Em Busca da Intimidade Perdida - Trailer

Meu DVD de mensagem!

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Rui Barbosa e a Bíblia





Rui Barbosa disse acerca das Escrituras Sagradas:

“Se eu a coloco abaixo de todos os livros, ela é a que mantém todos eles, se eu a coloco no meio dos outros livros, ela é a coração desses livros, e se eu a coloco em cima dos outros livros, ela é a cabeça e autoridade de todos os livros em minha biblioteca”.

"Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente" (Isaías 40.8).

14/12/2008 – Dia da Bíblia

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A Jornada: uma viagem pelo tempo...



Acabei de assistir este filme. Achei tão interessante que quis compartilhar imediatamente com vocês.

Transcrevi abaixo a avaliação do Michelson.

Assista o trailer no youtube (com legendas disponíveis no canto inferior direito, setinha para cima):

http://www.youtube.com/watch?v=bYFGb8EZph8


Paz e bênçãos...

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A Jornada: uma viagem pelo tempo

O ano é 1890. O professor do Seminário Bíblico da Graça, Russell Carlisle (D. David Morin, de "Compromisso Precioso", outro bom filme), está prestes a publicar seu livro e pede aos colegas do seminário para endossarem a obra. Um dos membros da comissão, o Dr. Norris Anderson (Gavin MacLeod, de "O Barco do Amor"), se opõe à publicação do livro devido ao que ele considera um erro grave: falar de valores e moral sem mencionar a autoridade por trás desses valores - Jesus Cristo. Segundo Anderson, a publicação do livro de Carlisle poderia ajudar a demolir os pilares morais que sustentam a sociedade.

Para provar que a idéia de que o ser humano pode viver moralmente sem Deus acarreta graves conseqüências, o Dr. Anderson desafia Carlisle a ver com os próprios olhos uma sociedade que abraçou essa doutrina. Como? Enviando-o mais de cem anos ao futuro através de uma máquina do tempo criada por John Anderson, o pai de Norris.

A partir daí, o cenário é o de uma grande cidade norte-americana, cheia de tentações e de cristãos nominais que acham que podem ser bons, mesmo pouco conhecendo de Jesus e de Sua Palavra.

A ficção científica pode ser meio "forçada", mas é compensada pelo bom roteiro, personagens e diálogos convincentes e pelos apelos e discursos de Carlisle. O toque de humor leve se mistura bem à proposta séria do filme de analisar a decadência moral do mundo que vive na iminência da volta de Jesus.

Nem precisa dizer que Carlisle fica chocado e, quando retorna ao passado, resolve reescrever o livro e renomeá-lo de "Time Changer", que é o título original do filme, lançado em 2007.

Deixando de lado alguns erros teológicos como o "inferno eterno" e o "arrebatamento secreto", é um filme que vale a pena ser visto.

Michelson

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Declaração dos Direitos Humanos



Acesse o vídeo e reflita!



Paz e bênçãos...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vinte respostas aos católicos



Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa
(com a colaboração do Pr. Carlos Norberto Marquardt e de Marcos Devaney)

"Vinte razões por que não sou protestante" - Circula pela internet um artigo de apologética, sob o título acima, que resume o pensamento da Igreja Católica sobre os protestantes. A pedido de um irmão da Fé Reformada, elaboramos a devida refutação a cada uma das questões levantadas.

Vejamos:

1- Não sou protestante porque o protestantismo não existe desde o princípio do Cristianismo. Surgiu 1500 anos depois da era Apostólica. Suas igrejas são locais, regionais ou nacionais, não existindo uma Igreja Universal.
R - Mas o Cristianismo existe e é dele que fazemos parte. O Cristianismo é Universal. O católico Martinho Lutero, um dos expoentes da Fé Reformada, teve a coragem de protestar contra a venda de indulgências, um comércio que estava denegrindo o Cristianismo. A partir daí, o Cristianismo, sob a graça de Deus, seguiu seu caminho livre das heresias. A ruptura foi necessária num momento em que o catolicismo pretendia se estender por todo o mundo, sempre com a ameaça de colocar na fogueira seus opositores. Então o Cristianismo seguiu seu caminho com a verdade bíblica, tendo unicamente Jesus como Senhor, Mediador, Advogado e Intercessor, conforme as Escrituras.

2 - Não sou protestante porque apesar da afirmação de que somente a Bíblia deve ser considerada como norma de fé e prática, eles não concordam entre si no tocante a pontos importantes, entrando assim, em contradições. São mais de 20 mil denominações diferentes. Cada uma pregando uma suposta verdade.
R - Ser a Bíblia a norma de fé e prática do cristão não é uma afirmação dos crentes; é uma declaração da própria Palavra de Deus (Rmomanos 10.17; 2 Timóteo 2.15; 3.16-17; 4.2). Há muitas denominações registradas em cartório, mas existe unidade na fé em Cristo Jesus. Desprezamos dogmas criados por homens. Não comemos pelas mãos dos outros. Cada crente examina as Escrituras, e debate, e troca opiniões, assim como faziam os primeiros cristãos.
Vejam: "Estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim" (Atos 17.11). A Bíblia chama de "nobre" aquele que examina a Palavra e dela tira suas próprias conclusões. Somos uma só fé, uma só religião, uma só doutrina. Só adoramos o Santo dos santos, Aquele que morreu em nosso lugar. Não louvamos, nem adoramos, nem suplicamos a outros deuses (Mateus 4.10). Se alguma denominação ensina outro Evangelho, não faz parte do Corpo de Cristo, não é considerada cristã, não é Igreja de Jesus.

3- Não sou protestante porque atribuem a si próprios o direito de interpretar a Bíblia. Acreditam ter uma iluminação pessoal vinda do Espírito Santo sem intermediários, ou seja, sem a Igreja. O mais interessante é a diferença que o Espírito Santo manifesta em cada uma das centenas (talvez milhares) de ramificações do protestantismo.
R - Fazemos o que Deus quer que façamos, ou seja, que nos dediquemos à leitura de sua Palavra, e nela meditemos dia e noite (Salmos 1), pois sabemos que "toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." (2 Timóteo 3.16-17). O acesso à Bíblia não é proibido na Igreja de Cristo. Qualquer um pode ler; tendo dúvida, pede ajuda aos mais entendidos. Para isso, há escolas dominicais e cursos teológicos. Todo crente deve saber manejar bem a palavra da verdade para apresentar-se a Deus aprovado (2 Timóteo 2.15). Deus não quer ignorantes de Sua Palavra. Deus não quer ignorantes de Sua Palavra. Podemos recorrer também ao Espírito Santo que não está preso numa redoma de ouro e guardado num cofre; Ele está em nós (Salmos 51.11; Lucas 11.13; Atos 2.4; Efésios 1.13; Romanos 8.9; 1 Coríntios 3.16,19) e nos ajuda em nossas fraquezas, pois Ele é uma Pessoa (Romanos 8.16,26; Lucas 12.12; João 14.26; 1 Coríntios 2.13). Temos iluminação pessoal? E Jesus não disse que somos a luz do mundo e sal da terra (Mateus 5.13,14)?

4- Não sou protestante porque a doutrina não tem unidade, as igrejas não são infalíveis em questões de moral e fé. Suas hierarquias não são rígidas, os preceitos são secundários. A salvação está em somente crer em Cristo, mas sabemos que não basta somente crer, pois, é preciso viver a fé, e vivê-la em santidade. Daí os Mandamentos. Daí a moral que a Igreja ensina. Dizer que a salvação vem somente do crer em Cristo, é continuar vivendo vida injusta ou dissoluta, é mentir à própria consciência.
R - E os papas são infalíveis? E as histórias repugnantes sobre diversos papas? E a diabólica Inquisição? E o perdão pedido aos chineses, aos aborígines, a Galileu? Não é o reconhecimento de erros cometidos pelo catolicismo? A rigidez moral do catolicismo funciona? E o caso de assédio e violência sexual de sacerdotes católicos contra religiosas, em 23 países, para ficar só neste exemplo? Ensinamos o que ensina a Palavra. A fé no Senhor Jesus envolve arrependimento dos pecados; sem isso não há perdão nem salvação. A santidade faz parte da vida cristã. Quem nos convence do pecado é o Espírito Santo (João 16.8). As boas obras são decorrentes dessa fé salvífica. QUEM CRÊ NELE NÃO É CONDENADO; MAS QUEM NÃO CRÊ JÁ ESTÁ CONDENADO, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus (palavras de Jesus (João 3.18)). Vejam também Romanos 10.9. Acontece que o catolicismo ensina a salvação pelas obras; mas não somos salvos pelas obras, mas para as boas obras (Efésios 2.8). Ademais, "o justo viverá pela fé" (Romanos 1.17).

5- Não sou protestante porque apesar deles lerem a Bíblia (embora sem alguns livros e com interpretações diversas) não possuem nenhuma autoridade superior Infalível, para declarar que uma palavra tem tal sentido, e exprime tal verdade.
R - Qual seria a autoridade infalível na Terra? Só surgiu um homem assim: Jesus Cristo, porque não tinha a mancha do pecado. A Palavra diz: "seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso", e que "não há um justo, nem um sequer" (Romanos 3.4,10). Não temos um PAPA falível, mas temos um Papai do Céu infalível capaz de suprir todas as nossas necessidades (Filipenses 4.19). "O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará" (Salmos 23).

