "(eu sou) Nabucodonosor, Rei de Babilônia. Provedor (do templo) de Ezagil e Ezida; filho primogênito de Nabopolassar': Antes, porém, de publicar o achado, era necessário confirmar a tradução com pessoas mais especializadas, como o Dr. Oseas Moura, que estudou acadiano na PUC do Rio de Janeiro, e outros assiriologistas de universidades européias e americanas que têm seu nome entre os mais renomados no estudo de inscrições cuneiformes. Todos confirmaram a tradução, corrigindo apenas um ou outro detalhe de transliteração dos caracteres originais.
Tínhamos, portanto, um objeto legítimo, dos dias do cativeiro babilônico, que testemunhava a existência histórica de um rei descrito nas Escrituras. É claro que essa não é à única prova arqueológica da existência de Nabucodonosor. Conforme as escavações vêm revelando, era costume desse rei colocar uma espécie de "assinatura" em tudo o que construía. Paredes de palácios, templos e até muros da antiga Babilônia estão repletos de inscrições com o seu nome. Esse tijolo, portanto, faz parte de um importante conjunto de evidências que silencia mais uma vez os que negam a veracidade da Palavra de Deus.

Nabucodonosor e a Arqueologia - A existência histórica de Nabucodonosor e da própria Babilônia era um fato questionado pelos críticos até por volta de 1806, quando Claudius James Rich confirmou, através de um extenso relatório científico, que as ruínas encontradas na colina de Babil eram, na verdade, a antiga cidade de Babilônia.

O problema é que até essa época ninguém sabia nada sobre a cidade fora do relato bíblico e de historiadores da antiguidade, cuja precisão era seriamente questionada. A grande metrópole parecia ter sido engolida pelo deserto. Pesquisadores europeus que chegavam a Bagdá viam apenas as colinas empoeiradas de Babil e não podiam supor que ali estavam os escombros da antiga Babilônia. Pegavam tijolos com estranhas inscrições e levavam para casa como meras curiosidades.

Por isso, não faltou quem apregoasse que o livro de Daniel jamais poderia representar uma história real. Mas as escavações que se seguiram à exploração de Rich, começaram a mostrar que os céticos é que estavam errados.

Por esse tempo, desenvolveu-se também na arqueologia um intenso estudo para descobrir o que estava escrito naqueles tabletes que se acumulavam aos montes, em todo o território. A decifracão dos cuneiformes babilônicos encontrados no Iraque foi, assim, o segundo grande feito arqueológico do século XIX. Nieburh, Grotefend e Rawlinson foram os principais pioneiros nessa área e até hoje não há dúvida sobre a fidelidade da maioria dos textos traduzidos.

Em 1899, Robert Koldewey estava escavando as ruínas em Babil quando encontrou centenas de tijolos de paredes, muros e do próprio Templo de Ezagil que traziam o nome do Rei Nabucodonosor como mandatário daquelas grandes construções. Nosso tijolo é, certamente, parte desse grupo de blocos que anunciavam a existência do rei e uma peculiaridade de seu caráter também revelada em Daniel 4.30. De maneira arrogante ele diz: "Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei... para glória da minha majestade?" Pouco tempo depois, chega-lhe a sentença celestial, condenando-o por sua soberba.

Felizmente, após os sete anos de loucura, ele reconheceu a soberania de Deus e se tornou testemunha de sua justiça (Dn 4.34-37). O rei sobre o trono de Babilônia se tornou uma testemunha para Deus, dando seu testemunho, claro e eloqüente, de um coração agradecido que havia participado da misericórdia e graça, justiça e paz, da natureza divina.

Hoje o tijolo babilônico pode ser visitado no museu arqueológico do UNASP - Campus Engenheiro Coelho - SP, onde ficará exposto por tempo indeterminado.

Por muitos anos, alguns eruditos desacreditaram a Bíblia pelo simples fato de o nome Nabucodonosor não constar em nenhuma ruína conhecida. Isso os fazia orgulhosos de sua incredulidade e, também hoje, há muitos que seguem o mesmo caminho. Mas bastou um caco de tijolo para mostrar que eles estavam errados. Não seria essa uma curiosa maneira de Deus ironizar a sabedoria humana quando esta nega a Bíblia Sagrada?

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Rodrigo P. Silva é professor de Arqueologia e Filosofia no Unasp - Campus 2,
Engenheiro Coelho, SP. Entrevista publicada em 2003.

Fonte: www.scb.org.br/areas/arqueologia/TijoloNabucodonosor.htm

O amor e o oceano





Recebi por e-mail esta breve meditação de um autor desconhecido. Ela é linda!


Se o oceano fosse o amor, o amor com que amamos seria apenas uma gota desse oceano.
Esse conhecimento nos dá uma idéia das nossas impossibilidades e das nossas limitações.

Como sermos perfeitos enquanto estamos em nossa morada terrena e corrompida? Apesar desta dificuldade imensa, o apóstolo Paulo exorta a nos revestirmos do amor
que é o vínculo da perfeição (Colossenses 3.14).

Da mesma maneira, o Senhor nos ensina a sermos perfeitos como o nosso Pai Celestial é perfeito (Mateus 5.43,48).

O que fica claro é que não podemos amar com a intensidade de Deus, mas podemos amar com a abrangência de Deus.

Esse é o coração da santidade: rompermos os limites do amor que exclui.

Paz e bênçãos...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Patriarca da Etiópia diz ter visto a Arca da Aliança




O patriarca copta ortodoxo da Etiópia, Abuna Paulos, garantiu em Roma ter visto a Arca da Aliança, e que o objeto sagrado encontra-se “em bom estado de conservação”.


Paulos fez essa declaração durante a apresentação da construção, na cidade etíope de Axum, do Museu da Arca da Aliança, uma iniciativa de seu pontificado e da fundação Chrijecllu, presidida por Makonnen Haile Selassie, neto do último imperador etíope.

“A Arca da Aliança está há três mil anos na Etiópia e continua ali, aonde chegou por meio de um milagre e onde continua pela graça de Deus”, afirmou ele a jornalistas.

O patriarca copta acrescentou que não pode dizer onde está a arca, mas que era capaz de garantir que já a havia visto e que ela corresponde à descrição dada na Bíblia.

“Não é feita pela mão do homem, é uma coisa que Deus abençoou para que assim fosse. Vi-a com um sentimento de humildade, não com orgulho”, afirmou o líder religioso.

Paulos acrescentou que convidou o papa Bento XVI a visitar a cidade de Axum.

De acordo com a tradição copta etíope, a Arca, na qual foram guardadas as tábuas da lei dadas por Deus a Moisés, encontra-se na catedral de Tsion Maryam, em Axum.

A tradição etíope diz que o artefato foi levado a Axum pelo imperador etíope Menelik I, o lendário filho do rei Salomão com a rainha de Sabá.

Fonte: Estadão / Gospel+

sábado, 20 de junho de 2009

A alma católica dos evangélicos no Brasil




TEXTO POSTADO POR AUGUSTUS NICODEMUS LOPES, EM 2006, NO SEU BLOG. VALE À PENA LER!

Por Augustus Nicodemus Lopes

Os evangélicos no Brasil nunca conseguiram se livrar totalmente da influência do Catolicismo Romano. Por séculos, o Catolicismo formou a mentalidade brasileira, a sua maneira de ver o mundo ("cosmovisão"). O crescimento do número de evangélicos no Brasil é cada vez maior – segundo o IBGE, seremos 40 milhões esse ano de 2006 – mas há várias evidências de que boa parte dos evangélicos não tem conseguido se livrar da herança católica.

É um fato que conversão verdadeira (arrependimento e fé) implica numa mudança espiritual e moral, mas não significa necessariamente uma mudança na maneira como a pessoa vê o mundo. Alguém pode ter sido regenerado pelo Espírito e ainda continuar, por um tempo, a enxergar as coisas com os pressupostos antigos. É o caso dos crentes de Corinto, por exemplo. Alguns deles haviam sido impuros, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes e roubadores. Todavia, haviam sido lavados, santificados e justificados "em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (1Co 6.9-11) sem que isso significasse que uma mudança completa de mentalidade houvesse ocorrido com eles. Na primeira carta que lhes escreve, Paulo revela duas áreas em que eles continuavam a agir como pagãos: na maneira grega dicotômica de ver o mundo dividido em matéria e espírito (que dificultava a aceitação entre eles das relações sexuais no casamento e a ressurreição física dos mortos – capítulos 7 e 15) e o culto à personalidade mantido para com os filósofos gregos (que logo os levou à formar partidos na igreja em torno de Paulo, Pedro, Apolo e mesmo o próprio Cristo – capítulos 1 a 4). Eles eram cristãos, mas com a alma grega pagã.

Da mesma forma, creio que grande parte dos evangélicos no Brasil tem a alma católica. Antes de passar às argumentações, preciso esclarecer um ponto. Todas as tendências que eu identifico entre os evangélicos como sendo herança católica, no fundo, antes de serem católicas, são realmente tendências da nossa natureza humana decaída, corrompida e manchada pelo pecado, que se manifestam em todos os lugares, em todos os sistemas e não somente no Catolicismo. Como disse o reformado R. Hooykas, famoso historiador da ciência, “no fundo, somos todos romanos” (Philosophia Liberta, 1957). Todavia, alguns sistemas são mais vulneráveis a essas tendências e as absorveram mais que outros, como penso que é o caso com o Catolicismo no Brasil. E que tendências são essas?

1) O gosto por bispos e apóstolos – Na Igreja Católica, o sistema papal impõe a autoridade de um único homem sobre todo o povo. A distinção entre clérigos (padres, bispos, cardeais e o papa) e leigos (o povo comum) coloca os sacerdotes católicos em um nível acima das pessoas normais, como se fossem revestidos de uma autoridade, um carisma, uma espiritualidade inacessível, que provoca a admiração e o espanto da gente comum, infundindo respeito e veneração. Há um gosto na alma brasileira por bispos, catedrais, pompas, rituais. Só assim consigo entender a aceitação generalizada por parte dos próprios evangélicos de bispos e apóstolos auto-nomeados, mesmo após Lutero ter rasgado a bula papal que o excomungava e queimá-la na fogueira. A doutrina reformada do sacerdócio universal dos crentes e a abolição da distinção entre clérigos e leigos ainda não permearam a cosmovisão dos evangélicos no Brasil, com poucas exceções.

2) A idéia que pastores são mediadores entre Deus e os homens – No Catolicismo, a Igreja é mediadora entre Deus e os homens e transmite a graça divina mediante os sacramentos, as indulgências, as orações. Os sacerdotes católicos são vistos como aqueles através de quem essa graça é concedida, pois são eles que, com as suas palavras, transformam, na Missa, o pão e o vinho no corpo e no sangue de Cristo; que aplicam a água benta no batismo para remissão de pecados; que ouvem a confissão do povo e pronunciam o perdão de pecados. Essa mentalidade de mediação humana passou para os evangélicos, com algumas poucas mudanças. Até nas igrejas chamadas históricas os crentes brasileiros agem como se a oração do pastor fosse mais poderosa do que a deles, e que os pastores funcionam como mediadores entre eles e os favores divinos. Esse ranço do Catolicismo vem sendo cada vez mais explorado por setores neopentecostais do evangelicalismo, a julgar por práticas já assimiladas como “a oração dos 318 homens de Deus”, “a prece poderosa do bispo tal”, “a oração da irmã fulana, que é profetisa”, etc.

3) O misticismo supersticioso no apego a objetos sagrados – O Catolicismo no Brasil, por sua vez influenciado pelas religiões afro-brasileiras, semeou misticismo e superstição durante séculos na alma brasileira: milagres de santos, uso de relíquias, aparições de Cristo e de Maria, objetos ungidos e santificados, água benta, entre outros. Hoje, há um crescimento espantoso entre setores evangélicos do uso de copo d’água, rosa ungida, sal grosso, pulseiras abençoadas, pentes santos do kit de beleza da rainha Ester, peças de roupa de entes queridos, oração no monte, no vale; óleos de oliveiras de Jerusalém, água do Jordão, sal do Vale do Sal, trombetas de Gideão (distribuídas em profusão), o cajado de Moisés... é infindável e sem limites a imaginação dos líderes e a credulidade do povo. Esse fenômeno só pode se explicado, ao meu ver, por um gosto intrínseco pelo misticismo impresso na alma católica dos evangélicos.

4) A separação entre sagrado e profano – No centro do pensamento católico existe a distinção entre natureza e graça idealizada e defendida por Tomás de Aquino, um dos mais importantes teólogos da Igreja Católica. Na prática, isso significou a aceitação de duas realidades co-existentes, antagônicas e freqüentemente irreconciliáveis: o sagrado, substanciado na Santa Igreja, e o profano, que é tudo o mais no mundo lá fora. Os brasileiros aprenderam durante séculos a não misturar as coisas: sagrado é aquilo que a gente vai fazer na Igreja: assistir Missa e se confessar. O profano – meu trabalho, meus estudos, as ciências – permanece intocado pelos pressupostos cristãos, separado de forma estanque. É a mesma atitude dos evangélicos. Falta-nos uma mentalidade que integre a fé às demais áreas da vida, conforme a visão bíblica de que tudo é sagrado. Por exemplo, na área da educação, temos por séculos deixado que a mentalidade humanista secularizada, permeada de pressupostos anticristãos, eduque os nossos filhos, do ensino fundamental até o superior, com algumas exceções. Em outros países os evangélicos têm tido mais sucesso em manter instituições de ensino que além de serem tão competentes como as outras, oferecem uma visão de mundo, de ciência, de tecnologia e da história oriunda de pressupostos cristãos. Numa cultura permeada pela idéia de que o sagrado e profano, a religião e o mundo, são dois reinos distintos e frequentemente antagônicos, não há como uma visão integral surgir e prevalecer a não ser por uma profunda reforma de mentalidade entre os evangélicos.

5) Somente pecados sexuais são realmente graves – A distinção entre pecados mortais e veniais feita pelo romanismo católico vem permeando a ética brasileira há séculos. Segundo essa distinção, pecados considerados mortais privam a alma da graça salvadora e condenam ao inferno, enquanto que os veniais, como o nome já indica, são mais leves e merecem somente castigos temporais. A nossa cultura se encarregou de preencher as listas dos mortais e dos veniais. Dessa forma, enquanto se pode aceitar a “mentirinha”, o jeitinho, o tirar vantagem, a maledicência, etc., o adultério se tornou imperdoável. Lula foi reeleito cercado de acusações de corrupção. Mas, se tivesse ocorrido uma denúncia de escândalo sexual, tenho dúvidas de que teria sido reeleito, ou que teria sido reeleito por uma margem tão grande. Nas igrejas evangélicas – onde se sabe pela Bíblia que todo pecado é odioso e que quem guarda toda a lei de Deus e quebra um só mandamento é culpado de todos – é raro que alguém seja disciplinado, corrigido, admoestado, destituído ou despojado por pecados como mentira, preguiça, orgulho, vaidade, maledicência, entre outros. As disciplinas eclesiásticas acontecem via de regra por pecados de natureza sexual, como adultério, prostituição, fornicação, adição à pornografia, homossexualismo, etc., embora até mesmo esses estão sendo cada vez mais aceitáveis aos olhos evangélicos. Mais um resquício de catolicismo na alma dos evangélicos?

O que é mais surpreendente é que os evangélicos no Brasil estão entre os mais anti-católicos do mundo. Só para ilustrar (e sem entrar no mérito dessa polêmica) o Brasil é um dos poucos países onde convertidos do catolicismo são rebatizados nas igrejas evangélicas. O anti-catolicismo brasileiro, todavia, se concentrou apenas na questão das imagens e de Maria, e em questões éticas como não fumar, não beber e não dançar. Não foi e não é profundo o suficiente para fazer uma crítica mais completa de outros pontos que, por anos, vêm moldando a mentalidade do brasileiro, como mencionei acima. Além de uma conversão dos ídolos e de Maria a Cristo, os brasileiros evangélicos precisam de conversão na mentalidade, na maneira de ver o mundo. Temos de trazer cativo a Cristo todo pensamento e não somente os nossos pecados. Nossa cosmovisão precisa também de conversão (2Coríntios 10.4-5).

Quando vejo o retorno de grandes massas ditas evangélicas às práticas medievais católicas de usar no culto a Deus objetos ungidos e consagrados, procurando para si bispos e apóstolos, imersas em práticas supersticiosas, me pergunto se, ao final das contas, o neopentecostalismo brasileiro não é, na verdade, um filho da Igreja Católica medieval, uma forma de neo-catolicismo tardio que surge e cresce em nosso país onde até os evangélicos têm alma católica.

Fonte: tempora-mores.blogspot.com

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO





Stormie Omartian

Ele é o Deus que me reveste de força e torna perfeito o meu caminho. — Salmo 18:32


A ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO


"Você não tem valor e nunca será grande coisa", dizia minha mãe enquanto me empurrava para dentro do pequeno armário que ficava debaixo da escada e batia a porta. "Agora, fique aí até eu poder olhar para sua cara!"

O som de seus passos desaparecia enquanto ela atravessava o pequeno corredor de volta para a cozinha. Eu realmente não sabia ao certo o que havia feito que justificasse ser trancada no armário novamente, mas sabia que devia ser algo ruim. Sabia que eu devia ser má e acreditava que todas as coisas negativas que ela dizia a meu respeito estavam, sem dúvida, certas. Afinal de contas, ela era minha mãe.

O armário era pequeno, uma área retangular debaixo da escada onde ficavam as roupas sujas em um cesto velho de vime. Eu me sentava sobre a pilha de roupas e encolhia os pés para eliminar a possibilidade de tocar nos ratos que, de tempos em tempos, corriam pelo chão. Eu me sentia só, não amada e terrivelmente amedrontada enquanto esperava, naquele buraco escuro, que o tempo aparentemente interminável que minha mãe levava para se lembrar de que eu estava ali passasse ou que meu pai voltasse, momento em que ela se certificava de me deixar sair. Qualquer um dos eventos significaria que eu me livraria do armário e do sentimento devastador de ser enterrada viva e esquecida. Como você provavelmente pode perceber por esse único incidente, fui criada por uma mãe com problemas mentais e, entre outras atrocidades, passei a maior parte da minha primeira infância trancada em um armário. Embora certas pessoas soubessem do comportamento estranho que minha mãe tinha de vez em quando, sua doença mental não foi claramente identificada até eu chegar ao final da adolescência. Durante todo o meu processo de crescimento, o comportamento extremamente instável de minha mãe deixou-me com sentimentos de futilidade, desesperança, impotência e profunda dor emocional, tanto que, quando jovem, eu ainda era trancada em um armário — só que os limites eram emocionais, não físicos. Eu estava cercada por uma profunda dor sempre presente em minha alma, que se expressava por meio de certos atos de autodestruição e um medo paralisante que controlavam minha respiração.

Muitos anos depois, sentei-me em frente de Mary Anne, uma conselheira cristã, que me disse que eu precisava perdoar minha mãe, se quisesse me sentir inteira e completamente curada. Perdoar alguém que me tratou com ódio e abuso? Alguém que arruinou a minha vida, transformando-me em uma aleijada emocional? Como?, pensei comigo mesma, arrasada diante da possibilidade de tamanha tarefa. Eu já havia confessado meus pecados e, agora, minha conselheira estava pedindo que eu perdoasse minha mãe — tudo isso na mesma sessão de aconselhamento.

"Você não precisa sentir perdão para dizer que perdoa alguém", explicou Mary Anne. "Perdão é algo que você faz por obediência ao Senhor, ódio que tenho de minha mãe e peço teu perdão. Eu a perdôo por tudo o que ela fez para mim. Eu a perdôo por não me amar e a coloco em tuas mãos'."

Por mais difícil que fosse, fiz o que Mary Anne havia dito porque eu queria perdoar minha mãe, mesmo não sentindo nada que se aproximasse disso no momento. "Deus, perdôo minha mãe", eu disse no final da oração. Sei que, para mim, o fato de poder dizer essas palavras era sinal de que o poder de Deus estava operando em minha vida. E senti o amor de Deus naquele momento mais do que nunca. Logo descobri, no entanto, que a falta de perdão com raízes profundas, como a que eu sentia por minha mãe, deve ser desfeita, camada por camada. Isso se aplicava, sobretudo, ao meu caso uma vez que os insultos verbais de minha mãe continuaram a ficar cada vez mais intensos com o passar do tempo. Um dia, enquanto eu estava pedindo novamente a porque ele perdoou você. Você precisa se dispor a dizer: 'Deus, confesso o Deus que me desse um coração perdoador, eu me senti levada a orar: "Senhor, ajuda-me a ter um coração como o teu para com minha mãe." Quase de imediato, tive uma visão de minha mãe que nunca havia tido antes. Ela era bonita, engraçada, amorosa, talentosa, uma mulher que não se parecia em nada com a pessoa que eu conhecia. Meu entendimento dizia que eu a eslava vendo do modo como Deus a havia criado para ser e não como havia ficado. Que revelação maravilhosa! Eu mesma não poderia lê-la imaginado. Nada superava meu ódio por minha mãe, exceto, talvez, a profundidade de meu próprio vazio. Contudo, agora eu sentia compaixão e empatia por ela.

Em um instante, juntei as peças de seu passado — a morte trágica e repentina de sua mãe quando ela tinha 11 anos, o suicídio de seu querido tio e pai adotivo alguns anos depois, seus sentimentos de abandono, de culpa, de amargura e de falta de perdão que contribuíram para sua doença emocional e mental. Eu podia ver como a sua vida, como a minha, havia sido distorcida e deformada por circunstâncias que fugiam ao seu controle. De repente, eu não mais a odiava por isso. Pelo contrário, sentia pena dela.

Estar em contato com o coração de Deus em favor de minha mãe fez brotar em mim um perdão tão grande que, quando ela morreu alguns anos depois, eu não tinha nenhum sentimento ruim contra ela. Na verdade, quanto mais eu a perdoava, mais o Senhor trazia à minha mente boas lembranças. Fiquei surpresa por ver que havia alguma!