6 - Não sou protestante porque eles negam a Tradição oral. Sendo que na própria Bíblia, Paulo recomenda os ensinamentos de viva voz (Tradição) que nos foram transmitidos por Jesus e passam de geração em geração no seio da Igreja, sem estarem escritos na Bíblia. Confira em (2 Timóteo 1.12-14).
R - Negamos a Tradição Oral porque ela foi a maior fonte de problemas já na teologia do Antigo Testamento, torcendo as palavras já escritas na Torah; e ela também tem sido comprovadamente a maior fonte de heresias no meio da Igreja Romana. No caso do Antigo Testamento, dizia Jesus aos fariseus: Marcos 7.9 - "E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição". Note-se que Deus não deixou nada escrito, tanto no Antigo Testamento como no Novo. Mas a existência de ESCRITURA deixada por Moisés e outros homens de Deus limitou todos os sermões de Jesus a somente o que estava escrito. Ele combatia tudo o que se afastasse do que estava escrito. Paulo e os demais apóstolos podiam aconselhar os irmãos a seguir o que dissessem, pois estavam VIVOS e seu testemunho era real. Após suas mortes, tudo o mais que alguém poderá dizer que ouviu deles é mera especulação. Tome-se por exemplo a Igreja da Galácia: tinha sido evangelizada e fundada PESSOALMENTE pelo apóstolo (Atos 18:23), mas isso não impediu que os crentes ali logo perdessem a fé genuína para os judaizantes, obrigando Paulo a, POR ESCRITO, trazê-los de volta à verdadeira fé:
Gálatas 4.11 - "Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco". Gálatas 4.18 - "É bom ser zeloso, mas sempre do bem, e não somente quando estou presente convosco" - Gálatas 5.7,8 - "Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade? Esta persuasão não vem daquele que vos chamou". E Paulo termina sua pregação, por estar ausente, por meio de documento escrito: Gálatas 6.11 - "Vede com que grandes letras vos escrevi por minha mão". Se isso aconteceu num curto período de tempo, ainda em vida do Apóstolo que evangelizou os gálatas pessoalmente e em sua ausência se perderam, o que não dizer de séculos de ignorância quando a Igreja de Roma inclusive PROIBIA a leitura da Bíblia por seus seguidores? A maior prova da falha da tradição oral está na Cronologia dos Dogmas, com doutrinas humanas criadas em épocas muito tempo após a morte dos apóstolos, sendo que não se encontra nenhum documento anterior prescrevendo tal doutrina na Igreja Primitiva (tais como Purgatório, Assunção de Maria, Concepção Imaculada de Maria, Oração pelos mortos, etc).
Acreditar na Tradição Oral que nunca foi registrada na Igreja do primeiro século é combater o próprio ensino de Paulo, que escrevia cartas e mandava que fossem lidas em todas as Igrejas, intercambiando com outras que já havia escrito: Colossenses 4.16 - "E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede-a vós também". 1 Tessalonicenses 5.27 - "Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos". E outra coisa importante: este argumento católico se baseia na carta a Timóteo, certo? Vejamos tal carta em sua totalidade:
1) Em todas as orientações que foram dadas sobre comunicação oral, os apóstolos ordenavam sobre pronomes pessoais: "palavras que de MIM tens ouvido";
2) Paulo nunca mandou alguém a obedecer quem não fosse apóstolo e queria que fosse ensinado o que saiu dele mediante TESTEMUNHAS: "(2 Timóteo 2.2) - "E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros".
3) Paulo recomenda a perfeição do obreiro de Deus pela Palavra escrita e não incluiu a tradição em pé de igualdade: (2 Timóteo 3.16,17) - "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra".
Mais um detalhe: para ser apóstolo, deveriam existir dois requisitos básicos: Atos 1.20-22 - "Porque no livro dos Salmos está escrito: Fique deserta a sua habitação, E não haja quem nela habite, Tome outro o seu bispado. É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição". Nenhum outro homem, além dos doze, merecia tal título. Paulo foi chamado Apóstolo dos Gentios devido ao seu chamado, não se considerava como um dos doze e depois dele nenhum outro homem mereceu este título, por não preencher os requisitos básicos do apostolado. Portanto, a autoridade apostólica morre com o último apóstolo, João, restando seus ensinamentos escritos, o que aliás foi o mais importante critério para determinação do Cânon do Novo Testamento pela Igreja Primitiva.

7- Não sou protestante porque algumas denominações batizam crianças, outras não as batizam; algumas observam o domingo; outras, o sábado; algumas têm bispos; outras não os têm; algumas têm hierarquia; outras entregam o governo da comunidade à própria congregação; algumas fazem cálculos precisos para definir a data do fim do mundo. Outras não se preocupam com isto, etc.
R - Se divergências operacionais ou de entendimento da Escritura fossem critérios para determinação de legitimidade, nunca a Igreja de Roma poderia ter tal título. O simples fato de ter um nome único de denominação não excluiu a verdade que os católicos possuíssem verdadeira bagunça doutrinária, ontem e hoje. Exemplos: a Inquisição era considerada divina a seu tempo, hoje é considerada ignorância pelos próprios católicos; as ordens de padres têm, cada uma, estilos de vida próprios e ensinos de santidade diferentes, como os franciscanos, os dominicanos, os adeptos da Tradição, Família e Propriedade (que negam a submissão ao papa), a Renovação Carismática (que para muitos padres ainda é mal vista e tratada como facção). Curiosamente, existe um livro chamado "Como Lidar com as Seitas", do padre Paulo H. Gozzi, que diz textualmente, ao tratar das divergências internas da Igreja de Roma: "Há lugar para todo mundo na Igreja, para cada jeito de viver a fé e a comunhão. Há variedade de serviços, de dons, de atividades, mas o Espírito que dá essa diversidade é o mesmo. As diferenças existem para o enriquecimento espiritual de uns e outros, jamais para dividir e separar uns dos outros. Quem não gosta do jeito de um grupo, não precisa participar dele, participe de outro. Quando é que vamos aprender a viver em paz e harmonia e pluralismo, aceitando o jeito diferente de cada um ser o que é, dentro da mesma Unidade?" (páginas 64 e 65 da referida obra, 4a. edição da editora Paulus). É bom mesmo que esse padre pense assim, pois ele diz na página 39, ao falar sobre o Saravá - o Baixo Espiritismo: "Não devemos fazer acusações injustas, achando que essas religiões são do demônio (...) E nessa cultura tribal foram criando mitos e lendas religiosas que explicam os mistérios da vida, passando tudo isso de pai para filho. Essas religiões africanas são belas, puras e merecem o nosso profundo respeito". Garanto que o Vaticano não pensa assim. Pelo menos três padres que conhecemos pensam BEM DIFERENTE disso... e onde está a unidade doutrinária, afinal não é um livro publicado por uma editora católica, que não imprime nada que seja protestante? Não vamos mais longe: e o Padre Quevedo, que diz que o diabo não existe e não existem possessões demoníacas, contrariando o próprio Evangelho? Onde está a orgulhosa unidade católica, já que um herege como este não é excomungado por chamar o próprio Jesus de mentiroso? E, quanto ao hiato entre Cristo e os protestantes, temos a afirmar duas coisas:
1) Esse hiato existe doutrinariamente e historicamente somente com a Igreja Católica de Roma, pois Jesus nunca fundou denominação alguma com base em Roma (cuja fundação foi num concílio presidido por um imperador romano, 3 séculos depois de Cristo) e também o fundamento não foi Pedro, foi o próprio Cristo, segundo afirmação do próprio apóstolo em sua carta (1 Pedro 2.3,4,6) - "Se é que já provastes que o Senhor é benigno; E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido". Paulo disse a mesma coisa: 1 Coríntios 3.11 - "Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo". Efésios 2,20 - "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina".
2) Mais importante que o hiato temporal, é o hiato Doutrinário, e nesse aspecto a Igreja Protestante ficou muito mais perto de Cristo ao voltar-se SOMENTE aos escritos apostólicos, recusando as dezenas de dogmas errados da igreja de Roma, mediante o lema "SOLA SCRIPTURA".

8- Não sou protestante porque há passagens da Bíblia que eles não aceitaram como tais; a Eucaristia, por exemplo, Jesus disse claramente: Isto é o meu corpo (Mateus 26.26) e Isto é o meu sangue (Mateus 26.28).
R - Jesus também disse, claramente: "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens" (João 10.9). Só um louco interpretaria literalmente essa palavra e admitiria que Jesus é uma porta e que os cristãos são ovelhas comedoras de capim. Ele disse: "Eu sou a videira verdadeira [fonte de vida espiritual], e meu Pai é o lavrador; vós as varas" (João 15.1,2,5) Nem por isso admitimos que Jesus é uma árvore, o Pai é um plantador de arroz, e os cristãos são ramos. Está claro que essas expressões são figurativas. Ao dizer "Isto é o meu corpo" estava dizendo, realmente "Isto representa o meu corpo". Se levarmos em conta a interpretação literal, Jesus ao levantar o pão estaria levantando seu próprio corpo. Ademais, naquela oportunidade, como todas as vezes por ocasião da ceia do Senhor, o pão continua com gosto e sabor de pão, bem como o vinho continua com o cheiro e sabor de vinho. Esses elementos não se transformam numa mágica no corpo de Jesus. Se assim fosse, Jesus teria engolido a Si próprio. Jesus não entra em nós pela ingestão do Seu corpo, mas entra em nossa vida quando O aceitamos de todo o nosso coração como Senhor e Salvador (Romanos 10.9).

9- Não sou protestante porque os supostos intérpretes da Bíblia não aceitam a real presença de Cristo no pão e no vinho consagrado, sendo que em (João 6.51) Jesus afirma: O pão que eu darei, é a minha carne para a vida do mundo. Aos judeus que zombavam, o Senhor tornou a afirmar: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Pois a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue é uma verdadeira bebida.
R - A leitura e interpretação da Bíblia não devem ser privilégio de um grupo governante como na seita Testemunhas de Jeová e no catolicismo. Todos podem ler e interpretar livremente a Palavra de Deus, que é dirigida a todos indistintamente. Sobre o assunto eucaristia já falamos anteriormente. O pão não se transforma no corpo de Cristo. Ademais, Jesus instituiu a ceia em MEMÓRIA, para recordação do Seu sacrifício na cruz. Vejam: "Fazei isto em memória de mim" (1 Coríntios 11.24-25). O sacrifício de Jesus não pode e não deve ser RENOVADO TODOS OS DIAS. Vejam: "Porque... Cristo padeceu uma vez pelos pecados" (1 Pedro 3.18). Ele não precisa morrer outras vezes. Então, o culto da ceia do Senhor não objetiva crucificá-LO outra vez, mas recordar a Sua morte expiatória. "Comer a minha carne e beber o meu sangue" não pode ser interpretado literalmente, pois Deus não aprovaria um ato de antropofagia (comer carne humana com suas vísceras, cabelos e unhas). Nem sempre o significado de um texto é o significado literal, como mais acima foi explicado. Quando lemos que Ele é a pedra angular, o real fundamento da Igreja (1 Coríntios 3.11; Efésios 2.20) não podemos entender que Jesus seja realmente uma pedra. São figuras de linguagem. Vejamos os comentários de Norman Geisler em seu Manual Popular de Dúvidas:
"Há muitas indicações em João 6 de que Jesus literalmente queria dizer que a sua ordem para comer a sua carne deveria ser considerada de uma maneira figurada. Primeiro, Jesus afirmou que a sua declaração não deveria ser tomada com um sentido materialista, quando ele disse: "as palavras que eu vos disse são espírito e vida" (João 6.63). Segundo, seria um absurdo e um canibalismo considerá-la com um sentido físico. Terceiro, Ele não estava falando da vida física, mas da "vida eterna" (João 6.54). Quarto, ele chamou a si de "o pão da vida" (João 6.48) e contrastou esse pão com o pão físico (o maná) que no passado os judeus comeram no deserto (João 6.58). Quinto, Ele usou a figura do "comer" a sua carne paralelamente à idéia de "permanecer" nele (cf. João 15.4-5), que representa outra figura de linguagem. Sexto, se comer a sua carne e beber o seu sangue fosse tomado literalmente, isso seria contradizer outros mandamentos das Escrituras, que ensinam a não comer carne humana nem sangue (cf. Atos 15.20)". Ademais, a salvação não está em comer o corpo de Jesus, mas em crer e obedecer (João 3.18,36; 5.24; 6.35; 7.38; 11.25; Atos 10.43; 13.39; 16.31; Romanos 1.16; 10.9).

10- Não sou protestante porque os mesmos não reconhecem o primado de Pedro, sendo que o próprio Jesus disse: Tu és Pedro (Kepha) e sobre esta pedra (Kepha) edificarei a minha Igreja; (Mateus16.18).
R - "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja" (Mateus 16.13-20). O catolicismo vale-se dessa passagem para afirmar que os papas são sucessores de Pedro. Nenhum dos modos de entender essa passagem dá suporte à posição católica. "Sobre esta pedra" poderá referir-se à firme declaração de Pedro, de que Jesus era "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mateus 16.16).
Admitida a hipótese de a referência ser a pessoa de Pedro, este (Petros, pedra, em grego) seria apenas uma pedra no fundamento apostólico da Igreja (Mt 16.18), não a rocha. Pedro admitiu que Cristo é a principal pedra, a pedra principal, angular, preciosa, de esquina (1 Pedro 2.7-8). E mais:
a) No primeiro concílio em Jerusalém, Pedro apenas introduziu o assunto (Atos 15.6-11). Tiago teve participação mais importante: assumiu a reunião, deu seu parecer e fez um pronunciamento final (Atos 15.13-21).
b) Paulo não diz que Pedro é a coluna da Igreja, mas que as "colunas" (no plural) são "Tiago, Cefas e João" (Gálatas 2.9);
c) Paulo declarou que a Igreja é edificada "sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina" (Efésios 2.20);
d) Pedro não instituiu o celibato, pois era casado (Mateus 8.14);
e) Pedro não era e não se considerava infalível, pois foi advertido por Paulo porque ele não procedia "bem e direitamente conforme a verdade do evangelho" (Gálatas 2.14);
f) A Bíblia diz que Cristo é o fundamento da igreja cristã, e que "ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Coríntios 3.11);
g) A Igreja primitiva perseverou na "doutrina dos apóstolos", e não na de Pedro (Atos 2.42). Finalmente, Pedro não aceitava adoração (o beija-mão, o ajoelhar-se aos pés) conforme Atos 10.25-26.

11- Não sou protestante porque eles não aceitam o sacramento do perdão e da reconciliação. Sendo que Jesus entregou aos Apóstolos e seus sucessores, a faculdade de perdoar ou não os pecados, e agir em nome dele. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem não perdoardes, não serão perdoados" (João 20.23).
R - Pecadores não possuem poderes para perdoar pecados. O perdão dos pecados passa necessariamente pelo arrependimento sincero, e nenhum humano teria condições de saber quem está realmente arrependido. Só Deus pode perdoar pecados. Nem perdoamos nem vendemos perdão. Tiago 5.16 fala que devemos relatar nossas fraquezas uns aos outros, buscar auxílio mútuo em oração. É claro, mediante arrependimento os pecados serão perdoados por Deus. A Bíblia se explica a si mesma. Veja: "Se o meu povo... se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e PERDOAREI OS SEUS PECADOS..." (2 Crônicas 5.17). Não se vê Pedro e Paulo, ou qualquer apóstolo, antes ou depois da ascensão de Jesus, perdoando pecados. Quando perguntaram a Pedro como proceder para ser justificado, ele respondeu: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que SEJAM APAGADOS OS VOSSOS PECADOS, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor".
Quando os escribas afirmaram que só Deus pode perdoar pecados, Jesus não corrigiu (Marcos 2.7-12). Assim como os sacerdotes não podem salvar pecadores, mas podem anunciar a salvação dos arrependidos, segundo a Palavra, da mesma forma não podem perdoar pecados, mas proclamar o perdão dos que se arrependem, segundo a Palavra. Assim podemos entender João 20.23.

12- Não sou protestante porque Jesus disse que edificaria sua Igreja sobre Pedro (Mateus 16.18), e as igrejas protestantes são constituídas sobre Lutero, Calvino, Knox, Wesley,etc...Entre Cristo e estas denominações há um hiato...Somente a Igreja Católica remonta até Cristo.
R - Uma pessoa humana não poderia ser a pedra de sustentação da Igreja de Cristo. Somente o próprio Cristo é a pedra angular (Atos 4.11; Efésios 2.20), pedra espiritual (1 Coríntios 10.4), pedra principal de esquina (1 Pedro 2.7). Cristo é o fundador de Sua Igreja, "porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Coríntios 3.11). "Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito." (Efésios 2.19-22).

13- Não sou protestante porque Jesus prometeu à sua Igreja que estaria com ela até o fim dos tempos (Mateus 28,20), e os mesmos se afastam da única Igreja de Cristo, para fundar novas igrejas; que se vão dividindo, subdividindo e esfacelando cada vez mais, empobrecendo e pulverizando a mensagem do Evangelho.
R - Jesus Cristo conviveu numa época onde havia diversos tipos de denominações entre os judeus: saduceus, fariseus, herodianos e os zelotes. Não existe NENHUMA, sequer uma crítica a essa divisão por parte do Senhor Jesus em todos os Evangelhos. Nesse ponto, não importa se os nomes das placas são diferentes; importa se o Evangelho é pregado em sua forma mais pura: 1 Coríntios 1.23 - "Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos". Nunca, em momento algum, Cristo determinou que denominações seriam prova de inautenticidade, mas sim Ele prezava que as diferentes denominações não tivessem ERROS DOUTRINÁRIOS para com as Escrituras... e esse é justamente o ponto onde a Igreja de Roma erra, preocupando-se somente com o nome da placa. Matam-se os mosquitos, mas dá-se passagem ao elefante...

14- Porque o subjetivismo protestante entra pelos caminhos do racionalismo e vêm a ser os mais ousados roedores das Escrituras (tal é o caso de Bultmann, Marxsen, Harnack, Reimarus, Baur...) Outros preferem adotar cegamente o sentido literal, sem o discernimento dos expressionismos próprios dos antigos semitas ; o que distorce, de outro modo, a genuína mensagem Bíblica.
R - No dia que a Igreja de Roma excluir o Padre Quevedo, que diz que o diabo não existe, no dia que a Igreja de Roma excluir os padres que acreditam em reencarnação, como os exibidos no Fantástico de 11 de Novembro/2001, no dia que a Igreja de Roma excluir o padre Gozzi que acha belo e puro o Candomblé, nesse dia eu vou acreditar que a Igreja de Roma não aceita SUBJETIVISMOS em seu meio... antes disso... é mera HIPOCRISIA E FALÁCIA.

15- Não sou protestante porque quem lê um folheto protestante dirigido a Igreja Católica, lamenta o baixo nível das argumentações, sendo imprecisas, vagas, ou mesmo tendenciosas; afirmam gratuitamente sem provar as suas acusações; baseiam-se em premissas falsas, datas fictícias, anacronismos etc.
R - A acusação recai sobre o acusador. Vemos nessas VINTE RAZÕES os erros pelos quais somos acusados. Ou seja, o baixo nível da argumentação, quase inexistência de uma base bíblica; um modo tendencioso de nivelar todas as denominações evangélicas, classificando-as como seitas.
Em resumo, dizendo que fora do catolicismo não há salvação. São os mesmos erros cometidos no tempo de Martinho Lutero. O catolicismo seria o guardião da verdade. Mas Jesus disse claramente que quem nele crê não será condenado. A Bíblia diz claramente que a salvação é pela graça, mediante a fé (Efésios 2.8). Não vem pelo batismo, nem pela ingestão do pão, nem pelo casamento, pelo crisma ou por qualquer outra obra. O ladrão da cruz apenas creu, e foi salvo (Lucas 23.43). Uma coisa é acusação, outra é apontar as heresias e apresentar argumentos bíblicos.

16- Não sou protestante porque: eles protestam, criticam, censuram a fé Católica para substituí-la pela negação, pela revolta contra a autoridade do Papa etc. Esse é o laço que os une, pois a essência do protestantismo é a negação da Igreja Católica.
R - É um erro a expressão "fé católica". Não existe fé católica nem fé evangélica, mas simplesmente a fé no Senhor Jesus, o nosso Salvador. Milhões substituíram a fé católica pela fé em Jesus. Ninguém será salvo por pertencer a esta ou àquela denominação. A salvação é pessoal e depende de nossa fé em Jesus Cristo (João 3.18; Romanos 10.9; Atos 16.31). Não atacamos o Papa ou quem quer que seja. Quem assim faz não está se comportando como verdadeiro cristão. O Papa é autoridade máxima no catolicismo, mas não no Cristianismo. Logo, como não pertencemos ao catolicismo não estamos sob a autoridade papal. Negamos a Igreja Católica, mas não negamos a Cristo Jesus.

17 -Não sou protestante porque cada qual dá à Escritura o sentido que julga dar, e assim se vai diluindo e pervertendo cada vez mais a mensagem revelada. Lêem apenas, mas tem grandes dificuldades de estudarem a Bíblia e as antigas tradições do Cristianismo.
R - Carece de prova a afirmação de que cada evangélico dá a interpretação que deseja dos textos bíblicos. As denominações evangélicas possuem teólogos, faculdades de teologia, escolas bíblicas, toda uma estrutura para orientar, ensinar, tirar dúvidas. Não há nenhuma norma proibindo a leitura da Bíblia, como aconteceu antigamente no catolicismo. Julgamos que todos são capazes de entender a Palavra de Deus (2 Timóteo 3.16-17). Dizer que temos grandes dificuldades "de estudar" a Bíblia é faltar com a verdade. É exatamente o contrário. Os evangélicos estão sempre portando a sua Bíblia. Ocorre o contrário no catolicismo, onde a maioria não tem o hábito de pelo menos ler as Escrituras.

18- A grande razão pela qual o protestantismo se torna inaceitável ao Cristão que reflete é o subjetivismo que o impregna visceralmente. A falta de referenciais seguros, garantidos pelo próprio Espírito Santo (conforme João 14,26 e João 16,13), é o principal ponto fraco ou calcanhar de Aquiles do protestantismo.
R - Muito pelo contrário, o protestantismo tem-se tornado aceitável pelos que descobrem a verdade. É inegável o crescimento real dos protestantes no Brasil. Todos os que vieram do catolicismo optaram pelos referenciais seguros apresentados pela igreja evangélica porque extraídos diretamente da Palavra. A Bíblia Sagrada é o ponto forte dos protestantes (2 Timóteo 2.15; 3.16-17).