O perdão leva à vida. A falta de perdão é uma morte lenta. O perdão é contínuo porque, uma vez que lida com o passado, transgressões constantes ocorrem no presente. Nenhum de nós passa por isso sem ter nosso orgulho ferido ou sem ser manipulado, ofendido ou machucado por alguém. Toda vez que acontece, isso deixa uma cicatriz na alma quando não confessado, perdoado e tratado diante do Senhor. Além disso, a falta de perdão também o separa das pessoas que você ama. Elas sentem um espírito de falta de perdão, ainda que não possam identificá-lo, e isso as deixa pouco à vontade e distantes. Você talvez esteja pensando: "Não tenho de me preocupar com isso porque não tenho ninguém a quem deva perdoar." Mas perdão também é deixar de criticar os outros, lembrar que as pessoas, muitas vezes, são como são por causa do modo como a vida as moldou. É lembrar que Deus é o único que conhece toda a história e, por conseguinte, nunca temos o direito de julgar. Estar correntado pela falta de perdão o impede de receber a cura, a alegria e a restauração que existem para você. Estar libertado para receber tudo o que Deus tem para você, hoje e amanhã significa desprender-se de tudo o que aconteceu no passado. Significa fazer uma oração de libertação.

A ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO O LIVRA DE CULPAR DEUS

Meu marido e eu temos um amigo que é talentoso em muitos sentidos, mas ele excluiu Deus de sua vida, culpando-o por um acidente de carro no qual sua irmã morreu e ele se feriu gravemente a ponto de acabar com sua promissora carreira nos esportes. Anos depois do acidente, ele ainda pergunta, com amargura, por que Deus não impediu o acidente. A verdade é que o acidente nunca fez parte do plano de Deus. Foi o diabo que veio para destruir, porque a morte faz parte de seu plano. Nosso amigo é um homem bom, mas está dolorosamente frustrado e insatisfeito porque tem impedido Deus de operar poderosamente em sua vida.
Culpar Deus é muito mais comum do que a maioria de nós deseja admitir, principalmente no caso daqueles que foram abusados, desprezados ou profundamente desapontados por figuras de autoridade. A tendência é pensar subconscientemente em Deus como sendo igual àquele pai, avô, professor ou chefe abusivo, projetando nele atitudes e comportamentos que nada têm a ver com quem ele realmente é. Também culpamos Deus por qualquer coisa negativa que nossos pais nos disseram sobre nós mesmos. Achamos que Deus deve ter nos criado do modo como eles dizem que somos e nos perguntamos por que ele foi tão descuidado. Também projetamos as imperfeições humanas em Deus. Por exemplo, culpamos Deus se nossos pais não nos quiseram ou nos amaram.

A mentira em que acreditamos quando culpamos Deus é que "Deus poderia ter impedido isso de acontecer. Ele poderia ter feito com que as coisas fossem diferentes". A verdade é que Deus nos deu o livre arbítrio, o qual ele não irá violar. Conseqüentemente, todos fazemos escolhas, e as coisas muitas vezes são como são por causa dessas escolhas. Deus também nos dá limitações e limites para nossa proteção. Se quisermos violar essa ordem, deixando nossas circunstâncias à própria sorte ou à obra do inimigo, criamos destruição.

Culpar Deus é uma atitude que não nos dá opção. Nós nos colocamos em um beco sem saída, em vez de reconhecer Deus como a única saída. Culpar Deus produz uma raiva inapropriada que será canalizada no interior — deixando-o doente, frustrado e insatisfeito — ou no exterior, levando-o a odiar seu cônjuge, abusar de um filho, tratar um amigo de maneira grosseira, não cooperar com um colega de trabalho ou dar coices em estranhos.

Para deixarmos de culpar Deus, temos de saber como ele realmente é. E podemos descobrir isso quando olhamos para Jesus, que disse: "Quem me vê, vê o Pai" (João 14:9). A menos que realmente deixemos que Jesus penetre cada parte de nossa vida, não saberemos, de fato, como é Deus.

Quando você realmente conhece Jesus, vê que Deus Pai é fiel e compassivo. O amor de Deus é ilimitado e inesgotável. Deus não despreza, não abusa, não se esquece ou se engana. Ele nunca decepcionará ou será imperfeito. Quando entendemos quem Deus realmente é e deixamos de culpá-lo, encontramos paz e segurança. Se você está furioso com Deus, então precisa conhecê-lo melhor porque há muita coisa sobre ele que você não entende plenamente. A melhor coisa a fazer é ser honesto com ele sobre isso. Você não ferirá os sentimentos de Deus — ele já sabia disso desde o começo. Ore a Deus, dizendo: "Pai, fiquei louco contigo por causa desta situação em particular (seja específico). Odiei isso e te culpei pela situação. Por favor, perdoa-me e ajuda-me a me libertar disso. Leva embora minhas falsas concepções a teu respeito e ajuda-me a conhecer-te melhor." O oposto de culpar Deus é confiar nele. Decida agora em quem confiar. Você não pode seguir em direção a tudo o que Deus tem para você se qualquer amargura e culpa indevida tiverem um lugar em seu coração. Se você ficou furioso com Deus, diga. "Deus, fiquei louco contigo desde que meu irmão morreu naquele acidente." "Deus, fiquei louco contigo desde que meu bebê morreu." "Deus, fiquei louco contigo por não ter conseguido aquele trabalho pelo qual orei." Seja honesto. Você não ferirá o ego de Deus. Libere a mágoa e se permita chorar. As lágrimas libertam e curam. Faça uma oração de libertação: "Senhor, confesso minha mágoa e minha raiva, e minha dureza de coração para contigo. Não guardo mais essa ofensa contra ti."

AQUI ESTÃO SETE VERSÍCULOS PARA LEMBRÁ-LO DA BONDADE DE DEUS

Você pode incluí-los em sua oração de libertação:
Como são felizes todos os que nele se refugiam! (Salmo 2:12)
Ele liberta os pobres que pedem socorro. (Salmo 72:12)
Os que buscam o SENHOR de nada têm falta. (Salmo 34:10)
Tu és o meu socorro e o meu libertador. (Salmo 70:5)
Transformarei as trevas em luz diante deles e tornarei retos os lugares acidentados. (Isaías 42:16)
Não se pode nem pensar que Deus faça o mal, que o Todo-poderoso perverta a justiça. (Jó 34:12)
O Senhor me livrará de toda obra maligna e me levará a salvo para o seu Reino celestial. (2 Timóteo 4:18)

A ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO O AJUDA A PERDOAR OS OUTROS

Abuso é todo tratamento desagradável que diminui o valor próprio — abuso verbal, negligência, falta de amor visível —, além de espancamentos e assédios. Se uma criança não consegue perceber a aceitação dos pais, ela cresce com uma fome autodestrutiva de amor que não pode ser satisfeita por nenhum ser humano. As necessidades não supridas na infância serão igualmente fortes na fase adulta, mas serão habilmente camufladas.

Se você foi abusado quando criança, não se engane dizendo para si mesmo: "Nasci de novo — não deveria ainda sentir essa mágoa por dentro. Deve haver algo errado comigo." O fato de você ainda sentir mágoa não nega sua condição de nascido de novo ou o torna menos espiritual. Uma vez que as pessoas têm a tendência de ver Deus do mesmo modo como viam os pais, é preciso que tenham um tempo de cura e libertação, e que conheçam o amor de Deus antes de haver a total confiança.

Perdoar seus pais é uma grande parte do processo de cura (e crucial para evitar a armadilha de abusar de seus próprios filhos). Você tem de perdoar seu pai que nunca o protegeu, sua mãe que o maltratou e insultou, seu padrasto que não o amou, seu avô ou tio que o molestaram sexualmente, seu pai ou sua mãe que nunca estiveram presentes ou o deixaram à mercê da morte ou do abandono, seu pai ou sua mãe fracos que o afastaram emocionalmente, seu pai ou sua mãe egoístas que o faziam se lembrar que você nunca foi desejado, ou seu pai ou sua mãe deficientes emocionalmente que não souberam educá-lo.

Essas experiências amargas e dolorosas irão continuar a machucá-lo se você não lamentar sua dor diante do Senhor, colocar toda essa dor e amargura nas mãos dele e pedir-lhe para ajudá-lo a perdoar. Você não só se machucará se não perdoar, mas, pior ainda, poderá machucar seus próprios filhos. Por amor a eles, se não a você mesmo, você tem de se desprender completamente do passado. Ver seu pai ou sua mãe como a criança não amada, maltratada ou traumatizada que eles talvez tenham sido pode ajudá-lo a perdoar. Contudo, a maioria das pessoas sabe pouco sobre as origens de seus pais. Grande parte dos incidentes, principalmente os ruins, raramente é discutida, mesmo por outro parente. Quando você entende que seu pai ou sua mãe não tiveram a intenção de lhe negar amor, mas, na verdade, em primeiro lugar, nunca o tiveram para dar, é mais fácil perdoar. Às vezes, o que um pai ou uma mãe não fizeram magoa tanto quanto o que um pai ou uma mãe abusivos fizeram. A falta de envolvimento ou de disposição de um pai ou de uma mãe de intervirem e socorrerem você parece traição. É mais difícil reconhecer a falta de perdão no caso desse pai ou dessa mãe que não se envolveram, mas é mais comum do que pensamos. Peça para Deus lhe mostrar qualquer sentimento de falta de perdão para com seu pai ou sua mãe que não vieram ao seu socorro. Se houver, você terá de lidar honestamente com seus sentimentos nesse sentido.

Todos precisamos de pais que nos amem, nos incentivem, nos eduquem, sejam afetuosos com a gente, acreditem que existem coisas boas em nós e estejam interessados no que fazemos. Aqueles de nós que não tiveram pais assim têm necessidades que somente Deus pode suprir. Não podemos voltar no tempo e arrumar alguém para nos abraçar e nos criar, e não devemos exigir isso do nosso cônjuge ou dos amigos, porque eles não podem fazê-lo. Isso tem de vir do nosso Pai celestial. Deus é a nossa única esperança para restaurar relacionamentos arruinados. Fazer uma oração para que a mágoa seja perdoada e louvar a Deus pela transformação que ele fará é um dos caminhos pelos quais haverá a restauração. Em momentos de fraqueza em que a vida parece fora de controle, escolha colocar-se debaixo do controle de Deus. Entregue a ele suas áreas de fraqueza de forma plena e honesta para que ele possa revertê-las para serem vasos da força de Deus. Ele é um Deus de restauração e redenção, por isso ele pode remir tudo o que ocorreu em seu passado. Ele pode fechar a brecha entre você e seus filhos, ou pais, ou amigos. A restauração não acontece da noite para o dia, mas a redenção pode acontecer. Deixe que Deus opere agora em sua situação, para que ela possa ser revertida e colocada na direção certa.

A ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO É UMA ESCADA PARA A PERFEIÇÃO

Se você não consegue perdoar outra pessoa, isso não significa que você não seja salvo, e não significa que não irá para o céu. Mas significa que você não pode ter tudo o que Deus tem para você e não ficará livre da dor emocional. O primeiro passo para perdoar é receber o perdão de Deus e deixar a realidade desse perdão penetrar a parte mais profunda de nosso ser. Quando percebemos até que ponto fomos perdoados, é mais fácil entendermos que não temos direito de julgar uns aos outros. Sermos perdoados e libertados de tudo o que já fizemos é um presente tão milagroso, como poderíamos nos recusar a obedecer a Deus quando ele nos pede para perdoar os outros como ele nos perdoou? Fácil! Focamos nossos pensamentos na pessoa que nos ofendeu, e não em Deus que endireitou todas as coisas.