19- Não sou protestante porque esta diluição do protestantismo e a perda dos valores típicos do Cristianismo, estão na lógica do principal fundador Martinho Lutero; que apregoava o livre exame da Bíblia ou a leitura da Bíblia sob as luzes exclusivas da inspiração subjetiva de cada protestante; cada qual tira das Escrituras "o que bem lhe convém".
R - A objeção acima é uma repetição. Já falamos sobre o livre exame que é uma bênção, pois Deus ordena que todos leiam a Sua Palavra. Vejamos: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." (2 Timóteo 2.15). "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia..."(Apocalipse 1.3);
"Bem-aventurado o homem que...tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite" (Salmo 1.1-2); "Examinais as Escrituras..." (João 5.39); "estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, EXAMINANDO CADA DIA NAS ESCRITURAS..." (Atos 17.11). Logo, cai por terra o argumento do livre exame. A Escritura é para ser lida e examinada livremente. Não retiramos das Escrituras o que bem nos convém, porque nela tudo convém.

20- Concluindo! Não sou protestante porque Maria Santíssima disse: Desde agora, todas as gerações me chamarão de Bem-aventurada; (Lucas 1.48), e nos cultos protestantes, seu nome, sequer é mencionado. Caiu no esquecimento. Quem cumpre (Lucas 1.48) é somente a Igreja Católica Apostólica Romana.
R - Deus não divide sua glória com ninguém (Isaías 42.8). Ele é soberano e somente a Ele devemos adorar (Mateus 4.10). Maria morreu. A tentativa de comunicação com os mortos é abominação ao Senhor (Isaías 8.19; Deuteronômio 18.10-12). Na parábola do rico e Lázaro, Jesus informa que os mortos nada podem fazer pelos vivos (Lucas 16.19-31). Bem-aventurada quer dizer feliz. Maria foi uma pessoa feliz. Jesus chamou de bem-aventurados os pobres de espírito, os que choram, os misericordiosos, os limpos de coração, etc (Mateus 5). Então, por ter sido chamada de bem-aventurada, Maria não ficou investida das prerrogativas de mãe de Deus, mãe da humanidade, assunta aos céus, advogada nossa, sempre virgem, imaculada, depositária de preces, rainha dos céus, trono de sabedoria, etc. O nome da santa Maria é pronunciado por qualquer cristão, observando-se tudo o que a Bíblia diz sobre ela.

Paz e bênçãos...

Mário Quintana




A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.

Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.

Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

ALGUMA COISA ESTÁ MUITO ERRADA



Em uma noite tempestuosa de outubro, numa igreja nos arredores de Mineápolis, centenas de cristãos se reuniram para um seminário de três dias. Comecei com uma apresentação de uma hora sobre o evangelho da graça e a realidade da salvação. Usando a Escritura, histórias, simbolismo e experiência pessoal, enfoquei a completa suficiência da obra redentora de Jesus Cristo no Calvário. O culto terminou com um cântico e uma oração. Deixando a igreja por uma porta lateral, o pastor e seu auxiliar espumavam de raiva.

— Humph, aquele cabeça-oca não disse nada sobre o que temos de fazer para ganhar a salvação! — disse o pastor.

— Alguma coisa está muito errada — disse o auxiliar em tom de concordância.
Dobrando-se aos poderes deste mundo, a mente deformou o evangelho da graça em cativeiro religioso e distorceu a imagem de Deus à forma de um guarda-livros eterno e cabeça-dura. A comunidade cristã lembra uma bolsa de obras de Wall Street, na qual a elite é honrada e os comuns ignorados. O amor é reprimido, a liberdade acorrentada e o cinto de segurança da justiça-própria devidamente apertado. A igreja institucional tornou-se alguém que inflige feridas nos que curam, em vez de ser alguém que cura os feridos.

Dito sem rodeios: a igreja evangélica dos nossos dias aceita a graça na teoria, mas nega-a na prática. Di2emos acreditar que a estrutura mais fundamental da realidade é a graça, não as obras — mas nossa vida refuta a nossa fé. De modo geral o evangelho da graça não é proclamado, nem compreendido, nem vivido. Um número grande demais de cristãos vive na casa do temor e não na casa do amor.

Nossa cultura tornou a palavra graça impossível de compreender. Repercutimos frases de efeito como: "Nesta vida nada é de graça". "Cada um acaba ganhando o que merece". "Quer dinheiro? Vá trabalhar". "Quer amor? Faça por merecer". "Quer misericórdia? Mostre que é digno dela". "Faça aos outros antes que lhe façam".

"Observe as filas nos órgãos assistenciais, os mendigos preguiçosos nas ruas, a merenda grátis nas escolas, os estudantes ricos com bolsas do governo: só os trapaceiros se dão bem".
"Sem dúvida, dê a cada um o que merece — e nem um centavo a mais".
Minha editora na Revell contou-me que ouviu certa vez um pastor dizendo a uma criança: "Deus ama os bons meninos". A medida que ouço sermões com ênfase definida no esforço pessoal — toma lá, dá cá — fico com a impressão que uma espiritualidade "faça-você-mesmo" é a nova onda americana.

Embora as Escrituras insistam que é de Deus a iniciativa na obra da salvação — que pela graça somos salvos, que é o Formidável Amante quem toma a iniciativa — freqüentemente nossa espiritualidade começa no eu, não em Deus. A responsabilidade pessoal substituiu a resposta pessoal. Falamos sobre adquirir a virtude como se ela fosse uma habilidade que pudesse ser desenvolvida, como uma bela caligrafia ou um bom gingado numa tacada de golfe.

Nas épocas de penitência, nosso foco é superar nossas fraquezas, livrarmo-nos de nossos entraves e alcançarmos a maturidade cristã. Transpiramos debaixo de diversos exercícios espirituais como se eles fossem concebidos para produzir um Mister Universo cristão.

Embora algum elogio nominal seja dirigido ao evangelho da graça, muitos cristãos vivem como se fossem apenas a sua disciplina pessoal e sua autonegação que deverão moldar o perfeito eu. A ênfase é no que eu estou fazendo cm vez de no que Deus está fazendo. Nesse processo curioso, Deus é um espectador velhinho e benigno que está ali para torcer quando compareço para minha meditação matinal. Transferimos a lenda de Horatio Alger sobre o homem que venceu pelos seus próprios esforços, o self-made man, para nosso relacionamento com Deus. Quando lemos no salmo 123: "Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora", experimentamos uma vaga sensação de culpa existencial. Nossos olhos não estão fitos em Deus. No fundo somos pelagianos praticantes. Cremos que somos capazes de nos erguermos do chão puxando nossos próprios cadarços — que somos, de fato, capazes de fazê-lo sozinhos.

Mais cedo ou mais tarde somos confrontados com a dolorosa verdade da nossa inadequação e da nossa insuficiência. Nossa segurança é esmagada e nossos cadarços, cortados. Uma vez que o fervor passa, a fraqueza e a infidelidade aparecem. Descobrimos nossa incapacidade de acrescentar uma polegada que seja a nossa estatura espiritual. Começa então um longo inverno de descontentamento que, eventualmente, floresce em depressão, pessimismo e um desespero sutil: sutil porque permanece não-diagnosticado e não-percebido, e, portanto, não-confrontado.
Ela assume a forma de tédio e trabalho forçado. Somos esmagados pela normalidade da vida, pelas tarefas diárias executadas à exaustão.

Secretamente admitimos que o chamado de Jesus é exigente demais, que a entrega ao Espírito Santo está além do nosso alcance. Passamos a agir como todo mundo. A vida assume uma qualidade vazia e desprovida de contentamento. Começamos a lembrar o personagem principal na peça de Eugene O'Neill O Grande Deus Brown: "Por que tenho medo de dançar, eu que amo a música e o ritmo e a graça e a canção e o riso? Por que tenho medo de viver, eu que amo a vida e a beleza da carne e as cores vivas da terra e o céu e o mar? Por que tenho medo de amar, eu que amo o amor?".

Algo está muito errado.

Nosso afã de impressionar a Deus, nossa luta pelos méritos de estrelas douradas, nossa afobação por tentar consertar a nós mesmos ao mesmo tempo em que escondemos nossa mesquinharia e chafurdamos na culpa são repugnantes para Deus e uma negação aberta do evangelho da graça.
Nossa abordagem da vida cristã é tão absurda quanto o jovem que depois de receber a sua licença de encanador foi levado para ver as cataratas do Niágara. Ele estudou-as por um minuto e depois disse: "Acho que tenho como consertar isso".

A palavra graça, em si, tornou-se banal e desgastada pelo mau uso e pelo uso em excesso. Ela não mexe conosco da mesma forma que mexia com nossos ancestrais cristãos. Em alguns países europeus, certos oficiais eclesiásticos de alto escalão são ainda chamados de "Sua Graça".
Jornalistas esportivos falam da "graça fluente" de Michael Jordan, e já foi dito do empreendedor Donald Trump que ele "carece de graça". Surge um novo perfume com o rótulo "Graça", e um boletim de estudante é chamado de "desgraça". A palavra perdeu o seu poder criativo latente.

Fyodor Dostoievski capturou o choque e o escândalo do evangelho da graça quando escreveu: "No último julgamento Cristo nos dirá: 'Vinde, vós também! Vinde, bêbados! Vinde, vacilantes! Vinde, filhos do opróbrio!' E dir-nos-á: "Seres vis, vós que sois à imagem da besta e trazem a sua marca, vinde porém da mesma forma, vós também!' E os sábios e prudentes dirão: 'Senhor, por que os acolhes?' E ele dirá: 'Se os acolho, homens sábios, se os acolho, homens prudentes, é porque nenhum deles foi jamais julgado digno*. E ele estenderá os seus braços, e cairemos a seus pés, e choraremos e soluçaremos, e então compreenderemos tudo, compreenderemos o evangelho da graça! Senhor, venha o teu reino!".

Creio que a Reforma realmente começou no dia em que Martinho Lutero orou sobre o significado das palavras de Paulo em Romanos 1:17: "visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé". Como muitos cristãos dos nossos dias, Lutero se debatia noite adentro com a questão fundamental: de que forma o evangelho de Cristo podia ser realmente chamado de "Boa Nova" se Deus é um juiz justo que retribui aos bons e pune os perversos? Será que Jesus veio realmente revelar essa terrível mensagem? De que forma a revelação de Deus em Cristo Jesus podia ser acuradamente chamada de "Nova", já que o Antigo Testamento defendia o mesmo tema, ou de "Boa", com a ameaça de punição suspensa como uma nuvem escura sobre o vale da história?

Porém, como observa Jaroslav Pelikan: "Lutero repentinamente chegou à percepção de que a "justiça de Deus" da qual Paulo falava nessa passagem não era a justiça pela qual Deus era justo em si mesmo (que seria uma forma passiva de justiça), mas a justiça pela qual, por causa de Jesus Cristo, Deus tornou justos pecadores (isto é, justiça ativa) através do perdão dos pecados na justificação. Quando descobriu isso, Lutero afirmou que os próprios portões do Paraíso haviam-se aberto para ele.

Que verdade atordoante!

"Justificação pela graça mediante a fé" é a frase erudita dos teólogos para o que Chesterton chamou certa vez de "amor selvagem de Deus". Ele não é instável nem caprichoso; não conhece épocas de mudança. Deus tem um único posicionamento inflexível com relação a nós: ele nos ama. Ele é o único Deus jamais conhecido pelo homem que ama os pecadores. Falsos deuses — criados pelos homens — desprezam os pecadores, mas o Pai de Jesus ama a todos, não importa o que façam. Isso é naturalmente incrível demais para aceitar. No entanto, a afirmação central da Reforma permanece: não por qualquer mérito nosso, mas pela sua bondade, tivemos nosso relacionamento restaurado com Deus através da vida, da morte e da ressurreição do seu amado Filho. Essa é a boa nova, o evangelho da graça.

Com sua característica joie de vivre, Robert Capon coloca da seguinte forma: "A Reforma foi uma ocasião em que os homens ficaram cegos, embriagados por descobrir, no porão empoeirado do medievalismo tardio, uma adega repleta de graça envelhecida mil e quinhentos anos, com teor alcoólico 100% —garrafa após garrafa de pura Escritura destilada, um gole da qual bastava para convencer qualquer um de que Deus nos salva sem precisar de ajuda. A palavra do evangelho — depois de todos aqueles séculos de tentar elevar-se ao céu preocupando-se com a perfeição de seus cadarços — tornou-se repentinamente um anúncio direto de que os salvos já estavam em casa mesmo antes de começarem (...) A graça deve ser bebida pura: sem água, sem gelo, e seguramente sem água tônica; não se permite que nem bondade, nem maldade, nem as flores que desabrocham na primavera da superespiritualidade entrem no preparado".

Mateus 9:9-13 captura um adorável vislumbre do evangelho da graça:
Jesus saiu dali e, no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse: — Venha comigo. Mateus se levantou e foi com ele. Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e os seus discípulos.
Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: — Por que é que o mestre de voces come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama? Jesus ouviu a pergunta e respondeu: — Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrificios de animais". Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons (NTLH).

Eis aqui uma revelação fulgurante como a estrela da manhã: Jesus veio para os pecadores, para aqueles tão marginalizados quanto cobradores de impostos e para os enredados em escolhas sórdidas e sonhos desfeitos. Ele vem para executivos de corporações, sem-teto, superastros, fazendeiros, prostitutas, viciados, fiscais do Imposto de Renda, vítimas da AIDS e até mesmo vendedores de carros usados. Jesus não apenas conversa com essa gente, mas janta com eles — plenamente consciente de que sua comunhão à mesa com pecadores fará erguer as sobrancelhas dos burocratas religiosos que ostentam seus paramentos e a insígnia da sua autoridade para justificar a sua condenação à verdade e sua rejeição ao evangelho da graça.

Essa passagem deveria ser lida, relida e memorizada. Toda geração cristã tenta minimizar o cegante fulgor do seu significado, porque o evangelho fica parecendo bom demais para ser verdade. Pensamos que a salvação pertence aos decentes e piedosos, àqueles que permanecem a uma distância segura dos becos da existência, cacarejando seus julgamentos sobre aqueles que a vida maculou. Em nome da graça, qual tem sido o veredicto da comunidade cristã sobre a vida maculada do falecido Rock Hudson? À revelação (apesar dos 4,5 milhões de dólares que ficaram para seu amante Mare Christian) de que ele chamou um sacerdote no seu leito de morte, confessou seus pecados e clamou a Deus por perdão?

Jesus, que perdoou os pecados do paralítico, reivindicando dessa forma autoridade divina, anuncia que convidou pecadores, e não os de justiça-própria, para sua mesa. O verbo grego usado aqui, kalein, tem o sentido de chamar um convidado honrado para jantar.

Jesus afirma, com efeito, que o Reino de seu Pai não é uma subdivisão para os justos nem para os que sentem possuir o segredo de Estado da salvação. O Reino não é um condomínio fechado elegante com regras esnobes a respeito de quem pode viver ali dentro. Não; ele é para um elenco mais numeroso de pessoas, mais rústico e menos exigente, que compreendem que são pecadores porque já experimentaram o efeito nauseante da luta moral.

São esses os pecadores-convidados chamados por Jesus para se aproximarem com ele ao redor da mesa de banquete. Essa história permanece perturbadora para aqueles que não compreendem que homens e mulheres que são verdadeiramente preenchidos com a luz são aqueles que fitaram profundamente as trevas da sua existência imperfeita. Talvez tenha sido depois de meditar sobre essa passagem que Morton Kelsey escreveu: "A Igreja não é um museu para santos, mas um hospital para pecadores".

A Boa Nova significa que podemos parar de mentir a nós mesmos. O doce som da graça admirável nos salva da necessidade do auto-engano. Ele nos impede de negar que, embora Cristo tenha sido vitorioso, a batalha contra a lascívia, a cobiça e o orgulho ainda ecoa dentro de nós. Na condição de pecador redimido, posso reconhecer com qual freqüência sou insensível, irritável, exasperado e rancoroso com os que me são mais próximos. Quando vou à igreja, posso deixar meu chapéu branco em casa e admitir que falhei. Deus não apenas me ama como eu sou, mas também me conhece como sou. Por causa disso não preciso aplicar maquiagem espiritual para fazer-me aceitável diante dele. Posso reconhecer a posse de minha miséria, impotência e carência.

Como escreveu C. S. Lewis em The four loves (Os quatro amores): "A graça reserva aceitação completa, pueril e satisfeita da nossa necessidade, uma alegria na dependência total. O homem bom sente pesar pelos pecados que fizeram com que sua necessidade aumentasse, mas não se sente inteiramente pesaroso pela nova necessidade que eles produziram".

Quando o evangelho da graça toma conta de nós, algo passa a estar muito certo. Vivemos na verdade e na realidade. Tornamo-nos honestos como o sacerdote de noventa e dois anos que era venerado por todos na cidade devido a sua santidade. Ele era também membro do Rotary: a cada reunião do clube ele estava presente, sempre no horário e sempre sentado no seu lugar favorito num canto do salão.

Um dia o sacerdote sumiu. Era como se tivesse desaparecido em pleno ar. As pessoas da cidadezinha procuraram em todo lugar, sem encontrar qualquer sinal dele. No mês seguinte, porém, no encontro do Rotary, ele estava ali sentado no seu cantinho usual.

— Padre! — todos gritaram. — Onde o senhor esteve?

— Acabei de cumprir uma sentença de trinta dias na prisão.

— Na prisão? — eles gritaram. — Padre, o senhor não seria capaz de ferir uma mosca. O que aconteceu?

— É uma longa história — disse o sacerdote, — mas, para resumir, eis o que aconteceu. Comprei um bilhete para ir à cidade. Eu estava na plataforma esperando o trem chegar quando chegou uma jovem muito atraente conduzida pelo braço por um policial. Ela olhou para mim, virou-se para o policial e disse: "Foi ele sim. Tenho certeza que foi ele". Bom, para dizer a verdade, fiquei tão lisonjeado que me declarei culpado.

Há um toque de vaidade nos mais santos dos homens e mulheres. Não há razão para negar. E eles sabem que a realidade morde, se não for respeitada.

Quando sou honesto, admito que sou um amontoado de paradoxos. Creio e duvido, tenho esperança e sinto-me desencorajado, amo e odeio, sinto-me mal quando me sinto bem, sinto-me culpado por não me sentir culpado. Sou confiante e desconfiado. Honesto e ainda assim insincero. Aristóteles diz que sou um animal racional; eu diria que sou um anjo com um incrível potencial para cerveja.

Viver pela graça significa reconhecer toda a história da minha vida, o lado bom e o ruim. Ao admitir o meu lado escuro, aprendo quem sou e o que a graça de Deus significa. Como colocou Thomas Merton: "Um santo não é alguém bom, mas alguém que experimenta a bondade de Deus".

O evangelho da graça nulifica a nossa adulação aos televangelistas, superastros carismáticos e heróis da igreja local. Ele oblitera a teoria de duas classes de cidadania que opera cm muitas igrejas americanas. Pois a graça proclama a assombrosa verdade de que tudo é de presente. Tudo de bom é nosso não por direito, mas meramente pela liberalidade de um Deus gracioso. Embora haja muito que podemos ter feito por merecer — nosso diploma e nosso salário, nossa casa e nosso jardim, uma garrafa de boa cerveja e uma noite de sono caprichada — tudo é possível apenas porque nos foi dado tanto: a própria vida, olhos para ver e mãos para tocar, mente para formar idéias e coração para bater com amor. A nós foram- nos dados Deus cm nossa alma e Cristo na nossa carne. Temos o poder de crer quando outros negam; de ter esperança quando outros desesperam; de amar quando outros ferem. Isso e muito mais é pura e simplesmente de presente; não é recompensa a nossa fidelidade, a nossa disposição generosa, a nossa vida heróica de oração. Até mesmo nossa fidelidade é um presente. "Se nos voltamos para Deus", disse Agostinho, "até mesmo isso é um presente de Deus". Minha consciência mais profunda a respeito de mim mesmo é de que sou profundamente amado por Jesus Cristo e não fiz nada para consegui-lo ou merecê-lo.

No meu ministério como evangelista errante, tenho louvado determinados santos e cristãos contemporâneos, falando de a que custo eles pelejaram para suplantar homens e mulheres de menor envergadura. Ó Deus, quanta loucura preguei nesses sermões! A Boa Nova do evangelho da graça grita em voz alta: somos todos mendigos, igualmente privilegiados, mas não-merecedores, às portas da misericórdia de Deus!

Além disso, como observa Henri Nouwen, a maior parte da obra de Deus no mundo talvez passe despercebida. Há uma série de pessoas que ficaram famosas e amplamente conhecidas pelos seus ministérios, mas grande parte da atividade salvífica de Deus na nossa história pode permanecer ainda completamente desconhecida. Este é um mistério difícil de apreender numa era que atribui tamanha importância à publicidade. Temos a tendência de pensar que quanto mais pessoas sabem e falam a respeito de alguma coisa, mais importante ela deve ser.

Em Lucas 18 um jovem rico vem até Jesus perguntando o que ele deve fazer para herdar a vida eterna. Ele quer ser colocado no centro das atenções. Não é coincidência que Lucas coloca a passagem de Jesus com as crianças nos versículos que imediatamente precedem a história do jovem aristocrata. As crianças contrastam com o homem rico simplesmente porque não há como discutir elas terem sido capazes de merecer o que quer que seja. O ponto central de Jesus é o seguinte: não há coisa alguma que qualquer um de nós possa fazer para herdar o Reino. Devemos simplesmente recebê-lo como criancinhas. E criancinhas não fizeram ainda coisa alguma. O mundo do Novo Testamento não tem uma visão sentimental a respeito de crianças e não nutre qualquer ilusão sobre alguma bondade inata nelas. Jesus não está sugerindo que o céu é um imenso playground. As crianças são nosso modelo porque não têm qualquer pretensão ao céu. Se estão mais próximas de Deus é porque são incompetentes, não porque são inocentes. Se recebem alguma coisa, tem de ser de presente.