O perdão não faz com que a outra pessoa esteja certa; ele faz com que você seja livre. O perdão é uma rua de duas mãos. Deus perdoa você que, por sua vez, perdoam os outros. Deus perdoa você rápida e completamente quando você confessa seu pecado. Você deve perdoar os outros rápida e completamente, quer eles admitam ou não a falha que cometeram. Na maior parte do tempo, as pessoas não sentem que fizeram algo errado, e, se sentem, elas certamente não querem admiti-lo para você. É por isso que devemos colocar essa pessoa, a situação e a mágoa nas mãos de Deus em oração. Perdão é uma escolha que fazemos. Baseamos nossa decisão não no que temos vontade de fazer, mas no que sabemos que é certo. Eu não tinha vontade de perdoar minha mãe. Em vez disso, optei por perdoá-la porque a Palavra de Deus diz: "Perdoem, e serão perdoados" (Lucas 6:37). Esse versículo também diz que não devemos julgar se não quisermos ser julgados. Em vez disso, devemos entregar as pessoas e as circunstâncias a Deus e deixar que ele seja o juiz.

Há duas razões — uma espiritual e uma psicológica — para perdoarmos. A razão espiritual é que desejamos obedecer a Deus, e ele nos disse para perdoarmos os outros assim como ele nos perdoou: "Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo" (Efésios 4:32). Quando perdoamos as pessoas que nos magoaram, restauramos o mérito e o valor que Deus lhes deu — não porque mereçam, mas porque Deus já fez o mesmo por nós.

A razão psicológica para perdoarmos os outros é nos livrarmos da dor e da vitimização que as outras pessoas infligiram a nós. Quando perdoamos, fazemos a escolha de não mais deixarmos que o pecado das outras pessoas dite nosso modo de sentir ou nossos atos. O perdão dá-nos a liberdade para realmente levarmos nossa vida como Deus intentou. Para mim, foi difícil entender que Deus ama minha mãe da mesma forma como ele me ama. Ele ama todas as pessoas do mesmo modo como ele me ama. O mais importante de se lembrar em se tratando de perdão é que o perdão não faz com que a outra pessoa esteja certa; ele faz com que você seja livre. A melhor maneira para transformar a raiva, a amargura, o ódio e o ressentimento contra outra pessoa em amor é orar por essa pessoa. Deus amolece seu coração quando você tenta ser íntegro e traz perfeição à sua vida.

Fonte: “Sete orações que vão mudar sua vida”, Stormie Omartian, Editora Thomas Nelson Brasil. Cap. 3.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Estou triste!




Estou triste,

Acordei triste hoje, e ando meio desiludido com o que vejo. Primeiro a decepção com os arraiais evangélicos, e com a própria Instituição Evangélica, que abriu mão de valores básicos e está negociando outros valores, como status, fama, poder e dinheiro.

Segundo, porque vejo na maioria das pessoas da fé, uma profunda falta de raiz com os valores que eu achava que elas tinham. Ninguém tem convicções sólidas, o relativismo de fato, ocupou a mente de quase todos.

Duas pessoas me procuraram para dizer que estavam deixando a suas “igrejas”, porque estavam com situações irregulares na vida conjugal, mas esse não foi só “o” problema. O que me deixou triste e perplexo é como acharam tão fácil renegar a fé, e a igreja, sem nenhum senso de perda. Tudo é como se os vínculos espirituais não fossem mais nada.

Acabei de ouvir um amigo meu, veterano no evangelho dizer que está gostando muito de um pastor Adventista, que prega muito bem na TV! Fiquei curioso, porque sei que o tal pastor só prega heresias (ora bolas, o pastor é adventista...), e ele, veterano crente no seio evangélico, nem sabe mais discernir o que é certo ou errado, e o que aprendeu anos a fio, ou será que não tinha aprendido nada?

Acabei de receber um vídeo pela Internet de uma pessoa evangélica próxima: Adorou o vídeo... Mas ela não se deu conta e que o vídeo é uma pura mensagem das Testemunhas de Jeová! Não teve ou tem nenhum pouco de senso bíblico crítico.

Levei outro susto quando fui conversar com uma determinada pessoa que me disse que ia mudar de igreja, porque estava querendo variar um pouco, apenas por isso. Perguntei-lhe: Mas sua igreja está com algum problema? Ela me disse friamente: Não, não há problemas, mas o pastor de lá me chamou para conhecer um pouco a igreja dele, e vou ver se é legal... Isso me assusta. Mudar de igreja para ver se lá é legal!

Muda-se de igreja hoje como se escolhe uma blusa, uma muda de roupa, que pode ser melhor que a usada no dia seguinte, ou uma nova lanchonete na área a ser experimentada. Onde estão as Raízes?

Em terceiro lugar, tenho visto uma profunda desvalorização do caráter, onde não escapa nem os líderes, que perderam os escrúpulos e não estão nem aí para a ética, para o “agir” bem, para o compromisso com a seriedade, aliás, acho até que alguns esqueceram o que significa essa palavra... Traem, enganam, falam mal, criam situações embaraçosas, dissimulam, fazem qualquer negócio para conquistar ou ganhar algum prestigio em troca de uma idéia nebulosa de se perpetuarem no comando ou num poder tão firme como a área da praia e tão sólido como a neblina que se esvai com o calor do sol. Quanta tolice!

Acho que alguns deveriam refazer a matéria chamada ÉTICA nos seminários onde aprenderam a teologia... Bobagem, teologia sem ética é mais perigosa ainda...Mata!

Em quarto lugar, muitos que ainda mantinham escondidos os seus problemas e a sua pequenez, além de perderem o caráter estão também perdendo a honra. Não estão nem aí para o que os outros vão pensar do julgamento moral de seus atos, de sua postura e imagem pública. Estão olhando apenas para o seu interesse imediato, para o seu pequeno mundo de valores tão baixo.

Em quinto lugar, não consigo acreditar no que se faz em nome da fé...

Embora a história fale do que já se derramou de sangue em nome da “fé” e do “cristianismo” já era para desconfiar que não existem limites quando se quer usar a religião ou a “fé”, para fins espúrios, que vai de uma mentira banal a todo o tipo de má fé usada para que se logre êxito em qualquer coisa, nem que se negocie importantes valores espirituais, por interesses tão passageiros e ilusórios. Não há mais nada que não se negocie ou jogue fora, depois que se acabem os valores mais básicos de quem crê – a sua fé!

Pois é, está tudo mudado, não há de se apostar mais em nada, porque quando se perdem os valores, perde-se tudo, pois quando se vai a essência, o que fica é fumaça.

Mas eu ainda penso que vale a pena acreditar, ser honrado e honrar a fé, a despeito de tudo isso, afinal, Jesus já havia dito: Quando o Filho do homem voltar achará fé na terra? (LC 18:8). Cada dia fica mais difícil admitir que essa pergunta incomoda muito diante do que vemos e ouvimos.

Pense nisso.

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Neucir Valentim é pastor titular da Primeira Igreja Evangélica e Congregacional de Niterói.

Voltando para a Bíblia - 2a Edição Impressa




FINALMENTE!

Saiu a segunda edição impressa do livro de estréia do pastor Deivinson Bignon. "Voltando para a Bíblia" foi um marco do agir de Deus no ministério literário do autor. Veja a sinopse.

O que fazer para alcançar mais conteúdo bíblico em sua vida? O cristão verdadeiro deve fazer uma contínua análise de tudo o que acontece ao seu redor para que não seja enganado pelos diversos ventos de doutrinas pós-modernos. Com a leitura deste livro abençoador você entenderá melhor a Palavra de Deus e aprenderá a analisar na Bíblia, seguindo o método de Estudo Bíblico Indutivo, tudo o que acontece em seu dia-a-dia.


VOLTANDO PARA A BÍBLIA

Número de páginas: 72
Peso: 112 gramas
Edição: 2a (2009)
Acabamento da capa: Papel supremo 250g/m², 4x0, laminação fosca ou brilho.
Acabamento do miolo: Papel offset 75g/m², 1x1, cadernos fresados e colados.
Formato: Médio (140x210mm), brochura sem orelhas.

Adquira aqui!

Se preferir lê-lo na íntegra em seu computador, baixe o e-livro gratuitamente aqui.

Paz e bênçãos...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

GRÁTIS!! O Cajado do Pastor




Conhecido por alguns como Uma Escola Bíblica em Livro, esta é uma obra de 1000 páginas projetada para treinar e equipar líderes de igreja. Contém escritos, com base bíblica, de muitos autores cheios do Espírito. Esse livro foi compilado para satisfazer as necessidades especiais de líderes de igreja que trabalham na Ásia, África e América Latina, com muitos artigos de ensino que ajudam e preparam os líderes para serem eficazes.

Neste livro, O Cajado do Pastor, você achará:

1) Um Manual de Treinamento Para Novos Crentes que cobre todos os assuntos que você precisa ensinar a novos convertidos.

2) Uma Concordância Tópica com milhares de referências bíblicas, que cobrem 200 principais tópicos da Bíblia. Essa seção de referência de O Cajado do Pastor o ajudará a ensinar a Bíblia a outros.

3) Um Guia Para Treinamento de Líderes, contendo o melhor material de treinamento de liderança de igreja reunido por World MAP durante os últimos trinta anos.

Tudo isso e muito mais está contido em um único volume chamado O Cajado do Pastor!

Normas Para Distribuição de O Cajado do Pastor

Restrições dos direitos autorais deste livro proíbem o World MAP de distribuir cópias inglesas deste livro em nações Ocidentais ou outras nações prósperas onde as pessoas já têm bastante material e recurso disponível (como EUA, Canadá, Europa Ocidental, Reino Unido, Austrália, etc).

Quem Pode Receber Uma Cópia Grátis?

Líderes que vivem em nações pouco desenvolvidas da Ásia, África, América Latina, Europa Oriental, Rússia ou China e que ensinam ou pregam a Bíblia a um grupo de 20 ou mais pessoas a cada semana, podem receber uma cópia grátis. Eles podem usar o formulário no site da Revista Atos para solicitar gratuitamente seu cadastramento como assinante da revista. Uma vez aprovado seu cadastro, automaticamente é liberada uma cópia grátis do livro O Cajado do Pastor, o qual é remetido diretamente dos estoques na Índia para o domicílio do leitor. Essa cópia grátis, no entanto, pode demorar um pouco pra chegar até o leitor (de seis meses a um ano) pelo fato de vir da Índia por via marítima.


Concluindo
Obrigado por seu interesse no livro O Cajado do Pastor. Se você não está qualificado para receber uma cópia deste manual, mas conhece outros líderes de igreja que podem recebê-lo, por favor, encoraje-os a entrarem em nosso site ou escreverem ao nosso escritório para que se tornem assinantes da Revista Atos e recebam uma cópia grátis do livro O Cajado do Pastor.

Faça seu pedido grátis clicando aqui.

Apesar de alguns artigos inspirados pela teologia da prosperidade, o livro é excelente! Equivale ao conteúdo de uma Bíblia de Estudo. O melhor de tudo: é totalmente grátis!

Demora alguns anos para chegar pelos Correios, mas vale à pena esperar.