Paulo escreve em Efésios: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (2:8,9).

Se tomássemos hoje uma amostra aleatória de mil cristãos americanos, a maioria definiria a fé como a crença na existência de Deus. Em tempos antigos não se exigia fé para crer que Deus existe quase todo mundo aceitava-o como ponto pacífico. Mais corretamente, a fé dizia respeito ao relacionamento da pessoa com Deus se a pessoa confiava em Deus. A diferença entre fé como "a crença em algo que pode ou não existir" e fé como "confiar em Deus" é tremenda. A primeira é questão da mente; a segunda, do coração. A primeira pode nos deixar inalterado; a segunda, intrinsecamente, traz mudança.

Essa é a fé descrita por Paul Tillich em sua famosa obra The shaking of the foundations: "A graça nos atinge quando estamos em grande dor e desassossego. Ela nos atinge quando andamos pelo vale sombrio da falta de significado e de uma vida vazia... Ela nos atinge quando, ano após ano, a perfeição há muito esperada não aparece, quando as velhas compulsões reinam dentro de nós da mesma forma que têm feito há décadas, quando o desespero destrói toda alegria e coragem.
Algumas vezes naquele momento uma onda de luz penetra nossas trevas, e é como se uma voz dissesse:

'Você é aceito. Você é aceito, aceito pelo que é maior do que você, o nome do qual você não conhece. Não pergunte pelo nome agora; talvez você descubra mais tarde. Não tente fazer coisa alguma agora; talvez mais tarde você faça bastante. Não busque nada, não realize nada, não planeje nada. Simplesmente aceite o fato de que você é aceito'. Se isso acontece conosco, experimentamos a graça".

E a Graça diz em altos brados: você não é só um velho desiludido que vai morrer logo, uma mulher de meia-idade presa num emprego e querendo desesperadamente sair, um jovem sentindo esfriar o fogo do ventre. Você pode ser inseguro, inadequado, confuso ou barrigudo. A morte, o pânico, a depressão e a desilusão podem estar perto. Mas você não é só isso. Você é aceito. Nunca confunda sua percepção de você mesmo com o mistério de que você é realmente aceito.

Paulo escreve: "Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo" (2Co 12:9). Quaisquer que sejam as nossas falhas, não precisamos baixar os olhos na presença de Jesus. Ao contrário de Quasímodo, o corcunda de Notre Dame, não precisamos esconder tudo o que é feio e repulsivo em nós. Jesus vem não para o superespiritual, mas para o vacilante e o enfraquecido que sabem que não têm nada a oferecer, e que não são orgulhosos demais para aceitar a esmola da graça admirável. Ao olharmos para cima ficamos surpreendidos por encontrar os olhos de Jesus abertos em assombro, profundos em compreensão e gentis em compaixão.

Algo está muito errado quando a igreja local rejeita a pessoa que Jesus aceita; quando uma sentença dura, censuradora e implacável é passada aos homossexuais; quando se proíbe um divorciado de participar da ceia; quando o batismo é negado ao filho de uma prostituta; quando se negam os sacramentos a um sacerdote readmitido no ministério depois de uma exclusão. Jesus vem para os profanos, até mesmo no domingo de manhã. A sua vinda dá um fim ao que é profano em nós e nos faz dignos. De outro modo estamos estabelecendo no coração da cristandade uma preocupação completamente profana e indigna com as obras.

Jesus sentava-se à mesa com qualquer um que queria estar presente, inclusive os que eram banidos das casas decentes. Compartilhando da refeição eles recebiam consideração em vez da esperada condenação. Um perdão misericordioso em vez de um apressado veredicto de culpa. Graça admirável em vez de desgraça universal. Eis aqui uma demonstração muito prática da lei da graça — uma nova chance na vida.

Qualquer igreja que não aceite que é formada por homens e mulheres pecaminosos, e que existe para eles, rejeita implicitamente o evangelho da graça. Como diz Hans Küng: "Ela não merece nem a misericórdia de Deus nem a confiança dos homens. A igreja deve estar constantemente consciente de que sua fé é fraca, seu conhecimento incompleto, sua profissão de fé hesitante, de que não há um único pecado ou falha do qual ela não seja de um modo ou de outro culpada. E embora seja verdade que a igreja deva sempre se dissociar do pecado, ela não pode jamais ostentar qualquer desculpa para manter qualquer pecador à distância. Se a igreja permanecer de modo farisaico distante dos fracassados, das pessoas irreligiosas e imorais, não pode entrar justificada no reino de Deus. Se, porém, permanecer constantemente conscientizada de sua culpa e de seu pecado, pode viver em jubilosa consciência do seu perdão.

A promessa dada a ela é que qualquer um que se humilhar será exaltado"

Conta a história que um pecador notório foi excluído e proibido de entrar na igreja.

Ele levou as suas dores a Deus:

— Eles não me deixam entrar, Senhor, porque sou um pecador.

— Do que é que você está reclamando? — Deus perguntou. — Eles também não me deixam entrar.

Com freqüência, mancando pelas portas da igreja no domingo de manhã, entra a graça de muletas — pecadores ainda incapazes de dispensar suas falsas escoras e de ficar em pé na liberdade dos filhos de Deus. Ainda assim, sua mera presença na igreja no domingo de manhã é uma vela bruxuleante que representa um desejo de manter contato com Deus. Apagar a vela é imergi-los num mundo de trevas espirituais.

Há um mito florescente na igreja de hoje que tem causado dano incalculável — a noção de que, uma vez convertido, convertido por inteiro. Em outras palavras, uma vez que aceito Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador, segue-se um futuro inevitável e livre de pecado. O discipulado será uma história imaculada de sucesso; a vida será uma espiral nunca interrompida de ascensão rumo à santidade. Diga isso ao pobre Pedro, que depois de professar por três vezes seu amor por Jesus na praia, e de receber a plenitude do Espírito no Pentecostes, tinha ainda inveja do sucesso
apostólico de Paulo.

Com freqüência me perguntam; "Brennan, como é possível você ter se tornado um alcoólatra depois de ter sido salvo?" É possível porque eu me senti deprimido e amargurado pela solidão e pelo fracasso, porque me senti desencorajado, incerto, esmagado pela culpa e tirei meus olhos de Jesus. Porque meu encontro com Cristo não me transfigurou num anjo. Porque a justificação pela graça significa que meu relacionamento com Deus foi consertado, não que me tornei o equivalente a um paciente sedado em cima de uma mesa.

Desejamos uma espiritualidade permanentemente vigorosa, espiritualidade de caixa automática, e tentamos cultivar determinada virtude em determinado momento do tempo. Prudência em janeiro, humildade em fevereiro, bravura em março, temperança em abril. Provemos fichas de desempenho para avaliar ganhos e perdas. As perdas podem ser minimizadas se você contribuir para obras de caridade cm maio. Algumas vezes maio nunca chega. Para muitos cristãos, a vida é um longo janeiro.

De acordo com uma antiga lenda cristã, um santo certa vez ajoelhou-se e orou:

— Caríssimo Deus, tenho um único desejo na vida. Dá-me a graça de jamais ofender-te novamente.

Quando ouviu isso, Deus começou a rir cm voz alta.

— E o que todos pedem. Mas se eu concedesse essa graça a todos, me diga, quem restaria para eu perdoar?

Porque a salvação é pela graça através da fé, creio que entre a incontável multidão em pé diante do trono e do Cordeiro, trajando vestes brancas e trazendo folhas de palmeira nas mãos (Ap 7:9), verei uma prostituta do Kit'Kat Ranch em Carson City, Nevada, que com lágrimas nos olhos disse-me que não tinha sido capaz de encontrar outro emprego para sustentar seu filho de dois anos e meio. Verei a mulher que fez um aborto e é assombrada pela culpa e pelo remorso, mas que fez o melhor que podia diante de alternativas cruéis; o homem de negócios assediado pelas dívidas que vendeu sua integridade numa série de transações desesperadas; o clérigo inseguro viciado em aprovação, que nunca desafiou sua congregação do púlpito e ansiava por amor incondicional; o adolescente que foi molestado pelo próprio pai e agora vende seu corpo nas ruas e que, antes de dormir a cada noite depois de seu último "michê", sussurra o nome do Deus desconhecido a respeito do qual ouviu na Escola Dominical; aquela pessoa que por décadas
comeu e se lambuzou, quebrou cada lei de Deus e dos homens, chafurdou na lascívia e violentou a terra, e converteu-se no seu leito de morte.

"Mas como?", perguntamos. A voz então diz: "[Eles] lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro".

Ali estão eles. Ali estamos nós — a multidão que queria ser fiel, que foi por vezes derrotada, maculada pela vida e vencida pelas provações, trajando as roupas ensangüentadas pelas tribulações da vida, mas, diante de tudo isso, permaneceu apegada à fé.

Meus amigos, se isso não lhes parece boa nova, vocês nunca chegaram a compreender o evangelho da graça.

Fonte:

MANNING, Brennan. O Evangelho maltrapilho. Traduzido por Paulo Purim. São Paulo: Mundo Cristão, 2005. Capítulo 1.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Batizar para cear?




Recebi mais um e-mail com uma dúvida que poderá ser a sua.

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Olá, pr. Deivinson Bignon!

Eu tenho uma grande dúvida sobre a Ceia do Senhor. Como nova convertida, eu ouvia alguns irmãos mais antigos na fé me falarem que eu só poderia participar da Ceia se eu fosse batizada nas águas. Às vezes, visitava outras igrejas e o pastor, na hora da Ceia, sempre fazia o lembrete da necessidade do batismo como pré-requisito para cear. Até amigos meus falavam que eu precisava ser batizada.

Particularmente eu conversei com alguns membros da minha e igreja e eles disseram que isso não existe, pois a Bíblia não fala dessa necessidade e, hoje em dia, eu participo da Ceia normalmente sem ter ainda me batizado.

Entretanto, eu pergunto ao senhor: realmente é necessário que se batize primeiro para depois cear?

Abraços, Deus seja convosco!

Irmã Y.

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Olá, irmã Y!

Realmente, a Bíblia não traz nenhuma orientação sobre a necessidade de alguém se batizar para que possa celebrar a Ceia do Senhor. Entretanto, a exigência moderna do batismo para que se possa cear não é sem motivo.

Na época do Novo Testamento, as igrejas cristãs estavam iniciando a sua jornada evangelística, e cada cristão vivia dentro da comunidade – pois eles esperavam a volta de Jesus para aquela época: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (Atos 2.42; cf. 2.42-46). Portanto, não havia necessidade de se ter maior cuidado quanto aos participantes no cumprimento da ordenança da Ceia do Senhor, pois todos os que participavam da cerimônia eram os membros da igreja local que viviam todos os dias em perfeita comunhão (1 Coríntios 11.33).

Com o passar do tempo, ao constatarem que Jesus não iria voltar em sua geração e após vencerem as perseguições do império romano, os cristãos sentiram a necessidade de se organizar melhor. Daí a igreja se institucionalizou e, hoje, há a necessidade de algum controle sobre as pessoas que participam da Ceia do Senhor, para não banalizar uma ordenança sagrada ao disponibilizá-la para alguém que ainda não é cristão e, assim, desobedecendo a uma orientação direta de Jesus: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem” (Mateus 7.6).

Na Bíblia há apenas duas ordenanças dadas pelo Senhor: o Batismo e a Ceia do Senhor. Por isso, as igrejas evangélicas modernas que levam a sério a sua fé exigem que o novo convertido primeiramente cumpra a ordenança do batismo para que, depois, participe da Ceia do Senhor.

Paz e bênçãos...

A METAMORFOSE - Franz Kafka



Mais um clássico literário interessante.

“A Metamorfose” é uma das mais conhecidas obras de Franz Kafka. Foi escrita em 1912, quando o autor tinha 29 anos.

Na história, um homem acorda transformado em um inseto e precisa aprender a lidar com a nova situação.

Trata-se de uma revelação do desespero humano perante o absurdo e opressão do mundo.

Baixe e leia a obra completa em:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16641


Abaixo o livroclip da obra:


Mãe mata filho de 19 anos em ritual de magia negra em SP



Antes de cometer crime, ela chamou vizinhos para orar e pisoteou a Bíblia. PMs invadiram apartamento e viram rapaz com 15 facadas no colo da mãe.

Uma encarregada de setor de 43 anos foi presa em flagrante por matar com 15 facadas o filho, um estudante de 19 anos. O crime aconteceu na tarde de terça (18) no apartamento onde moravam, na Avenida Jaguaré, no bairro do Jaguaré, zona Oeste de São Paulo. Ela estava em crise psicótica e pertencia a comunidades religiosas não convencionais da Internet.

Segundo o boletim de ocorrência, vizinhos disseram que, desde o começo da tarde, a encarregada Maria Lúcia Rufino, 43, chamava todos para 'orar'.

Ela falava sobre demônios e assuntos satânicos. Segundo vizinhos, em determinado momento, ela pisoteou um exemplar da Bíblia Sagrada. Devido ao estado da mulher, eles chamaram uma ambulância do SAMU, que não compareceu no local.

Logo em seguida, os vizinhos tentaram acalmá-la. A mulher, aparentemente em transe, dizia que o filho, o estudante Leonardo Macedo Gadducci, 19, tinha que ser morto por um 'bem maior'. Assustados, eles chamaram a polícia. Quando os PMs chegaram no local a porta do apartamento estava trancada.

Os policiais tocaram a campainha, interfonaram e bateram na porta sem sucesso. Passados trinta minutos um grito veio do local. A porta do apartamento foi arrombada. A mulher estava com o filho no colo e esfaqueava a vítima. Ele foi golpeado, pelo menos 15 vezes no pescoço e tórax. Seis policiais foram necessários para segurar a encarregada.

O estudante foi socorrido para o Hospital Universitário da USP, onde não resistiu aos ferimentos e morreu. Outros dois filhos da mulher estavam escondidos em outro cômodo. Em diligências no local, a delegada plantonista localizou três computadores de Maria Lúcia.

Averiguando o material apreendido, a delegada descobriu que a encarregada fazia parte de sites religiosos não convencionais que adotam o sacrifício. Ela acessava as páginas da internet e mantinha contato com outras pessoas com os mesmos interesses pelo site de relacionamento 'Orkut'.

No apartamento, duas facas foram encontradas e apreendidas para perícia. A encarregada também foi hospitalizada no Pronto Socorro do Hospital da Lapa onde, até a elaboração do boletim de ocorrência, permanecia em observação e sedada para avaliação psiquiátrica. Ela está sob escolta policial e, assim que tiver alta, será presa pelo crime.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL867630-5605,00.html

sábado, 15 de novembro de 2008

Maldição hereditária



Recebi este e-mail de um irmão com muitas perguntas. Publiquei na íntegra aqui porque esta dúvida também pode ser a sua.

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Bom dia Pastor Deivinson Bignon,

Há uma semana participei de um movimento de uma determinada igreja, chamado "ENCONTRO COM DEUS". Estou tentando com afinco me orientar espiritualmente e estou encontrando respostas para isso nas Escrituras Sagradas. Já lhe enviei um e-mail e você me respondeu que, se eu tivesse alguma dúvida, era para eu não me fazer de rogado. Pois bem, neste encontro percebi que os pastores usavam muito a psicologia, tais como controle emocional, choravam enquanto pregavam, gritavam muito e usavam “missionários” para observar se as pessoas realmente estavam com suas emoções abaladas, além de mostrarem imagens de acidentes horríveis, suicídios, demônios e incentivavam as pessoas a gritarem e levantarem as mãos para o alto para louvarem ao Senhor. Eles também gritavam que, se a gente não orasse, Satanás ia fazer isso e aquilo e o demônio não iria sair; enfim, eu nunca tinha participado de uma coisa tão maluca! Vi tantas pessoas caírem na minha frente que, no segundo dia, eu já nem me importava com o que via na minha frente, já não sentia mais nada do que senti logo no primeiro dia – arrepios e o coração palpitar mais forte. Nesse "ENCONTRO COM DEUS" havia vários níveis; em um, pedem para nos ajoelhar e orarmos sempre de olhos fechados, é quando missionários começam a jogar água nos “encontristas”, e o pastor pede para que os participantes peçam perdão pelos seus pecados.

Mas o motivo do meu e-mail é que eu estou lendo o seu trabalho e me deparei com a "MALDIÇÃO HEREDITÁRIA", o pastor presidente nos orientava que temos que nos livrar dessa maldição e, ao ler o seu trabalho, me deparei com este assunto abordado à luz da Bíblia. Então me pergunto: Será que estou recebendo uma boa orientação? Posso acreditar nesse pastor? Posso confiar nessa igreja? Devo me dirigir ao pastor e comentar? Eu realmente estou com estas dúvidas.

Muito obrigado, tenha um bom dia e um ótimo final de semana.

Irmão X

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Olá, irmão X!

Realmente, como escrevi em meu livro “Voltando para a Bíblia”, a maldição hereditária é uma falácia antiga que permanece até aos dias de hoje com outra roupagem. Transcreverei abaixo o trecho do livro apenas para reafirmar as bases bíblicas deste assunto ainda polêmico. Em Ezequiel 18.2-4 lemos: “Que tendes vós, vós que, acerca da terra de Israel, proferis este provérbio, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram? Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, jamais direis este provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá”. Desde os tempos antigos já se acreditava nesta doutrina, mas o Senhor Deus deixa bastante claro que não é desta maneira que acontece. Hoje, os proponentes da “maldição hereditária” fizeram apenas uma pequena modificação.

Os pregadores da maldição afirmam que se alguém tem algum problema relacionado com o alcoolismo, pornografia, depressão, adultério, nervosismo, divórcio, diabete, câncer e muitos outros, é porque algum antepassado viveu aquela situação ou praticou aquele pecado e transmitiu tal pecado ou maldição a um descendente. A pessoa deve então orar a Deus a fim de que lhe seja revelado qual é a geração no passado que o está afetando. Uma vez que saiba qual, pede-se perdão por aquele antepassado ou pela geração revelada e o problema estará resolvido, isto é, estará desfeita a maldição.

Devido a esses exageros, alguns estudiosos, como Paulo Romeiro, parecem não ter uma visão otimista do futuro doutrinário da igreja evangélica brasileira:
"Do jeito que as coisas estão caminhando, daqui a pouco vamos ter conferências para alguém receber a unção da pasta de figo (2 Reis 20.7), a unção da saliva ou do lodo (João 9.6), a unção da sombra de Pedro (Atos 5.15) e muitas outras".

Sobre o encontro que você teve, não há como eu referendar as práticas deste ministério, uma vez que, como escrevi no livro, não vejo base bíblica para tais práticas de quebra de maldição hereditária. Responderei agora às suas perguntas práticas.

1) Será que estou recebendo uma boa orientação?
R: No que se refere à doutrina da maldição hereditária, com certeza não está sendo bem orientado. Sobre outras doutrinas da prática cristã eu não tenho como lhe dar uma resposta, pois não sei como este grupo que você está freqüentando se posiciona sobre elas.

2) Posso acreditar nesse pastor? Posso confiar nessa igreja?
R: Pelo modo como esse evento que você me descreveu foi conduzido, para mim está bem claro que o pastor não segue uma “liturgia” comum aos grupos evangélicos tradicionais, ou mesmo aos grupos pentecostais históricos. Não sei qual é esta denominação ou comunidade, mas está claro para mim que se trata de uma comunidade neopentecostal. Como toda comunidade neopentecostal independente, o pastor local é livre para conduzir e doutrinar a igreja do modo como achar mais conveniente, geralmente sem prestar obediência a nenhuma instância superior. Tanta liberdade facilita bastante os desvios doutrinários. Não conheço o seu pastor, portanto não posso ajudá-lo no que se refere a esta pergunta. Apenas posso aconselhar para que você ore e receba direção certa do Senhor sobre se deve ou não permanecer neste ministério.

3) Devo me dirigir ao pastor e comentar?
R: Caso o pastor seja uma pessoa aberta ao diálogo, e você tenha liberdade para comentar assuntos como esses com ele; sim, o ideal é que realmente comente. Apenas fique atento, pois ele contra-argumentará com você sobre a maldição hereditária. Caso ele queira contra-argumentar, só aceite o que ele disser depois de fazer uma análise madura das bases bíblicas que ele usar – “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (Atos 17.11). Neste caso, se você quiser, poderei ajudá-lo respondendo às contra-argumentações dele de acordo com as minhas pesquisas bíblicas. Só quero deixar claro que o meu objetivo não é trazer divisão à igreja ou mesmo assediá-lo para que abandone a sua comunidade atual. A minha única motivação ao responder o seu e-mail é prestar esclarecimentos bíblicos, como me foi solicitado – “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3).

Paz e bênçãos...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Um milagre recente no Egito



Um muçulmano egípcio matou sua esposa porque ela estava lendo a Bíblia e então a enterrou com seu bebê nascido há poucos dias e uma filha de 8 anos de idade.

As crianças foram enterradas vivas! Ele então disse à polícia que um tio havia matado as crianças. Quinze dias mais tarde, outra pessoa da família morreu. Quando foram enterra-la, encontraram as duas crianças sob a areia - E VIVAS!