Paz e bênçãos...

sexta-feira, 5 de junho de 2009




COMENTÁRIO BÍBLICO DE HABACUQUE


Capítulo 1


SERÁ que Deus algum dia destruirá os iníquos? Neste caso, quanto tempo temos de esperar ainda? Perguntas como essas são feitas por pessoas em toda a Terra. Onde podemos encontrar as respostas? Podemos encontrá-las nas divinamente inspiradas palavras proféticas sobre o tempo designado de Deus. Estas nos asseguram que Deus executará em breve o julgamento contra todos os iníquos. Só então a Terra “se encherá [completamente] do conhecimento da glória de Yehowah assim como as próprias águas cobrem o mar”. Esta é a promessa profética encontrada na Palavra Sagrada de Deus, em Habacuque 2:14.

O livro de Habacuque, escrito por volta de 628 AEC, consiste em uma série de três sentenças condenatórias proferidas por Yehowah. Duas destas sentenças já foram executadas. A primeira foi a que Deus executou contra a nação desobediente do antigo Judá. Que dizer da segunda? Foi a que Ele executou contra a opressiva Babilônia. Por isso, temos certamente todos os motivos para confiar que a terceira destas sentenças divinas também será executada. Na realidade, podemos esperar que o cumprimento disso se dê muito em breve. Nestes últimos dias, pela causa dos justos, Deus causará a destruição de todos os humanos iníquos. O último deles deixará de respirar na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, que se aproxima rapidamente. — Apocalipse 16:14, 16.

A guerra do grande dia de Deus está cada vez mais perto. E a execução do julgamento divino nos iníquos em nosso tempo é tão certa como foi o cumprimento dos julgamentos de Yehowah contra Judá e Babilônia. Que tal, porém, imaginarmos agora mesmo estar em Judá nos dias de Habacuque? O que está acontecendo naquela terra?

Uma terra em tumulto: Imagine Habacuque, o profeta de Yehowah, sentado no terraço, usufruindo a fresca brisa da noitinha. Tem ao seu lado um instrumento musical. (Habacuque 1:1; 3:19) Mas Habacuque ouve uma notícia chocante. O Rei Jeoiaquim acaba de matar Urijá e mandar que o cadáver seja lançado no cemitério do povo comum. (Jeremias 26:23) É verdade que Urijá não continuara confiando em Deus, tendo ficado com medo e fugido para o Egito. No entanto, Habacuque sabe que a violência de Jeoiaquim não foi motivada pelo desejo de defender a honra de Yehowah. O que torna isto evidente é a total desconsideração que o rei demonstra pela lei divina e o seu ódio ao profeta Jeremias e a outros que servem a Deus.

Habacuque vê a fumaça de incenso subindo dos terraços de casas vizinhas. As pessoas não queimam este incenso como adoradores de Yehowah. Empenham-se em atos da religião falsa patrocinados pelo iníquo Rei Jeoiaquim, de Judá. Que situação vergonhosa! Os olhos de Habacuque enchem-se de lágrimas, e ele roga: “Até quando, ó Yehowah, terei de clamar por ajuda e tu não ouvirás? Até quando clamarei a ti por ajuda contra a violência e tu não salvarás? Por que me fazes ver o que é prejudicial e continuas a olhar para a mera desgraça? E por que há assolação e violência diante de mim, e por que vem a haver altercação, e por que se sustenta contenda? Portanto, a lei fica entorpecida e a justiça nunca sai. Visto que o iníquo está em torno do justo, por isso a justiça sai pervertida.” — Habacuque 1:2-4.

Deveras, prevalecem saques e violência. Para onde quer que Habacuque olhe, ele vê dificuldades, brigas e lutas. ‘A lei ficou entorpecida’, paralisada. E a justiça? Ora, ela “nunca sai” vitoriosa! Nunca prevalece. Em vez disso, “o iníquo está em torno do justo”, forjando as medidas legais feitas para proteger os inocentes. Deveras, “a justiça sai pervertida”. Ela é desvirtuada. Que situação lamentável se encontrava esse povo que dizia amar a Deus!

Habacuque pára e pensa na situação. Vai desistir? De forma alguma! Depois de refletir em toda a perseguição movida aos servos fiéis de Deus, este homem leal renova sua determinação de continuar firme e resoluto como profeta de Yehowah. Habacuque continuará a proclamar a mensagem de Deus — mesmo que isso lhe custe a vida.

Deus realiza uma “atividade” impressionante: Habacuque vê em visão os religiosos falsos que desonram a Deus. Escute o que Deus lhes diz: “Vede entre as nações e olhai, e olhai pasmados um para o outro.” É provável que Habacuque se pergunte por que Deus se dirige a esses iníquos desta forma. Depois ouve Yehowah dizer-lhes: “Ficai pasmados; pois nos vossos dias se realiza uma atividade que não acreditareis, embora seja relatada.” (Habacuque 1:5) Na realidade, o próprio Deus está realizando esta atividade que eles acham impressionante. Mas, de que se trata?

Habacuque escuta atentamente as próximas palavras de Deus, registradas em Habacuque 1:6-11. Esta é a mensagem de Deus — e nenhum deus falso ou ídolo sem vida pode impedir seu cumprimento: “Eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que vai aos lugares espaçosos da terra para tomar posse de residências que não lhe pertencem. Aterradora e atemorizante é ela. Sua própria justiça e sua própria dignidade procedem dela mesma. E seus cavalos mostraram-se mais velozes do que os leopardos e mostraram-se mais ferozes do que os lobos da noitinha. E seus corcéis escarvaram o chão e seus próprios corcéis vêm de longe. Voam como a águia que se apressa a comer algo. Vem na sua totalidade para a mera violência. A reunião das suas faces é como o vento oriental, e ajunta cativos como areia. E ela, da sua parte, faz troça dos próprios reis, e os dignitários são algo risível para ela. Da sua parte, ri-se até mesmo de cada praça forte, e amontoa pó e a captura. Naquele tempo certamente avançará como o vento e passará, e tornar-se-á realmente culpada. Este seu poder se deve ao seu deus.”

Que aviso profético da parte do Altíssimo! Yehowah suscita os caldeus, a nação selvagem de Babilônia. Na sua marcha através dos “lugares espaçosos da terra”, ela conquistará muitíssimas residências. Como isso é aterrorizante! A hoste caldéia é “aterradora e atemorizante”, terrível e medonha. Faz as suas próprias leis inflexíveis. ‘Sua própria justiça procede dela mesma.’

Os cavalos de Babilônia são mais velozes do que os rápidos leopardos. Sua cavalaria é mais feroz do que os lobos famintos que caçam à noite. Ansiosos de avançar, ‘seus corcéis escarvam o chão’ com impaciência. Desde a distante Babilônia, vão para Judá. Voando como a águia que se apressa para comer algo apetitoso, os caldeus logo se lançarão sobre a sua presa. Mas, será isso apenas uma investida, somente um ataque de surpresa de poucos soldados? De forma alguma! “Vem na sua totalidade para a mera violência”, como uma hoste enorme que avança para causar devastação. Com as faces coradas pela animação, cavalgam para o oeste em direção a Judá e Jerusalém, avançando tão rapidamente como o vento oriental. As forças babilônicas apanham tantos prisioneiros, que estão ‘ajuntando cativos como areia’.

O exército caldeu faz troça de reis e ridiculariza dignitários, os quais não têm nenhum poder para impedir seu inexorável avanço. ‘Ri-se de cada praça forte’, porque a fortaleza cai quando os babilônios ‘amontoam pó’, construindo um aterro para atacá-la. No tempo designado de Deus, o terrível inimigo “certamente avançará como o vento”. Por atacar Judá e Jerusalém, ‘tornar-se-á realmente culpado’ de causar dano ao povo de Deus. Depois da vitória relâmpago, o comandante caldeu se gabará: ‘Este poder se deve ao nosso deus.’ Como ele está mal-informado!

Uma base sólida para esperança: Com crescente compreensão do propósito de Deus, aumenta a esperança no coração de Habacuque. Com plena confiança, ele fala sobre a adoração a Deus. Conforme se nota em Habacuque 1:12, o profeta diz: “Não és tu desde outrora, ó Yehowah? Ó meu Deus, meu Santo, tu não morres.” Deveras, Yehowah é Deus “de tempo indefinido a tempo indefinido” — para sempre. — Salmo 90:1, 2.

Refletindo na sua visão dada por Deus e regozijando-se com o entendimento que lhe deu, o profeta continua: “Ó Yehowah, fixaste-a para o julgamento; e tu, ó Rocha, fundaste-a para a repreensão.” Deus julgou adversamente os apóstatas de Judá, e eles estão destinados a receber de Deus repreensão e severo castigo. Deviam tê-lo encarado como sua Rocha, a única verdadeira fortaleza, refúgio e Fonte de salvação. (Salmo 62:7; 94:22; 95:1) No entanto, os líderes apóstatas de Judá não se achegam a Deus, e continuam a oprimir os inofensivos adoradores de Yehowah.

Esta situação aflige muito o profeta de Deus. De modo que ele diz: “És de olhos puros demais para ver o que é mau; e não podes olhar para a desgraça.” (Habacuque 1:13) Sim, Yehowah é “de olhos puros demais para ver o que é mau”, quer dizer, para tolerar a transgressão.

Por isso, Habacuque faz algumas perguntas intrigantes: “Por que olhas para os que agem traiçoeiramente, calando-te quando o iníquo engole aquele que é mais justo do que ele? E por que fazes o homem terreno igual aos peixes do mar, igual às coisas rastejantes sobre as quais ninguém domina? Todos estes ele trouxe para cima com o mero anzol; arrasta-os com a sua rede de arrasto e ajunta-os na sua rede de pesca. Por isso ele se alegra e jubila. Por isso oferece sacrifício à sua rede de arrasto e faz fumaça sacrificial para a sua rede de pesca; pois, por meio delas é bem azeitado seu quinhão e seu alimento é saudável. É por isso que esvaziará a sua rede de arrasto e terá de matar continuamente nações, não tendo nenhuma compaixão?” — Habacuque 1:13-17.

Ao atacarem Judá e sua capital, Jerusalém, os babilônios agirão segundo os seus próprios desejos. Não saberão que servem como instrumento de Deus para executar o julgamento justo dele contra um povo infiel. É fácil de ver por que Habacuque acha difícil de entender que Deus usaria os iníquos babilônios para executar Seu julgamento. Aqueles impiedosos caldeus não adoram a Yehowah. Eles encaram os humanos como meros ‘peixes e coisas rastejantes’ a serem capturados e subjugados. Mas a perplexidade de Habacuque não duraria muito. Jeová revelaria logo ao seu profeta que os babilônios não ficariam sem punição por seu ganancioso saque e pelo derramamento gratuito de sangue. — Habacuque 2:8.

Pronto para as palavras adicionais de Yehowah: No momento, porém, Habacuque espera ouvir as palavras adicionais de Deus. O profeta declara resolutamente: “Vou ficar de pé no meu posto de vigilância e vou ficar postado sobre o baluarte e estarei vigiando para ver o que ele há de falar por mim e o que hei de replicar à minha repreensão.” (Habacuque 2:1) Habacuque está muitíssimo interessado no que Deus ainda dirá por meio dele como Seu profeta. Sua fé em Yehowah, como Deus que não tolera o mal, o faz perguntar-se por que a iniquidade prevalece, mas está disposto a deixar que seu modo de pensar seja reajustado. Então, o que dizer de nós? Quando nos perguntamos por que se toleram certas coisas iníquas, nossa confiança na justiça de Deus devia ajudar-nos a manter o equilíbrio e a esperar por ele. — Salmo 42:5, 11.

Fiel à sua palavra a Habacuque, Deus executou o julgamento na desobediente nação judaica por permitir que os babilônios invadissem Judá. Em 607 AEC, eles destruíram Jerusalém e o templo, mataram tanto idosos como jovens e levaram muitos cativos. (2 Crônicas 36:17-20) Depois dum longo exílio em Babilônia, um restante de judeus fiéis voltou à sua pátria e por fim reconstruiu o templo. No entanto, depois os judeus mostraram-se novamente infiéis a Yehowah — especialmente quando rejeitaram a Jesus como o Messias.

Segundo Atos 13:38-41, o apóstolo Paulo mostrou aos judeus em Antioquia o que significaria rejeitar a Jesus e assim desprezar seu sacrifício de resgate. Citando Habacuque 1:5, conforme a versão Septuaginta grega, Paulo advertiu: “Cuidai de que aquilo que se disse nos Profetas não venha sobre vós: ‘Observai-o, desdenhadores, e admirai-vos disso, e desaparecei, porque estou fazendo uma obra nos vossos dias, uma obra que de modo algum acreditareis, mesmo que alguém a relatasse a vós em pormenores.’ ” Em harmonia com a citação de Paulo, houve um segundo cumprimento de Habacuque 1:5 quando os exércitos romanos destruíram Jerusalém e seu templo em 70 EC.

Para os judeus dos dias de Habacuque, era inimaginável a “obra” de Deus, de fazer os babilônios destruir Jerusalém, porque esta cidade era a sede da adoração de Yehowah e o lugar onde o rei ungido dele estava entronizado. (Salmo 132:11-18) Como tal, Jerusalém nunca antes fora destruída. Seu templo nunca fora queimado. A casa real de Davi nunca fora derrubada. Era inacreditável que Deus permitisse tais coisas. Mas Deus, por meio de Habacuque, avisou amplamente que esses acontecimentos chocantes iam ocorrer. E a História prova que ocorreram como preditos.

A impressionante “obra” de Deus em nossos dias: Fará Yehowah uma “obra” impressionante em nossos dias? Pode ter certeza de que sim, embora isso pareça inacreditável para os cépticos. Desta vez, a obra impressionante de Deus será a destruição da cristandade apóstata. Esta, assim como o antigo Judá, afirma adorar a Deus, mas ficou totalmente corrupta. Yehowah cuidará de que todo vestígio do sistema religioso da cristandade em breve seja eliminado, assim como se dará com toda a “Babilônia, a Grande”, o sistema mundial da toda forma de religião falsa. — Apocalipse 18:1-24.

Yehowah tinha mais trabalho para Habacuque, antes da destruição de Jerusalém em 607 AEC. O que iria Deus ainda dizer ao seu profeta? Ora, Habacuque iria ouvir coisas que o induziriam a tomar seu instrumento musical e a cantar a Jeová endechas de oração. Primeiro, porém, o espírito de Deus impeliria o profeta a proclamar ais dramáticos. Nós certamente gostaríamos de entender o sentido mais profundo dessas palavras proféticas referentes ao tempo designado de Deus. Portanto, demos ainda mais atenção à profecia de Habacuque.


Capítulo 2


“Vou ficar de pé no meu posto de vigilância.” Esta foi a determinação de Habacuque, profeta de Deus. (Habacuque 2:1) O povo de Deus, do século 21, tem mostrado a mesma determinação. Assim como Habacuque, os que tomam a liderança do povo de Deus podem declarar: “Vou ficar postado sobre o baluarte e estarei vigiando para ver o que ele há de falar por mim.” As palavras hebraicas para “vigiar” e “posto de vigilância” são repetidas em muitas profecias.

“Não tardará” Ao passo que o povo de Deus proclama hoje o Seu aviso, eles precisam estar sempre atentos ao acatar as palavras concludentes da grande profecia de Jesus: “Mantende-vos vigilantes, pois não sabeis quando vem o senhor da casa, quer tarde no dia, quer à meia-noite, quer ao canto do galo, quer cedo de manhã; a fim de que, ao chegar ele repentinamente, não vos ache dormindo. Mas, o que eu vos digo, digo a todos: Mantende-vos vigilantes.” (Marcos 13:35-37) Assim como Habacuque, e em harmonia com as palavras de Jesus, temos de manter-nos vigilantes!

Habacuque talvez completasse a escrita do livro por volta de 628 AEC, antes mesmo de Babilônia se tornar a potência mundial dominante. Os julgamentos de Yehowah contra a Jerusalém apóstata haviam sido proclamados por muitos anos. No entanto, não havia nenhum indício claro referente à quando este julgamento seria executado. Quem acreditaria que faltavam apenas uns 21 anos, e que Babilônia seria o executor da parte de Deus? Hoje, de modo similar, não sabemos ‘o dia e a hora’ do fim deste mundo, mas Jesus nos avisou de antemão: “Mostrai-vos prontos, porque o Filho do homem vem numa hora em que não pensais.” —Mateus 24:36, 44.

Yehowah, por bons motivos, deu a Habacuque esta emocionante comissão: “Escreve a visão e assenta-a de modo claro em tábuas, para que aquele que a lê alto possa fazê-lo fluentemente. Porque a visão ainda é para o tempo designado e prossegue arfando até o fim, e não mentirá. Ainda que se demore, continua na expectativa dela; pois cumprir-se-á sem falta. Não tardará.” (Habacuque 2:2, 3) Atualmente, prevalecem iniquidade e violência em toda a Terra, o que indica que estamos bem próximos do “grande e atemorizante dia de Yehowah”. (Joel 2:31) As palavras de garantia do próprio Deus são deveras animadoras: “Não tardará”!

Então, como podemos sobreviver ao vindouro dia da execução do julgamento? Yehowah responde por fazer este contraste entre os justos e os injustos: “Eis que a sua alma ficou inchada; não tem sido reta no seu íntimo. Mas, quanto ao justo, continuará a viver pela sua fidelidade.” (Habacuque 2:4) Governantes e povos orgulhosos e gananciosos mancharam as páginas da História moderna com o sangue de milhões de vítimas inocentes, notavelmente nas duas guerras mundiais e nos banhos de sangue étnicos. Em contraste, os servos de Deus, que amam a paz, têm perseverado em fidelidade. Eles são “a nação justa que mantém uma conduta fiel”. Esta nação acata a admoestação: “Confiai em Yehowah para todo o sempre, pois em Yah [Jah] Yehowah está a Rocha dos tempos indefinidos.” — Isaías 26:2-4; João 10:16.

O apóstolo Paulo, escrevendo a cristãos hebreus, citou Habacuque 2:4, dizendo ao povo de Deus: “Tendes necessidade de perseverança, a fim de que, depois de terdes feito a vontade de Deus, recebais o cumprimento da promessa. Pois, ainda ‘por um pouquinho’, e ‘aquele que vem chegará e não demorará’. ‘Mas o meu justo viverá em razão da fé’, e, ‘se ele retroceder, minha alma não terá prazer nele’.” (Hebreus 10:36-38) Agora não é a época para afrouxarmos as mãos ou para sermos enlaçados pelos modos materialistas e hedonistas do mundo de Satanás. O que temos de fazer até que se esgote o “pouquinho” de tempo? Assim como Paulo, nós, os que somos da nação santa de Yehowah, cristãos verdadeiros, escravos de nosso Senhor Jesus Cristo, temos de ‘esticar-nos para alcançar as coisas à frente, empenhando-nos para alcançar o alvo’ da vida eterna. (Filipenses 3:13, 14) E assim como Jesus, temos de perseverar ‘pela alegria que se nos apresenta’. — Hebreus 12:2.

Habacuque 2:5 descreve um “varão vigoroso” que, em contraste com os servos de Yehowah, deixa de atingir seu alvo, embora ‘ampliasse a sua alma como o Seol’. Quem é este homem que “não pode ser saciado”? Com uma voracidade igual à de Babilônia dos tempos de Habacuque, este “varão”, composto de poderes políticos — fascistas, nazistas, comunistas ou mesmo os chamados democráticos — trava guerras para expandir suas terras. Ele enche também o Seol, a sepultura, com almas inocentes. Mas, este traiçoeiro “varão” composto do mundo de Satanás, embriagado pelo convencimento da sua própria importância, não terá êxito em ‘ajuntar a si todas as nações e reunir a si todos os povos’. Somente Yehowah pode unir toda a humanidade, e ele fará isso por meio do Reino Messiânico. — Mateus 6:9, 10.

O primeiro de cinco ais dramáticos: Deus, por meio do seu profeta Habacuque, passa a anunciar uma série de cinco ais, sentenças a serem executadas em preparação da Terra como habitação dos adoradores fiéis Dele. Estes, de coração justo, ‘encetam uma expressão proverbial’ apresentada por Yehowah. Lemos em Habacuque 2:6: “Ai daquele que multiplica o que não é seu — oh! até quando! — e que se endivida pesadamente!”

Aqui se dá ênfase ao lucro injusto. No mundo ao redor de nós, os ricos ficam mais ricos e os pobres, mais pobres. Traficantes de drogas e vigaristas acumulam enormes fortunas, enquanto muitos do povo passam fome. Diz-se que um quarto da população do mundo vive abaixo da linha de pobreza. As condições de vida, em muitos países, são chocantes. Os que anseiam que haja justiça na Terra clamam: ‘Oh! Por quanto tempo essas iniquidades têm-se multiplicado!’ Todavia, o fim está próximo! Deveras, a visão “não tardará”.

O profeta diz ao iníquo: “Porque tu mesmo assolaste muitas nações, todos os remanescentes dos povos te assolarão, por causa do derramamento de sangue do gênero humano e da violência feita à terra, à vila e a todos os que moram nela.” (Habacuque 2:8) Quanta culpa de sangue notamos haver hoje na Terra! Jesus declarou explicitamente: “Todos os que tomarem a espada perecerão pela espada.” (Mateus 26:52) No entanto, somente no século 20, nações e grupos étnicos culpados de derramar sangue foram responsáveis pela matança de mais de cem milhões de humanos.

O segundo ai: O segundo ai, registrado em Habacuque 2:9-11, sobrevém àquele “que obtém lucro vil para a sua casa, a fim de colocar seu ninho no alto, para estar fora do alcance do que é calamitoso”! Lucro desonesto de nada adiantará, conforme esclarece o salmista: “Não tenhas medo porque algum homem enriquece, por aumentar a glória da sua casa, pois na sua morte não pode levar nada consigo; sua glória não descerá junto com ele.” (Salmo 49:16, 17) Portanto, digno de nota é o conselho sábio de Paulo: “Dá ordens aos que são ricos no atual sistema de coisas, que não sejam soberbos e que não baseiem a sua esperança nas riquezas incertas, mas em Deus, que nos fornece ricamente todas as coisas para o nosso usufruto.” — 1 Timóteo 6:17.