O país ficou em choque e o homem será executado. Perguntaram à menina de 8 anos como ela havia conseguido sobreviver por tanto tempo e ela disse: 'Um homem que usava roupas brilhantes e com feridas que sangravam em suas mãos, vinha todos os dias para nos alimentar.

Ele sempre acordava minha mãe para dar de mamar à minha irmã'.

Ela foi entrevistada no Egito numa Tv nacional por uma mulher jornalista que tinha o rosto coberto.

Ela disse na Tv pública, 'Foi Jesus quem veio cuidar de nós, porque ninguém mais faz coisas como essas!'

Os muçulmanos acreditam que Isa (Jesus) aparecerá para fazer coisas desse tipo, mas as feridas em Suas mãos dão provas de que Ele realmente foi crucificado e que Ele está vivo!

Mas também ficou claro que a criança não seria capaz de inventar essa história e não seria possível que essas crianças vivessem sem um milagre verdadeiro.

Os líderes muçulmanos terão muita dificuldade em lidar com essa situação e a popularidade do filme 'Paixão de Cristo' não os ajuda!

Como o Egito está bem no centro da mídia e da educação do Oriente Médio, você pode ter a certeza de que essa história vai se espalhar rapidamente.

Jesus Cristo ainda está deixando o mundo de pernas pro ar! O Senhor diz: "Abençoarei a pessoa que colocar sua confiança em mim'' (Jeremias 17).

Paz e bênçãos...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Crítica: livro "A Cabana"




O artigo que segue abaixo é de autoria do Dr. Michael Youssef, pastor da Igreja dos Apóstolos em Atlanta, Geórgia. É um alerta, para os menos avisados, da sutileza do engano de que a “quase verdade” é muito mais perigosa que a própria mentira.

Deus abençoe você com este alerta e esclarecimento!

Paz e bênçãos...

Deivinson Bignon


Lançando Luz sobre o livro “A Cabana”

Depois de ler a popular ficção, “A Cabana”, é necessário trazer à luz alguns de seus erros. O romance é sobre um homem cuja filha foi assassinada brutalmente. Três anos depois desta tragédia, ele recebe um convite para se encontrar com a santa trindade na mesma cabana onde sua filha foi morta.

Cada membro da trindade aparece em forma física. Deus, o Pai, aparece como uma maternal mulher afro-americana que está sempre na cozinha cozinhando. Jesus é um homem oriental de meia idade vestido com uma camisa de tecido colorido com um cinto de multiuso em sua cintura. O Espírito Santo é uma delicada mulher asiática que adora jardinagem.

O Espírito Santo descrito no romance declara que o grande mal do homem é sua independência de Deus, sendo que o próprio autor promova esta independência em seu livro, substituindo o Deus da Escritura com um deus com bem pouca semelhança com o Verdadeiro.

O autor de A Cabana também zomba da importância e singularidade da Bíblia. Ele torna a Bíblia no que quer que sua imaginação pessoal conceba a respeito de Deus.

Houve sempre um único plano para a nossa redenção. Um plano de Deus revelado nas páginas do Antigo Testamento, e completamente revelado através de Seu Filho Jesus Cristo. Por sua morte e ressurreição Jesus pagou a punição pelo pecado – trazendo libertação a todo aquele que coloca sua confiança nEle.

A pergunta a fazer a si mesmo é esta: Estou disposto a aceitar o dom da vida eterna de Deus como revelado na Escritura? Sua vida eterna dependerá de como responderá a esta pergunta.

Não seja levado por todo vento de doutrina, ou por suas emoções. Deixe que a sua mente seja o termostato que regula a temperatura de suas emoções. Não se iluda por descrições calorosas e não muito claras, quando toda a revelação de Deus pode ser encontrada em Seu livro – A Bíblia.



13 heresias encontradas no livro “A Cabana”

1. Deus o Pai, foi crucificado com Jesus.

Porque os olhos de Deus são puros e não pode considerar o pecado, a Bíblia diz que Deus não considerou Seu próprio Filho amado quando foi pregado na cruz, carregando nossos pecados. (Habacuque 1:13; Mateus 27:45).

2. Deus é limitado em Seu amor e não pode praticar a justiça.

A Bíblia declara que o amor de Deus e Sua justiça são os dois lados da mesma moeda – igualmente partes da personalidade e do caráter de Deus (Isaías 61:8; Oséias 2:19).

3. Na cruz, Deus perdoou toda a humanidade, esteja ela arrependida ou não.

Alguns escolheram um relacionamento com Ele, mas Ele perdoa a todos sem levar isso em conta. Jesus declarou que somente aqueles que vêm até Ele serão salvos (João 14:6)

4. Estruturas hierárquicas, sejam na igreja ou no governo, são perversas.

Nosso Deus é um Deus de ordem (Jó 25:2).

5. Deus nunca irá julgar as pessoas por seus pecados.

A Palavra de Deus repetidamente convida as pessoas para que fujam do julgamento de Deus crendo em Jesus Cristo Seu Filho (Romanos 2:16; II Timóteo 4:1-3).

6. Não há uma estrutura hierárquica na divindade, apenas um círculo de unidade.

A Bíblia diz que Jesus submeteu-se à vontade do Pai. Isso não significa que uma Pessoa seja maior ou melhor que a outra; apenas única. Jesus disse: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” Jesus também disse: “eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade” (João 4:34; 6:44; 14:26; 15:26).

7. Deus se submete aos desejos e escolhas humanas.

Longe de Deus submeter-se a nós. Jesus disse, “Estreito é o caminho que nos conduz à vida eterna”. Nós é quem devemos nos submeter a Ele em todas as coisas

8. A justiça jamais ocorrerá por causa do amor

A bíblia ensina que quando o amor de Deus é rejeitado, e quando o oferecimento da salvação e do perdão é rejeitado, a justiça precisa ocorrer senão Deus terá enviado Jesus Cristo para morrer numa cruz para nada (Mateus 12:20; Romanos 3:25-26).

9. Não existe essa coisa de julgamento eterno ou tormento no inferno.

A própria descrição de Jesus a respeito do inferno é vivida...não pode ser negada (Lucas 12:5; 16:23).

10. Jesus está andando com todas as pessoas por seus diferentes caminhos a Deus, e não importa de que modo você chegue a Ele.

Jesus disse, “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

11. Jesus está constantemente sendo transformado juntamente conosco.

Jesus que habita no esplendor do céu, está sentado à mão direita de Deus, reinando e governando o universo. A Bíblia diz, “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente”. (Hebreus 13:8; Tiago 1:17).

12. Não há necessidade de fé ou reconciliação com Deus porque todos farão isso no céu.

Jesus disse, “todo aquele que nele crê tenha a vida eterna.” (João 3:15; 3:36; 5:24; 6:40).

13. A Bíblia não é a verdade, porque reduz Deus ao papel.

A Bíblia é o fôlego de Deus. Com certeza, muitos homens em cerca de 1600 anos que colocaram a caneta no papel (por assim dizer), cada um com diferentes profissões e diferentes contextos, mas o Espírito Santo inspirou a obra deles com as palavras de Deus. Estes homens escreveram a mesma mensagem de Gênesis ao Apocalipse .

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Criança vai para o inferno... ou a gente batiza antes?




Comentário da polêmica da aula de Soteriologia (doutrina da salvação), ministrada pelo pastor Deivinson Bignon no dia 17/10/2008, no SETECN.

Por Rodrigo Ferreira dos Santos


“E traziam-lhe também meninos, para que ele lhes tocasse; e os discípulos, vendo isto, repreendiam-nos. Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele” (Lucas 18.15-17).

Os pequeninos teriam acesso direto à Graça? Todas as crianças seriam participantes da Eleição de Deus?

É comum misturar os assuntos nos momentos de discussão. Começamos a falar de crianças que morrem sem conhecer a Jesus. Ao considerar o fato da Onisciência de Deus, a criança que morre sem Jesus já foi Eleita e, portanto, participante da Graça; isso segundo a interpretação que alguns teólogos que defendem a Eleição fazem do texto de Lucas.

O rei Davi declara a sua condição de pecador desde o nascimento: “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51.5). Mas não podemos considerar o sexo como pecado, já que foi uma ordem dada por Deus – pois sem o sexo não há como haver reprodução humana. Senão, teria dito Deus a Adão e Eva: “Pequem bastante e encham a terra de pecadorezinhos”.

A declaração de Jesus sobre as crianças é explicada por Paulo em sua primeira carta aos
coríntios, que diz: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento” (1 Coríntios 14.20).

Como a criança na idade da inocência teria acesso direto ao Reino de Deus? Só o fato de o próprio Jesus Cristo ter dito isto, para mim já é suficiente! Se não entendemos e não aceitamos o que Jesus disse, é como se estivéssemos condenando as crianças que morrem nessa idade da inocência, sem aceitar a Jesus, ao inferno; ou ainda como se concordássemos com os católicos em batizar as crianças.

A Bíblia declara que só pode ser batizado aquele que tem a condição mental de crer e se responsabilizar por seus atos (Marcos 16.16). Paulo escreve aos Romanos, no capítulo dois, que até os gentios que não conhecem as obras da Lei, mas praticam tais obras, serão julgados pela acusação da sua consciência (Romanos 2.13-16). Deus, ao nos criar, embutiu em nós uma natureza ética com a qual, mesmo sem conhecer a Palavra, conseguimos identificar uma atitude perversa e má – uma ética que existe até em grupos sociais controversos, como o exemplo dos traficantes, que matam quem rouba na sua própria área ou estupra alguém.

Levando em consideração o ambiente e as pessoas inseridas no contexto, Jesus estava se referindo aos judeus, o povo escolhido por Deus, herdeiros da promessa e Eleitos segundo a Soberania de Deus.

Não sei se é correto afirmar, mas uma lição bíblica de Escola Dominical me chamou atenção quando falava do perdão e do sacrifício de Cristo. Dizia que Jesus Cristo tirou o pecado do mundo, não o pecado que praticamos e conhecemos, mas sim o pecado de Adão. A dívida que herdamos de Adão com a queda no Éden já foi paga por Jesus e o Seu sangue cobre, hoje, a nossa multidão de pecados. Se o primeiro Adão nos endividou, o segundo Adão (Jesus, pois também foi formado de maneira sobrenatural) pagou essa dívida. Aquela cédula foi rasgada e, quando pecamos, adquirimos uma nova, mas podemos entregá-la a Ele em oração, pedindo o perdão da nova dívida. Deus é Fiel e Justo para rasgar esta cédula até a gente tomar “vergonha na cara” ou ser envergonhado por Ele em público. Essa pode ser a hipótese de que todo inocente e sem malícia tenha acesso direto ao Reino, mesmo sendo formado em pecado e concebido em iniqüidade. Porque essa dívida já foi paga por todos através do sacrifício de Jesus Cristo.

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Rodrigo Ferreira dos Santos é seminarista.

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