Como é hoje importante que se proclamem as mensagens de julgamento de Deus! Quando os fariseus objetaram que as multidões aclamavam Jesus como “Aquele que vem como Rei em nome de Yehowah”, ele disse: “Eu vos digo: Se estes permanecessem calados, as pedras clamariam.” (Lucas 19:38-40) Do mesmo modo, se os do povo de Deus não expusessem a iniquidade existente neste mundo, ‘de dentro da parede uma pedra clamaria em queixume’. (Habacuque 2:11) Portanto, continuemos corajosamente a proclamar o aviso de Deus!

O terceiro ai e a questão da culpa de sangue: O terceiro ai anunciado por meio de Habacuque trata do assunto da culpa de sangue. Habacuque 2:12 diz: “Ai daquele que constrói uma cidade com derramamento de sangue, e que estabeleceu firmemente uma vila por meio de injustiça!” Neste sistema de coisas, a injustiça e o derramamento de sangue muitas vezes vão de mãos dadas. É notável que as religiões do mundo tenham sido responsáveis pelos mais hediondos banhos de sangue da História. Basta mencionar as Cruzadas, que lançaram pretensos cristãos contra muçulmanos; a Inquisição católica na Espanha e na América Latina; a Guerra dos Trinta Anos na Europa, entre protestantes e católicos; e os mais sangrentos de todos, as duas guerras mundiais de nosso século, que começaram no domínio da cristandade.

Um dos aspectos mais iníquos da Segunda Guerra Mundial foi o Holocausto causado pelos nazistas, que ceifou a vida de milhões de judeus e de outros inocentes na Europa. Apenas recentemente, a hierarquia católica romana, na França, confessou que não se opôs ao envio de centenas de milhares de vítimas às câmaras de morte dos nazistas. No entanto, as nações continuam a se preparar para o derramamento de sangue, com o apoio ou o consentimento das igrejas. Referindo-se à Igreja Ortodoxa Russa, a revista Time (na edição internacional) declarou: “A revivificada Igreja exerce também influência decisiva num campo antes inimaginável: a máquina de guerra russa. . . . Bênçãos dadas a aviões de guerra e quartéis quase que se tornaram rotineiras. Em novembro, no Mosteiro Danilovsky, em Moscou, sede do Patriarcado russo, a Igreja foi ao ponto de consagrar o arsenal nuclear russo.” Poderão as Nações Unidas impedir o rearmamento deste mundo com demoníacos instrumentos de guerra? Dificilmente! Segundo o jornal The Guardian, de Londres, Inglaterra, um ganhador do Prêmio Nobel de Paz comentou: “O realmente desconcertante é que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU são os cinco maiores fornecedores de armas do mundo.”

Executará Yehowah o julgamento nas nações que fomentam guerras? Habacuque 2:13 declara: “Ora! Não é da parte de Yehowah dos exércitos que os povos labutam apenas para o fogo e que os grupos nacionais se cansam meramente em vão?” “Yehowah dos exércitos”! Sim, Deus tem exércitos angélicos, celestiais, que ele usará para acabar com povos e nações guerreiras!

O que se seguirá à execução do julgamento desses violentos grupos nacionais por Yehowah? Habacuque 2:14 fornece a resposta: “A terra se encherá do conhecimento da glória de Yehowah assim como as próprias águas cobrem o mar.” Que grandiosa perspectiva! A soberania de Deus será para sempre vindicada no Armagedom. (Apocalipse 16:16) Ele nos assegura que ‘glorificará o próprio lugar dos seus pés’, esta Terra em que vivemos. (Isaías 60:13) Toda a humanidade será educada na maneira de viver, estabelecida por Deus, de modo que o conhecimento dos gloriosos propósitos Dele encherá a Terra, assim como os oceanos enchem as bacias marítimas.

O quarto e o quinto ai: O quarto ai é descrito em Habacuque 2:15 nas seguintes palavras: “Ai daquele que dá aos seus companheiros algo para beber, agregando a isso teu furor e tua ira, a fim de embriagá-los, com o objetivo de olhar para as suas vergonhas.” Isto sugere a situação dissoluta e desobediente do mundo moderno. Sua imoralidade, apoiada até mesmo por grupos religiosos permissivos, atingiu níveis ainda mais baixos. Pragas, tais como a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, assolam toda a Terra. Em vez de refletir a “glória de Yehowah”, a atual geração, que só pensa em si mesma, mergulha ainda mais na depravação e avança para a execução do julgamento por Deus. ‘Fartada com desonra em vez de com glória’, este mundo delinqüente está prestes a beber do copo da fúria de Yehowah, o que representa a Sua vontade para com o mundo. ‘Haverá ignomínia sobre a sua glória.’ — Habacuque 2:16.

Um prelúdio do quinto ai adverte firmemente contra a adoração de imagens esculpidas. Deus faz o profeta declarar as seguintes palavras fortes: “Ai daquele que diz ao pedaço de pau: ‘Oh! acorda!’ à pedra muda: ‘Oh! desperta! Ela mesma dará instrução’! Eis que está revestida de ouro e de prata, e não há absolutamente nenhum fôlego dentro dela.” (Habacuque 2:19) Até o dia de hoje, tanto a cristandade como o chamado mundo pagão curvam-se diante de seus crucifixos, madonas, ícones e outras semelhanças de homens e de animais. Nenhum destes poderá despertar para salvar seus adoradores quando Yehowah vier para executar o julgamento. Seus revestimentos de ouro e de prata têm total insignificância em comparação com a magnificência do Deus eterno, Yehowah, e com as glórias das suas criações vivas. Louvemos para sempre o inigualável nome Dele!

Deveras, nosso Deus, Yehowah, merece todo o louvor. Com profundo sentimento de reverência por ele, acatemos o firme aviso contra a idolatria. Mas, escute! Deus ainda fala: “Yehowah está no seu santo templo. Cala-te diante dele, toda a terra!” (Habacuque 2:20) Sem dúvida, o profeta pensava no templo de Jerusalém. No entanto, nós temos hoje o privilégio de adorar num muito mais grandioso templo espiritual, em que nosso Senhor Jesus Cristo está empossado como Sumo Sacerdote e Rei Glorioso.


Capítulo 3


Mais de uma década antes da queda de Babilônia, em 539 AEC, o idoso profeta Daniel teve uma emocionante visão. Ela predisse acontecimentos mundiais que levariam diretamente à guerra culminante entre os inimigos de Yehowah e o Rei designado Dele, Jesus Cristo. Qual foi a reação de Daniel? Ele disse: “Senti-me exausto e . . . estupefato por causa da coisa vista.” — Daniel 8:27.

Que dizer de nós? Vivemos muito mais próximos do fim dos que os profetas. Como reagimos quando nos damos conta de que o conflito observado por Daniel em visão — a guerra do Armagedom, de Deus — está muito próximo? Qual é a nossa reação quando discernimos que a iniquidade exposta na profecia de Habacuque é tão prevalecente, que a destruição dos inimigos de Deus é inevitável? É provável que nossos sentimentos sejam como os do próprio Habacuque, conforme descritos no terceiro capítulo do seu livro profético.

Habacuque ora pela misericórdia de Deus: O capítulo 3 de Habacuque é uma oração. Segundo o versículo 1, é expressa em endechas, em cânticos de pesar ou de lamentação. A oração do profeta é feita como se fosse a favor dele mesmo. Na realidade, porém, Habacuque está falando a favor da nação escolhida de Deus. Hoje em dia, sua oração tem muito significado para o povo de Deus que se empenha na evangelização do Reino. Quando lemos o capítulo 3 de Habacuque com isso em mente, suas palavras nos deixam apreensivos, mas ao mesmo tempo alegres. A oração, ou endecha, de Habacuque nos dá fortes motivos para nos alegrar com Yehowah, o Deus de nossa salvação.

Conforme notamos nos dois artigos precedentes, as condições eram muito más na terra de Judá nos dias de Habacuque. Mas Yehowah não ia permitir que esta situação continuasse. Ele agiria, assim como fizera no passado. Não é de admirar que o profeta clamasse: “Ó Yehowah, ouvi as notícias a teu respeito. Fiquei com medo da tua atuação, ó Yehowah”! O que queria dizer com isso? ‘As notícias a respeito de Yehowah’ eram a história registrada dos poderosos atos Dele, tais como os junto ao mar Vermelho, no ermo e em Jericó. Esses atos eram bem conhecidos por Habacuque, e deixaram-no com medo, porque ele sabia que Yehowah usaria de novo seu grande poder contra os seus inimigos. Ao observarmos hoje a iniquidade da humanidade, nós também sabemos que Deus agirá assim como fez na antiguidade. Ficamos por isso apreensivos? Claro que sim! Não obstante, oramos assim como Habacuque: “Aviva-a no meio dos anos! Torna-a conhecida no meio dos anos. Durante a agitação, que tu te lembres de ter misericórdia.” (Habacuque 3:2) No tempo devido de Deus, “no meio dos anos”, que ele use seu poder milagroso. E naquela ocasião, que se lembre de ser misericordioso com os que o amam!

Yehowah em marcha: O que acontecerá quando Deus ouvir nossa oração pedindo misericórdia? Encontramos a resposta em Habacuque 3:3, 4. Primeiro, o profeta diz: “O próprio Deus passou a chegar de Temã, sim, um Santo desde o monte Parã.” Lá nos dias do profeta Moisés, Temã e Parã estavam no caminho de Israel através do ermo em direção a Canaã. Ao passo que a grande nação de Israel avançava no seu caminho, o próprio Yehowah parecia estar avançando, e nada podia impedi-lo. Pouco antes de Moisés morrer, ele disse: “Yehowah — de Sinai ele veio, e raiou sobre eles desde Seir. Reluziu desde a região montanhosa de Parã, e com ele havia santas miríades [de anjos].” (Deuteronômio 33:2) Quando Deus avançar contra seus inimigos no Armagedom, haverá uma demonstração similar do seu irresistível poder.

Habacuque declara também: ‘A dignidade de Yehowah cobriu os céus; e do seu louvor encheu-se a Terra. Quanto à sua claridade, chegou a ser igual à luz.’ Que espetáculo magnífico! É verdade que os humanos não podem olhar para Deus e continuar vivos. (Êxodo 33:20) No entanto, no que se refere aos servos fiéis de Deus, os olhos do seu coração ficam deslumbrados ao contemplarem a magnificência dele. (Efésios 1:18) E os cristãos com discernimento notam algo além da glória de Deus. Habacuque 3:4 conclui: “Havia dois raios saindo da sua mão e ali se escondia a sua força.” Deveras, notamos que Deus está pronto para agir, usando sua mão direita de força e de poder.

A marcha triunfal de Deus significa calamidade para os que se rebelam contra ele. Habacuque 3:5 diz: “Diante dele andava a peste e junto aos seus pés saía a febre ardente.” Quando os israelitas estavam perto da fronteira da Terra Prometida, em 1473 AEC, muitos deles rebelaram-se, envolvendo-se em imoralidade e em idolatria. Em resultado disso, bem mais de 20.000 morreram duma pestilência enviada por Deus. (Números 25:1-9) No futuro próximo, quando Deus marchar para “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, os que se rebelarem contra ele sofrerão similarmente pelos seus pecados. Alguns talvez morram até mesmo de pestilência literal. — Apocalipse 16:14, 16.

Note agora a descrição vívida de Yehowah dos exércitos em ação. Lemos em Habacuque 3:6: “Ele [Yehowah] ficou parado para sacudir a terra. Ele viu, e então fez nações pular. E as montanhas eternas foram despedaçadas; os morros de duração indefinida se encurvaram. Suas são as caminhadas de há muito tempo.” Primeiro, Yehowah ‘fica parado’, como um general que examina o campo de batalha. Seus inimigos tremem de medo. Vêem quem é seu oponente e ficam chocados, pulando de agitação. Jesus predisse o tempo em que “todas as tribos da terra se baterão então em lamento”. (Mateus 24:30) Tarde demais se darão conta de que ninguém pode resistir a Yehowah.

Organizações humanas — mesmo as que parecem ser permanentes como “montanhas eternas” e “os morros de duração indefinida” — desmoronarão. Será então assim como “as caminhadas [de Deus] de há muito tempo”, assim como agiu na antiguidade.‘Acendeu-se a ira’ de Yehowah contra os seus adversários. Mas, que armas usará ele na sua grande guerra? Veja como o profeta as descreve, dizendo: “Teu arco vem a ser descoberto na sua nudez. A coisa dita são os juramentos das tribos. Com rios passaste a fender a terra. Os montes te viram; chegaram a estar em severas dores. Passou um temporal de águas. A água de profundeza emitiu o seu som. Levantou alto a sua mão. O sol — a lua — ficou parado na sua morada excelsa. Tuas próprias flechas iam como a luz. O relâmpago da tua lança serviu de claridade.” — Habacuque 3:7-11.

Nos dias de Josué, Yehowah fez o Sol e a Lua parar numa espantosa demonstração de poder. (Josué 10:12-14) A profecia de Habacuque nos lembra que este mesmo poder será usado por Deus no Armagedom. Em 1513 AEC, Yehowah mostrou seu domínio sobre as profundezas aquosas da Terra quando usou o mar Vermelho para destruir os exércitos de Faraó. Quarenta anos depois, o rio Jordão, na cheia, não foi obstáculo à marcha triunfante de Israel para entrar na Terra Prometida. (Josué 3:15-17) Nos dias de Débora, a profetisa, chuvas torrenciais levaram embora os carros de guerra de Sísera, inimigo de Israel. (Juízes 5:21) Essas mesmas forças de inundações, chuvas torrenciais e profundezas aquosas estarão à disposição de Deus no Armagedom. Ele também tem na mão trovões e relâmpagos, como lança ou como uma aljava cheia de flechas.

Deveras, será espantoso quando Yehowah manifestar o seu grande poder. As palavras de Habacuque sugerem que a noite se tornará dia e o dia será mais claro do que o Sol poderia torná-lo. Quer esta inspirada descrição profética seja literal, quer simbólica, uma coisa é certa — Yehowah prevalecerá, não deixando nenhum inimigo escapar.

A salvação é garantida para o povo de Deus!


O profeta continua a descrever as ações de Yehowah ao destruir Seus inimigos. Lemos em Habacuque 3:12: “Marchaste com verberação através da terra. Em ira trilhaste as nações.” Ainda assim, Yehowah não destruirá indiscriminadamente. Alguns humanos serão salvos. “Saíste para a salvação do teu povo, para salvar o teu ungido”, diz Habacuque 3:13. Deveras, Yehowah salvará os seus fiéis servos ungidos. A destruição de Babilônia, a Grande, o sistema mundial de religiões falsas, será então completa.

No entanto, atualmente, as nações procuram eliminar a adoração pura. Dentro em breve, os servos de Deus serão atacados pelas forças de Gogue de Magogue. (Ezequiel 38:1–39:13; Apocalipse 17:1-5, 16-18) Será que este ataque satânico terá êxito? Não! Deus irá então esmagar com furor os seus inimigos, pisando-os como grãos numa eira. Mas ele salvará os que o adoram com espírito e verdade. — João 4:24.

O aniquilamento total dos iníquos é predito nas seguintes palavras: “[Yehowah,] despedaçaste o cabeça da casa do iníquo. Houve a exposição do alicerce até o pescoço.” (Habacuque 3:13) Esta “casa” é o sistema iníquo desenvolvido sob a influência de Satanás, o Diabo. Será despedaçada. O “cabeça”, ou os líderes em oposição a Deus, serão esmigalhados. A estrutura inteira será demolida, até o alicerce. Não existirá mais. Que maravilhoso alívio isso dará!

No Armagedom, os que procurarem destruir o “ungido” de Deus serão lançados em confusão. Segundo Habacuque 3:14, 15, o profeta fala a Deus, dizendo: “Com os seus próprios bastões furaste a cabeça dos seus guerreiros quando avançaram tempestuosamente para espalhar-me. Sua rejubilação era a dos decididos a devorar o atribulado num esconderijo. Avançaste através do mar com os teus cavalos, através da massa das vastas águas.”

Quando Habacuque diz “guerreiros . . . avançaram tempestuosamente para espalhar-me”, o profeta fala pelos servos ungidos de Deus. Assim como salteadores de estrada de tocaia, as nações saltarão sobre os servos de Deus para destruí-los. Estes inimigos de Deus e do seu povo ‘rejubilarão’ confiantes no seu êxito. Os cristãos fiéis parecerão fracos, como um “atribulado”. Mas, quando as forças em oposição a Deus lançarem seu ataque, Yehowah fará com que voltem as suas armas contra si mesmos. Usarão as suas armas, ou “bastões”, contra os seus próprios guerreiros.

No entanto, há mais no futuro. Yehowah usará forças espirituais sobre-humanas para completar a destruição dos seus adversários. Com os “cavalos” dos seus exércitos celestiais sob Jesus Cristo, ele avançará vitorioso pelo “mar” e pela “massa das vastas águas”, quer dizer, as massas empoladas da humanidade inimiga. (Apocalipse 19:11-21) Os iníquos serão então removidos da Terra. Que demonstração vigorosa de divino poder e justiça!

O dia de Yehowah está chegando: Podemos ter certeza de que as palavras de Habacuque se cumprirão em breve. Não demorarão. Como reage você a este conhecimento antecipado? Lembre-se de que Habacuque escreveu sob inspiração divina. Yehowah agirá, e, quando isso acontecer, haverá devastação na Terra. Não é de admirar que o profeta escrevesse: “Ouvi, e meu ventre começou a ficar agitado; meus lábios tremeram diante do som; a podridão começou a penetrar-me nos ossos; e eu estava agitado na minha situação, de aguardar tranquilamente o dia da aflição, a sua vinda sobre o povo, para que ele os acometesse.” (Habacuque 3:16) Habacuque estava muito agitado — o que é compreensível. Mas, ficou sua fé abalada? De forma alguma! Ele estava disposto a esperar com calma o grande dia de Deus. (2 Pedro 3:11, 12) Não é esta também a nossa atitude? Claro que é! Temos plena fé em que a profecia de Habacuque se cumprirá. No entanto, até que isso aconteça, esperaremos com paciência.

Uma guerra sempre causa dificuldades, mesmo para o lado vencedor. Pode haver escassez de alimentos. Podem-se perder propriedades. Os padrões de vida podem baixar. Como reagiremos se isso acontecer conosco? Habacuque tinha uma atitude exemplar, pois ele disse: “Ainda que a própria figueira não floresça e não haja produção nas videiras, o trabalho da oliveira realmente resulte em fracasso e os próprios socalcos realmente não produzam alimento, o rebanho seja separado do redil e não haja manada nos currais; ainda assim, no que se refere a mim, vou rejubilar com o próprio Yehowah; vou jubilar com o Deus da minha salvação.” (Habacuque 3:17, 18) Habacuque realisticamente esperava dificuldades, talvez fome. Ainda assim, nunca perdeu a sua alegria em Deus, que lhe dava a salvação.

Atualmente, mesmo antes da guerra de Yehowah contra os iníquos, muitos sofrem severa aflição. Nosso Senhor Jesus Cristo predisse que guerras, fomes, terremotos e pestilências seriam partes do ‘sinal da sua presença’ no poder régio. (Mateus 24:3-14; Lucas 21:10, 11) Muitos de nossos concrentes moram em terras severamente afligidas pelo cumprimento das palavras de Jesus e em resultado disso sofrem grandes dificuldades. Outros cristãos podem ficar similarmente afetados no futuro. Para muitos mais de nós, é bem possível que a “figueira não floresça” antes de vir o fim.

No entanto, sabemos por que isso acontece, e isso nos dá força. Além disso, temos apoio. Jesus prometeu: “Persisti, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça, e todas estas outras coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33) Isto não garante uma vida confortável, mas garante-nos que, se dermos a Deus o primeiro lugar na nossa vida, ele cuidará de nós. — Salmo 37:25.

Não importa que dificuldades temporárias tenhamos de enfrentar, não perderemos a fé no poder salvador de Deus. Muitos de nossos irmãos e irmãs na África, na Europa Oriental e em outros lugares vêem-se confrontados com extremas dificuldades, mas continuam a rejubilar com Deus. Que nós, assim como eles, nunca deixemos de fazer o mesmo. Lembre-se de que o Soberano Senhor Yehowah é nossa Fonte de “energia vital”. (Habacuque 3:19) Ele nunca nos abandonará. O Armagedom virá com certeza, e haverá um novo céu e uma nova terra. (2 Pedro 3:13) Então “a terra se encherá do conhecimento da glória de Yehowah assim como as próprias águas cobrem o mar”. (Habacuque 2:14) Até que venha este tempo maravilhoso, sigamos o bom exemplo de Habacuque. Que sempre ‘rejubilemos com o próprio Yehowah e jubilemos com o Deus de nossa salvação’.

Fonte: http://bibliotecabiblica.blogspot.com

Paze bênçãos...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Heresias de Marco Feliciano



"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema" (Gálatas 1.8,9).


"Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Judas 3).

As principais heresias de Marco Feliciano (confira adquirindo as fontes):

1. Afirmou que O Consolador do crente é um anjo exclusivo vindo da parte de Deus Exclui-se aí o ministério do Espírito Santo – sua base bíblica é contraditória (fonte: DVD “Anjos Adoradores no céu, guardiões na terra);

2. Afirmou que toda cura que o homem recebe provém de um anjo eclusivo para isso: “o anjo da cura”. Exclui-se aí a fé em Cristo e o poder do sacrifício que liberta, cura e salva. (fonte: DVD “Anjos Adoradores no céu, guardiões na terra);

3. Afirmou que Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e outros líderes e patriarcas foram escolhidos por Deus para o cargo de CRISTO, mas fracassaram, Jesus porém não fracassou. Esta mesma visão é doutrinária na seita do Reverendo Moon, onde ele afirma que Jesus também fracassou, porém ele (Moon) não fracassou. (fonte: DVD 23º Congresso dos Gideões);

4. Disse que Emanuel não significa "Deus conosco", como diz a Bíblia, mas que Deus "revelou" especialmente a ele o significado "correto": "Deus dentro do barro". Ele disse que a palavra veio de uma composição de três palavras, duas inglesas e uma hebraica: In (dentro) + Man (homem) + El (Deus). (fonte: DVD Deus dentro do Barro).

Veja ainda um trecho da pregação "Destronando Satanás" clicando aqui. Veja logo após a refutação da heresia pregada neste DVD clicando aqui.

Paz e bênçãos...

Editora Contextualizar

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